Instituto Agronômico de Campinas comemora 127 anos de pesquisas

Cerca de R$ 25 milhões são investidos por ano em projetos que ajudam o agronegócio brasileiro a ser um dos mais competitivosO Instituto Agronômico (IAC) de Campinas comemora 127 de pesquisas agrícolas e é pioneiro na América Latina. Durante esse período, o IAC desenvolveu mais de mil cultivares. Como resultado, os seringais paulistas são considerados os mais produtivos do mundo, com mais de 1,300 quilos de borracha ao ano por hectare. Cerca de R$ 25 milhões são investidos por ano em projetos que ajudam o agronegócio brasileiro a ser um dos mais competitivos.

O diretor geral da IAC, Sérgio Augusto Morais Carbonell, conta que o instituto nasceu em 1887, quando o Brasil ainda era uma monarquia.

– O instituto foi criado na época do Império por Dom Pedro II, numa necessidade de pesquisa sobre café no Brasil. Hoje, café é uma commodity muito importante para as divisas do Brasil. E nós temos orgulho disso. Mais de 90% do café produzido no Brasil tem sangue do Instituto Agronômico. A maioria das cultivares nasceu dessa visão do Dom Pedro II de criar a estação experimental imperial do instituto em Campinas – explica Carbonell.

Nos canaviais, o melhoramento genético adaptou a cana-de-açúcar para o plantio em diferentes regiões do país, além do ciclo mais precoce. O pesquisador de cana da IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell diz que, se antes a safra começava em maio, as novas cultivares permitem colher a cana em março. Além da inovação para produzir açúcar e etanol e até um pouquinho de previsão do futuro, para saber como vai funcionar a indústria de biomassa.

– A gente tem conversado muito com o pessoal que está desenvolvendo este modelo de indústria. Em função disso, já projetamos modelos biológicos de tipos de cana. E estamos usando ascendentes selvagens, materiais bastante antigos, de outro tipo de cana, chamada de saco espontâneo, para através da imigração, construir materiais com alto teor de fibra, com altíssima produtividade de biomassa, abrindo mão da sacarose – diz o pesquisador.

Para comemorar o aniversário, o IAC lançou uma nova edição do boletim que tem orientações para mais de cem culturas. O instituto é mantido pelo governo paulista e por fundos de apoio a pesquisa.

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