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Setor industrial propõe que piso mínimo do frete vire tabela referencial

Documento entregue ao governo quer estabelecer parâmetros de negociação entre as as partes e estimular contratações diretas entre embarcadores e caminhoneiros autônomos

caminhões na estrada, caminhoneiros
Proposta é de que tabela do frete não seja impositiva. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O setor industrial apresentou ao governo nesta terça-feira, 6, uma contraproposta sobre o tabelamento do frete. Em documento, assinado por 32 entidades, incluindo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor propõe a transformação do piso mínimo do frete em tabela referencial e não impositiva como é hoje.

Isso seria possível, esclarece a CNI em nota, a partir da construção de uma metodologia de cálculo que estabeleça parâmetros viáveis de negociação entre as partes para a definição do valor do frete.

As entidades também se comprometem, no documento, a estimular as contratações diretas entre embarcadores e caminhoneiros autônomos.

“As entidades continuam acreditando que o melhor cenário é um entendimento direto entre produtores e transportadores por meio de mecanismos de mercado”, afirma a CNI em nota. Para a CNI, o tabelamento prejudicou os caminhoneiros autônomos, as empresas industriais e, principalmente, os consumidores.

Depois de suspender a tabela de preços mínimos de fretes rodoviários da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que gerou protestos dos caminhoneiros, o governo reiniciou negociações com a categoria para rever a tabela. As conversas sobre o tema continuam e, segundo o Ministério da Infraestrutura informou na semana passada, qualquer definição sobre a tabela será fruto da rodada de reuniões junto a caminhoneiros autônomos, embarcadores e transportadores.