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Governo recebe representantes dos caminhoneiros e propõe novas medidas

Segundo nota divulgada pelo Ministério da Agricultura, foram apresentadas alternativas que estão sendo discutidas e que receberam um voto de confiança do setor

tereza cristina
Foto: Ministério da Agricultura/ Divulgação

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, receberam líderes dos movimentos de caminhoneiros autônomos na noite desta quarta-feira dia 17, no Ministério da Agricultura, para discutir medidas que podem melhorar as condições de trabalho do setor de transporte de cargas.

Segundo nota divulgada pelo Ministério, os dois ministros apresentaram alternativas que estão sendo discutidas e receberam um voto de confiança dos transportadores, que disseram não ter tido a mesma facilidade de negociação com governos anteriores.

Durante o encontro, estavam presentes o presidente da Cooperativa dos Transportadores Autônomos do Brasil, Wallace Landim; Paulo Costa, David Rocha e Marcelo Aparecido, diretores da Acav, associação dos transportadores autônomos do Porto de Santos; Carlos Henrique, da Coopertrans, também do Porto de Santos; Rodney Larocca, da Coopertrac, cooperativa de Castro, no Paraná; e Gustavo Ávila, representante de caminhoneiros autônomos.

Caminhoneiros 

Em vídeo divulgado no Facebook pelo presidente da Cooperativa dos Transportadores Autônomos do Brasil, Wallace Landim afirma que o principal objetivo do grupo era buscar mais trabalho para a categoria. “Nós acabamos de nós reunir com os ministros e o principal objetivo desta reunião é garantir trabalho para o setor. Estamos muitos satisfeitos e confiantes de que, o que foi dito na reunião irá acontecer em breve”, afirmou.

Medidas apresentadas 

A ministra Tereza Cristina, afirmou que próxima semana o governo começará negociações com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para que os caminhoneiros autônomos possam “destravar os trabalhos” segundo a ministra, e transportar mercadorias adquiridas em Mato Grosso, Goiás e outras regiões.

Já o ministro da Infraestrutura garantiu que a pasta vai começar as articulações com os embarcadores para que contratem mais transportadores autônomos, para maior geração de renda no setor, e afirmou que essa medida é muito provável que aconteça. ” Vamos sensibilizar os embarcadores para que contratem os transportadores autônomos e eu tenho certeza que isso vai acontecer, então nós vamos agora garantir trabalho que é fundamental, e enquanto isso vamos implementando ajustes no setor rodoviário de cargas”, afirmou Tarcísio Gomes.

Frete e diesel 

A tabela do frete e os ajustes no valor do óleo diesel também estiveram em pauta. “Vamos discutir com a categoria o piso minimo e a partir do momento que todo mundo estiver de acordo, eu tenho certeza que não vamos ter dificuldades para praticar o piso e nem para fiscaliza-lo. Além disso, o diesel deixa de ser uma preocupação. Aumentou o diesel? A gente aumenta o piso, e isso vai fazer com que os caminhoneiros não percam dinheiro”, finalizou o ministro.

O governo também anunciou a inserção, nos contratos de concessão de rodovias, da exigência de construção de pontos de parada oficiais, para que os caminhoneiros tenham onde descansar com segurança, minimizando o risco de assaltos. O primeiro ponto de parada será construído na cidade de Catalão, em Goiás, à beira da BR-050, uma das estradas mais importantes na ligação de São Paulo e Paraná com os estados do Centro-Oeste.

Nova call to action
O ministro Tarcísio informou que os novos contratos de concessão terão de contemplar esses pontos de parada e que já está sendo discutida com o Tribunal de Contas da União (TCU) uma mudança nos contratos em vigor.

Ficou decidido ainda que os dois ministros vão estudar medidas para serem propostas à categoria em novas reuniões, as primeiras logo depois da Semana Santa. Os representantes dos caminhoneiros saíram da reunião dizendo-se confiantes de que o governo Bolsonaro está disposto a ajudar a resolver os problemas estruturais da categoria, que já tem muitos anos e jamais foram enfrentados com profundidade.

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