Incêndio florestal deixa 62 mortos em Portugal

Segundo a polícia, a causa provável teria sido a queda de um raio sobre uma árvore seca. O calor e os ventos fortes ajudaram a alastrar as chamas com rapidez

Fonte: Agência Lusa

Um incêndio florestal de grandes proporções, iniciado na tarde de sábado, dia 17, deixou 62 mortos no distrito de Leiria, na região nordeste de Portugal, informou o Secretário de Administração Interna de Portugal, Jorge Gomes. Ao menos 54 pessoas estão feridas. O governo português decretou três dias de luto nacional.

O primeiro-ministro do país, António Costa, visitou a região atingida e disse que “seguramente é a maior tragédia nacional” dos últimos anos no país. 

O maior número de vítimas foi registrado na vila de Pedrogão Grande, mas o fogo se alastrou também pelas de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera. Segundo Jorge Gomes, o incêndio tem quatro frentes ativas, duas das quais de “extrema violência”. Balanços têm sido divulgados de hora em hora e o número de vítimas pode aumentar. 

Ao todo, 687 bombeiros e 224 viaturas foram acionados para tentar controlar as chamas, mas, segundo o governo português, há outros incêndios florestais no país que impedem o emprego integral das forças.

O governo espanhol foi acionado e enviou equipes para auxiliar no combate ao fogo. Por meio do Mecanismo de Proteção Civil, a União Europeia enviou três aviões para ajudar nos trabalhos de controle do incêndio.

A Polícia Judiciária de Portugal ainda investiga as causas das chamas, mas informou não considerar o incêndio como tendo origem criminosa, sendo o mais provável que tenha se iniciado com um raio caindo sobre alguma árvore seca e posteriormente espalhado pelos fortes ventos que atingem a região.

Os incêndios florestais em Portugal são comuns durante o verão europeu. No sábado, uma onda de calor elevou as temperaturas a patamares acima dos 40 graus Celsius.

A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Espanha, Manoel Rajoy, ligaram para o primeiro-ministro português, António Costa, para prestar solidariedade e oferecer ajuda.