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Arroba do boi gordo sobe até R$ 2 e preços da carne bovina batem recorde

Segundo analista da Safras, frigoríficos disputam animais padrão Europa e China, o que possibilita negócios acima das referências médias

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Em São Paulo, a média da arroba do boi gordo chegou a R$ 189. Foto: Governo do Maranhão

A arroba do boi gordo segue com preços em alta no mercado físico, segundo a consultoria Safras. “Os frigoríficos continuam encontrando grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, com um quadro de oferta restrita bastante dominante”, comenta o analista Allan Maia.

Segundo o especialista, chama atenção a disputa por animais de qualidade superior, como aqueles que atendem o padrão Europa ou China, com negócios acima das referências médias.

“A primeira consequência dessa situação está na impossibilidade de fixar um preço de balcão; outro ponto está na dificuldade em alongar o prazo de pagamento. Nessas condições, o poder de barganha está nitidamente na mão do pecuarista”, afirma.

Em São Paulo, os preços passaram de R$ 188 para R$ 189 por arroba. Em Minas Gerais, foi de R$ 182 para R$ 183 por arroba. Já em Mato Grosso do Sul, a arroba subiu de R$ 177 para R$ 179. Em Goiânia (GO), a cotação subiu de R$ 177 para R$ 178 a arroba. Por fim, em Mato Grosso, o preço subiu de R$ 165 para R$ 167 a arroba do boi gordo.

Atacado

Os preços da carne bovina fecharam a semana em níveis recordes. “A tendência é que haja continuidade deste movimento no restante do bimestre, consequência do auge do consumo que pauta este período. Mais importante que o aquecimento do consumo é o enxugamento dos estoques, avaliando as recentes dificuldades enfrentadas na compra de gado”, afirma Maia.

Além disso, o forte movimento de alta da carne bovina tende a respingar em outras proteínas de origem animal, avaliando a dificuldade do consumidor médio em absorver seguidos reajustes de um determinado produto, buscando substitutos que mantenham seu poder de consumo.

O corte traseiro teve preço de R$ 15,25 por quilo. A ponta de agulha seguiu em R$ 10,10 por quilo, enquanto o corte dianteiro permaneceu em R$ 10,10 por quilo.