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Boi gordo: arroba sobe em 13 praças pesquisadas pela Scot Consultoria

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Foto: Canal Rural

Treze das 32  praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria apresentaram valorização nesta quinta-feira, dia 9. As altas aconteceram principalmente em estados do Norte, como Rondônia, Tocantins e Pará.

Nessas regiões o baixo volume de gado terminado em confinamento restringe a oferta e dificulta a aquisição de matéria-prima pela indústria, favorecendo os pagamentos acima da referência.

Em São Paulo, de acordo com a consultoria, a arroba também subiu e está cotada em R$ 144, à vista, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). A alta corresponde a um acúmulo de aproximadamente 3% nos últimos trinta dias.

Mesmo com esse aumento nas cotações da arroba, a margem das indústrias que não dessossam está próxima da média histórica devido à reação dos preços no mercado atacadista de carne bovina com osso.

Desde o início de agosto a carcaça de bovinos castrados subiu 2,4% e está cotada em R$ 9,42 o quilo. Como este produto é mais sensível às variações de oferta e demanda, é possível ponderar que o consumo vem colaborando para um fluxo mais intenso de vendas.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 144
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 138
      • Goiânia (GO): R$ 132
      • Dourados (MS): R$ 136
      • Mato Grosso: R$ 123,50 a R$ 128
      • Marabá (PA): R$ 125
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,75 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 144
      • Sul (TO): R$ 128,50
      • Veja a cotação na sua região

Milho

O mercado brasileiro de milho manteve preços firmes nesta quinta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os negócios estão fluindo de maneira mais
rápida após os consumidores aceitarem pagar preços mais altos nos últimos dias. Já os produtores seguem retendo oferta na maioria das regiões.

Chicago 

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais baixos. Apesar do bom desempenho das vendas líquidas semanais norte-americanas de milho, o mercado fechou em baixa, buscando um posicionamento frente ao relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 

 

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 44
      • Paraná: R$ 37,50
      • Campinas (SP): R$ 45
      • Mato Grosso: R$ 28
      • Porto de Santos (SP): R$ 42,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 41,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 41,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Agosto/2018: US$ 3,69 (-2 cent)
      • Novembro/2018: US$ 3,82 (-2,25 cent)

Soja 

O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira mais movimentada, principalmente nos melhores momentos de alta do dólar e mesmo com a queda de Chicago. Na maior parte das regiões, os preços subiram.

Houve registro de negócios envolvendo cerca de 50 mil toneladas em Minas Gerais. Outras 50 mil toneladas trocaram de mãos no Paraná. No Rio Grande do Sul, assim como em Goiás, houve reporte de negócios envolvendo 20 mil toneladas em cada estado.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. Após duas sessões de alta, o mercado consolidou, com os agentes corrigindo e se posicionando frente ao relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado hoje.

O USDA deverá elevar, no seu relatório de agosto, a sua estimativa para a safra 2018/19 de soja dos Estados Unidos. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o USDA indicará safra de 120,5 milhões de toneladas. No relatório anterior, a estimativa era de 117,3 milhões de toneladas. Em 2017/18, a produção americana ficou em 119,5 milhões de toneladas.

Para os estoques finais americanos em 2018/19, o mercado aposta em número de 17,445 milhões de toneladas, contra 15,7 milhões projetados relatório de julho. Para 2017/18, o mercado trabalha com previsão passando de 12,655 milhões para 12,546 milhões de toneladas.

Os estoques globais para 2017/18 deverão ser cortados de 96 milhões para 95,8 milhões de toneladas. Para 2018/19, a aposta é de um número próximo a 99,3 milhões, contra 98,3 milhões de toneladas da estimativa de julho.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

      • Passo Fundo (RS): R$ 83
      • Cascavel (PR): R$ 84
      • Rondonópolis (MT): R$ 75,50
      • Dourados (MS): R$ 79,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 90
      • Porto de Rio Grande (RS): R$ 88,50
      • Porto de Santos (SP): R$ 87
      • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 87
      • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Agosto/2018: US$ 8,93 (-6,75 cents)
      • Novembro/2018: US$ 9,04 (-6,50 cents)

Café

O mercado brasileiro de café teve um dia de preços estáveis nesta quinta-feira. Houve registro de negócios regionalizados, com os compradores atuando até mesmo de forma agressiva. Os preços não subiram apesar da valorização do dólar diante da fraqueza do referencial nova-iorquino.

A colheita de café da safra brasileira 2018/19 foi indicada em 82% até 07 de agosto. O número faz parte do levantamento semanal de Safras & Mercado para a evolução da colheita da safra. Na semana passada, o índice estava em 75%.

Tomando por base a estimativa da Safras para a produção de café do Brasil em 2018, de 60,5 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 49,72 milhões de sacas até o dia 07 de agosto. Em igual período do ano passado, a colheita estava em 86%, e na média dos últimos 5 anos para o período em 81%.

Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações de hoje com cotações levemente mais baixas.

