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Boi gordo: ‘Brasil terá revolução na produção de carne bovina em breve’

Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira, a genética, o ganho de peso dos animais em menos tempo e os confinamentos devem ajudar o pecuarista

Agrocenário 2020
Foto: Letícia Luvison/ Canal Rural

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira, afirmou durante o Agrocenário 2020 que o Brasil terá uma revolução na produção de carne bovina em breve. Segundo ele, o boi gordo conseguirá ocupar menos espaço, através dos confinamentos, os animais terão maior qualidade genética e o pecuarista conseguirá boa qualidade do produto e, consequentemente, incremento na renda.

“Isso significa que toda a cadeia se move porque aquele ventre vazio, inclusive das vacas leiteiras, serão preenchidas com grande qualidade genética, por implantação de embrião. Então, teremos uma revolução de carne bovina em pouquíssimo tempo”, disse.

Ele citou como exemplo a evolução que os pecuaristas conseguiram quanto ao ganho de peso dos animais em menos tempo. “Um boi, em média, para ser abatido com 240 quilos de carne, demorava de 3,2 anos a 3,4 anos, esta era média. O confinamento precisava ter uma capacidade gigantesca de produção de alimentos baratos, se não, dava prejuízo. A carne subiu de preço, viabilizou o confinamento. E o boi que seria abatido com 3,2 anos a 3,4 anos vai ser abatido com 1,8 anos no com o mesmo peso. Com isso, ele passou de R$ 950 para R$ 2 mil”, conta.

“O sucesso da agricultura, a capacidade de investimento em tecnologia, inovação, manejo e assistência técnica está diretamente ligada à renda. Quando aprendermos a ser um corpo só, trabalhar a lógica da responsabilidade e cooperatividade na cadeia produtiva, seremos um país grande na competitividade. Quando começamos a colocar em prática de assumir o que fazemos, aí sim, teremos um cenário ainda melhor no agronegócio de 2020. “, finalizou.