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Mato Grosso investe pesado na produção de etanol de milho

Em entrevista ao programa Direto ao Ponto desta semana, o Presidente executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem) falou sobre a viabilidade do produto no mercado brasileiro

Foto: Canal Rural

Cerca de 1,5 milhões de toneladas. Este foi o volume de milho destinado à produção de etanol em 2018, no estado que é considerado o celeiro do país. Mato Grosso vem registrando um aumento bastante significativo da demanda local desde que a transformação do cereal em etanol passou a ganhar força no estado.

Em entrevista ao programa Direto ao Ponto desta semana, o Presidente executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Ricardo Tomczyk conta que a partir de 2012, quando a primeira usina “flex’’ começou a operar e foi comprovada a viabilidade econômica da aposta no milho como matéria-prima, para a produção do biocombustível, a demanda local ganhou força. A expectativa é de que esta demanda aumente ainda mais.

“Do que se produziu de etanol no estado, mais ou menos 630 milhões de litros foram de etanol de milho e o restante de etanol de cana. O que estamos vendo, em termos não só de Mato Grosso, mas de Brasil, o crescimento mais rigoroso da produção de etanol está vindo da produção de milho. Porque o milho do centro-oeste brasileiro, especialmente Mato Grosso, é um milho bastante competitivo em termos de preço.” conta o dirigente da Unem.

Atualmente, Mato Grosso possui cinco usinas que utilizam o milho para produzir o etanol. “Temos a pioneira em Campos de Júlio , com uma produção bastante significativa, temos uma usina em São José do Rio Claro, usina em Jaciara, uma usina pequena em Sorriso, que também utiliza o milho como parte da sua matéria prima na produção do etanol. E temos a pioneira, usina ‘full’ em Lucas do Rio Verde, que em menos de dois anos  dobrou de capacidade.”

 Nova call to action

O presidente explica, que a única usina “full” no estado começou a operar em agosto de 2017, e emprega apenas milho na produção de etanol, diferente das usinas ‘“flex’’, em que parte do ano, é utilizada a cana-de-açúcar e, na entressafra da cana, passa a usar o milho.

Tomczyk também destaca que os subprodutos do etanol de milho, como o DDG (proteína de milho que fica concentrada no farelo)  podem ser usados na nutrição animal, sendo uma alternativa economicamente viável.

Com pelo menos outras cinco usinas em fase de projetos e/ou instalação no estado, Tomczyk acredita que para 2019, a previsão é de a produção do milho destinada à produção do biocombustível salte para a casa dos 2,6 milhões de toneladas.