Ministro confirma que desmatamento na Amazônia caiu 60% em julho comparado a junho

Em relação a julho do ano passado queda fica entre 60% e 70%O ministro do Meio Ambiente, Calos Minc, confirmou nesta sexta, dia 15, a redução de 60% no desmatamento da Amazônia no mês de julho deste ano, em relação a junho, conforme ele havia antecipado nesta semana. Na comparação com julho do ano passado, a queda é maior, ficando entre 60% e 70%. No entanto, os números oficiais sobre a devastação na região só serão anunciados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) no final do mês.

Minc disse que parte dessa queda pode ser atribuída ao aumento da fiscalização, com a atuação mais intensa do Ibama, com o reforço das presenças do Exército e da Aeronáutica na região e com a estratégia de fiscalização nos entroncamentos rodoviários. Ele também citou como causa da redução do desmatamento os diversos acordos feitos pelo instituto com setores produtivos.

? Nós temos o que comemorar.  Em julho, que é um mês terrível por ser de estiagem, nós tivemos uma queda no desmatamento de praticamente 60% em relação ao mês anterior ? disse Minc.

Uma coisa importante, conforme o ministro, é que o Ministério do Meio Ambiente fez acordos com os setores produtivos.

? Fizemos acordo com o setor da soja, simplificando licença, avançando com o zoneamento ecológico. Eles não vão mais comprar soja de áreas desmatadas da Amazônia ? lembrou sobre um desses acordos.

Minc ressaltou também o acordo feito com o setor exportador de madeira que atua na Amazônia e que só comprará produtos florestais certificados.

? Mas para isso nós vamos também dobrar a disponibilidade da madeira certificada para o setor, porque você não desmonta o tráfico da madeira ilegal sem aumentar a oferta da madeira originada de plano de manejo ? acrescentou.

Acordo semelhante, lembrou o ministro, foi feito com a Vale em relação ao minério de ferro.

? A empresa não mais vai vender minério para carvoarias que estejam embargadas pelo Ibama ? afirmou.

Na avaliação do ministro, porém, só a fiscalização não resolverá o problema do desmatamento na Amazônia.

? A idéia de o consumidor participar da educação ambiental também é importante. É preciso fortalecer a consciência ambiental porque não é com o fiscal do Ibama e da Polícia Federal vai se diminuir o desmatamento da Amazônia ? concluiu.

As declarações do ministro do Meio Ambiente foram feias na sede da Petrobras, no Rio, onde ele participou da solenidade de lançada da nova etapa do Programa Petrobras Ambiental.