Aftosa: ABPA quer mais estados com reconhecimento de área livre sem vacinação

Mesmo sem registro de casos da doença em suínos há mais de 20 anos, exigência de vacina influencia abertura de mercados, diz Associação Brasileira de Proteína Animal

Fonte: divulgação

O presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, defende a ampliação do reconhecimento de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação para mais estados do país. Atualmente, apenas Santa Catarina tem essa condição reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Turra participa nesta semana, no Uruguai, de encontro da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa).

Mesmo sem registro de casos de febre aftosa em suínos no Brasil há mais de 20 anos, o status de zona livre com vacinação em bovinos e bubalinos influencia a abertura de mercados para exportação da carne suína. 

“Determinados mercados como Japão concentram suas compras em Santa Catarina, exatamente por ser o único do país com este reconhecimento. O fato de usarmos o status ‘com vacinação’ para os outros estados impacta na consolidação de novos mercados para os exportadores de carne suína”, defendeu Turra, em nota.

A ABPA ressaltou que o reconhecimento de área livre sem aftosa contribuiria para o aumento das exportações de carne suína de importantes estados produtores, como Paraná e Rio Grande do Sul.

“No caso da Coreia do Sul e do México, cuja negociação para a abertura está em estágio avançado, somente se cogita importar produtos vindos do território catarinense”, explicou o presidente da associação.