Para entrar nessa discussão polêmica e importante para o desenvolvimento da pecuária nacional, o Giro do Boi desta quinta, dia 26, trouxe aos estúdios alguns convidados especiais, para apresentar os benefícios de uma avançada técnica de castração, a imunocastração.
Um dos entrevistados foi Everton Andrade, coordenador de bem-estar animal da JBS. Segundo ele, os colaboradores e compradores de carne da empresa preferem os animais castrados através desta técnica, pois apresentam uma melhoria notável.
– O animal castrado é melhor em termos de qualidade da carne, maciez, acabamento de carcaça, PH. Mas deixamos bem claro que esta qualidade não é dependente do animal castrado, mas sim do manejo da fazenda, das boas práticas – explica Everton.
Ao contrário do método convencional, onde a castração cirúrgica faz com que o boi sofra com a técnica, a imunocastração é feita através de protocolos de vacinas. Problemas como a sodomia, ferimentos de cascos, brigas com machucaduras e até mortes são evitados.
Também entrevistado pelo programa, o professor da Unesp/Botucatu, Roberto Roça, completa:
– Está comprovada ser mais vantajosa do que a castração convencional.
Gado dócil, manejo facilitado, ausência de sodomia, preservação das instalações da fazenda, menor risco de acidentes de casco. Todos esses fatores associados à qualidade da carne fazem da imunocastração uma técnica em crescimento no Brasil.
Segundo Ocilon Gomes de Sá Filho, gerente de produtos da Zoetis, além de todos os pontos positivos, a imunocastração tem um custo-benefício muito atraente.
– O preço varia de acordo com a praça, mas em São Paulo, por exemplo, o preço está entre R$ 17 e R$ 21 o tratamento completo (2 doses). É um bom custo benefício – diz Gomes de Sá.
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