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Fêmeas indubrasil sem ascendência conhecida serão registradas como PO

Agora considerados Puros de Origem, os animais valorizam ainda mais a presença da raça típica brasileira

Bois Indubrasil
Animais da raça indubrasil. Foto: ABCI/divulgação

O Ministério da Agricultura aprovou a concessão do Registro Genealógico Definitivo como Puros de Origem para fêmeas da raça indubrasil sem genealogia ascendente conhecida.  Com a autorização, esses animais passarão a ser considerados como puros de origem (PO).

A proposta, pleiteada pela Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil, recebeu apoio integral da comissão da raça no Conselho Deliberativo Técnico (CDT), órgão de deliberação superior integrante do Serviço do Registro Genealógico das Raças Zebuínas, o que contribuiu para sua aprovação neste Conselho como um todo, uma exigência legal para qualquer mudança no serviço de registro. Posteriormente, a proposta contou com o referendo positivo do ministério.

“Isso significa a disponibilização de uma maior variabilidade genética para o Indubrasil. Vamos aumentar consideravelmente o rebanho de fêmeas da raça. Estamos fazendo o levantamento dos rebanhos que são puros, mas que deixaram de registrar. Com este novo livro, todos voltarão à origem PO e, sem dúvida alguma, será muito proveitoso para a raça. Este é um fato histórico para a ABCZ e para a ABCIndubrasil”, comemora o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil (ABCI), Roberto Góes.

De acordo com o superintendente técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, na prática,  aquelas fêmeas anteriormente registradas como PA (puros por avaliação), mais conhecidas no mercado como LA, receberão o status de puros de origem. “O pleito da ABCIndubrasil é justo, considerando o estágio atual da raça, um patrimônio genético brasileiro que merece toda a nossa atenção e apoio”, complementa.

A aprovação foi celebrada ontem durante a visita de representantes da ABCIndubrasil, incluído o presidente da entidade, Roberto Góes, e os criadores Clarindo Irineu de Miranda, Paulo Sérgio de Ávila Lemos e Rodrigo Caetano Borges à sede da ABCZ. O grupo foi recebido pelo presidente da ABCZ, Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, o diretor da Associação, Fabiano Mendonça, o superintendente geral, Jairo Machado Borges Furtado, e o superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian.

“Ao longo do tempo, muitos pecuaristas tradicionais deixaram de registrar o rebanho e estavam com o plantel desativado. Com a aprovação do ministério, todo esse material genético será recuperado. A missão da ABCZ é fomentar todas as raças zebuínas, atendendo as necessidades especiais de cada uma delas. Queremos que elas cresçam e contribuam cada vez mais para a pecuária nacional, seja com animais produtores de carne e leite, seja como animais que preservem a história do nosso zebu”, afirma Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, presidente da ABCZ.
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