O mercado operou a mercê de fatores técnicos e gráficos, aguardando notícias fundamentais de impacto e demonstrou dificuldades para encontrar um direcionamento mais claro. O avanço da safra brasileira, que promete ser recorde, seguiu atuando como fator permanente de pressão de baixa sobre as cotações, mantendo o contrato spot abaixo da marca de 110 centavos de dólar por libra-peso.

Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da quinta-feira com preços mais altos, se descolando do referencial nova-iorquino. O mercado londrino foi puxado por fatores técnicos, com os investidores aguardando por notícias fundamentais de impacto para um melhor direcionamento.

Café no mercado físico – saca de 60 kg

      • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 415 a R$ 425
      • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 420 a R$ 430
      • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 375
      • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 315 a R$ 317
      • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

      • Setembro/2018: US$ 107,65 (+0,20 cent)
      • Dezembro/2018: US$ 110,75 ( +0,25 cent)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

        • Setembro/2018: 1.671 (+US$ 16)
        • Novembro/2018: 1.641 (+US$ 11)

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação com alta de 0,98%, cotado a R$ 3,802 para a compra e a R$ 3,804 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,778 e a máxima de R$ 3,821. valor é o maior desde 19 de julho, quando o dólar alcançou R$ 3,844. Apesar da oscilação, o Banco Central manteve sua política de swaps cambiais tradicionais, sem ofertar nenhum leilão extraordinário para venda futura da moeda.

O avanço foi influenciado pela maior aversão ao risco no mercado externo, a partir das preocupações com a guerra comercial entre Estados Unidos e China, além da escalada de tensões geopolíticas entre Washington e Moscou. No campo interno, cautela é a palavra de ordem antes do primeiro debate entre os candidatos à Presidência.

“Houve uma aversão a risco maior, causada pelas questões de tensão comercial da China e as sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra a Rússia. A tônica do dia foi o dólar forte lá fora, isso acabou batendo aqui”, comentou o economista-chefe da SulAmerica Investimentos, Newton Rosa.

De acordo com o economista-sênior do banco Haitong, Flávio Serrano, o cenário eleitoral pesa na moeda brasileira. “Ainda é incerto se a coligação do Geraldo Alckmin com o “centrão” vai resultar em votos. Havia percepção de que tinha maior chance da vitória de um candidato reformista, mas não se sabe direito”.

Para hoje também está marcada a publicação de uma pesquisa de intenção de votos feita a pedido da XP Investimentos, o que pode também puxar o dólar.  “A grosso modo, amanhã o dólar até poderia acalmar um pouco, mas não dá para cravar esse movimento de correção”, comentou Serrano. Para ele, os números de índice de preços dos Estados Unidos – tanto do número do mês, quanto do núcleo da inflação – vão determinar a dinâmica do dia no dólar.

O Ibovespa registrou o quarto dia de pregão consecutivo com fechamento em baixa, com as ações do Banco do Brasil na contramão da tendência.  Queda de Esta quinta-feira se encerrou em com queda de 0,48%, aos  78.767,99 pontos. O volume negociado foi de R$ 10,211 bilhões.


Previsão do tempo para quinta-feira, dia 9

Sul

O sistema de baixa pressão se afasta pelo oceano e não deve chover em quase nenhuma área da região Sul. Apenas na área serrana entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina é que ainda tem condição de chuva.

Como as temperaturas seguem em acentuado declínio, há possibilidade para nevar no amanhecer, nos pontos mais elevados dessas áreas.

Nas demais áreas pode gear de maneira ampla. Durante a tarde, o sol aparece e ajuda a aliviar a sensação de frio das primeiras horas do dia, mas não chega a fazer calor.

Sudeste

A frente fria se afasta para o oceano, mas a chuva continua entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, além de Minas Gerais. As pancadas são isoladas e o sol consegue aparecer ao longo do dia.

Em São Paulo, o tempo abre e as temperaturas ficam agradáveis na parte da tarde. Durante a noite volta a esfriar. Não deve chover também no Triângulo Mineiro e no norte de Minas Gerais.

Centro-Oeste

A chuva segue concentrada no leste de Goiás, com acumulados baixos e que não ajudam nem mesmo a diminuir as temperaturas nessa área.

Já em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o tempo fica firme e com sol, mas o destaque vai para as temperaturas baixas. Isso se deve a uma massa de ar polar que está na região Sul e que acaba influenciando também o tempo no Centro-Oeste.

Nordeste

O tempo firme continua em grande parte do Nordeste, e apenas entre as praias de Alagoas e Rio Grande do Norte, além do norte maranhense, é que há condições para chover fraco e mesmo assim alternados por períodos de tempo firme. As temperaturas continuam elevadas em todos os estados da região.

Norte

A chuva se concentra mais entre o Acre e o norte do Pará, com acumulados baixos, mas com pancadas que podem acontecer a qualquer hora do dia.

O tempo fica firme em Rondônia, no sul do Pará e no Tocantins. As temperaturas ficam elevadas em toda a região.