Oeste da Bahia deve ter a melhor safra de algodão dos últimos 7 anos

Os produtores do estado plantaram cerca de 263,4 mil hectares, o que corresponde a um aumento de 32,5% em relação ao ciclo passado

Fonte: Sérgio Cobel da Silva/ Embrapa Algodão

Com 100% do algodão semeado, os agricultores baianos plantaram cerca de 263,4 mil hectares, o que corresponde a um aumento de 32,5% em relação à área da safra passada. Por causa das chuvas regulares, os produtores estão otimistas com o potencial produtivo das lavouras que pode repetir as 310 arrobas por hectare, com alguns talhões chegando a produzir 500 arrobas por hectare.

Para a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), caso a chuva se mantenha no ritmo esperado até o final de abril, a região oeste da Bahia deve garantir a melhor safra de algodão dos últimos sete anos. “Para garantir uma boa produtividade, a Abapa conta com o empenho de todos os produtores, líderes e toda cadeia produtiva na manutenção e desenvolvimento de ações que visem as boas práticas nos manejos fitossanitários para o controle do bicudo e outras pragas e doenças que afetam a cultura do algodoeiro”, explicou o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato.

Com a expectativa de uma boa safra, ele acredita que o interesse na pluma vai ser mantido com o crescimento da área plantada na próxima safra 2018/2019. “A expectativa é que retornemos gradualmente, em três ou quatro anos, à máxima capacidade instalada do algodão no oeste baiano e que possamos atingir em torno de 400 mil hectares”, apontou.

Segundo ele, mesmo com pouca chuva e com ataque mais severos de bicudo, o setor continuou investindo em tecnologia. “Com as chuvas regulares, mesmo em menor área, poderemos ter pelo segundo ano consecutivo uma safra de algodão recorde na Bahia”, disse.

O coordenador do programa fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo, acredita no trabalho técnico desenvolvido desde antes da safra, com o vazio sanitário, para reduzir os riscos de disseminação de doenças e pragas no algodão.

“Nossas equipes estão percorrendo as áreas agrícolas para identificar e quantificar possíveis infestações. Há relatos em algumas propriedades de casos pontuais de pulgão, mosca branca, ácaro rajado e da lagarta spodoptera spp, e em poucas propriedades os primeiros focos do bicudo. É recomendado, a partir de agora, maior atenção do produtor para as aplicações corretas por parte dos produtores para minimizar as possíveis perdas”, afirmou

A colheita do algodão nesta safra está prevista para iniciar no final de maio ou começo de junho.