Geadas atingem o Brasil pelo segundo dia consecutivo

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Previsão do tempo
Pelo segundo dia consecutivo, uma frente fria associada a uma massa de ar polar trouxe geadas nos três estados do Sul do país e em Mato Grosso do Sul. A expectativa da Somar Meteorologia é que essa condição climática continue afetando lavouras de milho e trigo.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) entre as cidades agrícolas com temperaturas mais baixas nesta quarta-feira, 19, estão Castro (PR) com registro de -4°C, Xanxerê (SC) com 1°C, São Miguel D’Oeste com 1,9°C, Cruz Alta (RS) com -0,7°C, Lagoa Vermelha (RS) com -1,3°C, Amambai (MS) com -0,8°C, Dourados (MS) com 3°C, Ponta Porã (MS) com 1,9°C e São Gabriel D’Oeste (MS) com 2,2°C.

Já o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) indicou temperaturas de -1,7°C em Ponta Grossa (PR) e -1,4°C em Toledo (PR). Veja as imagens de neve e geada enviadas pelos telespectadores do Canal Rural.

Sul
Nesta quarta-feira, uma massa de ar frio continua a atuar sobre o Sul do Brasil com forte intensidade. Durante a tarde o frio não será tão intenso quanto no dia anterior, por causa do predomínio de sol e dos ventos que voltam a soprar de norte, já mais fracos. Na quinta-feira, 20, ainda há possibilidade de geadas temperaturas próximas de zero.

Sudeste
Um sistema frontal no oceano organiza uma área de instabilidade e essa situação traz nuvens e eventual chuva intercalada de períodos de melhoria e temperaturas mais baixas no leste e litoral de São Paulo, região central, leste e sul de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. As temperaturas da manhã caem especialmente no oeste e sul de São Paulo, áreas onde o tempo fica seco. 

Centro-Oeste
A intensa massa de ar frio que toma conta de parte do Brasil persiste pelo Centro-Oeste e segue a condição para geadas amplas sobre Mato Grosso do Sul. Durante a tarde, a presença do sol faz a sensação térmica aumentar. A umidade relativa do ar continua baixa em toda a região. Já na quinta-feira a condição para geadas diminui em Mato Grosso do Sul.

Nordeste
Nesta quarta-feira a chuva se espalha pelas áreas litorâneas do Nordeste e ocorrem com mais intensidade entre o litoral de Alagoas e do Rio Grande do Norte. Nas demais áreas litorâneas, as pancadas ocorrem a qualquer hora do dia, mas com menores acumulados. Nas outras regiões nordestinas o sol predomina e não chove. A sensação de calor predomina no decorrer da tarde.

Norte
A sensação de frio continua no Acre e em Rondônia, por causa de uma massa de ar polar no Sul do Brasil. As temperaturas mais baixas serão registradas no começo do dia. Nas demais áreas a sensação ainda é de calor e tempo abafado. Tem previsão de chuva desde o norte do Pará até Roraima, mas com baixos acumulados.

Dólar
A falta de apoio parlamentar do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a aprovação de um projeto na área da saúde pressionou o dólar globalmente. No entanto, a alta consistente nos preços do petróleo consolidou o fechamento da moeda americana em baixa. 

Já no Brasil, o recesso parlamentar paralisou os eventos políticos e tirou o foco do nosso país. O dólar comercial recuou 0,75%, a R$ 3,158, após atingir a máxima de R$ 3,178. 

Soja
O mercado interno teve um dia pouco agitado na maior parte do país. A oleaginosa encerrou com ganhos na bolsa de Chicago (CBOT), com o vencimento novembro ainda acima dos US$ 10 por bushel, porém a moeda norte-americana voltou a cair e os preços da soja recuaram. Com valores pouco atrativos, os negócios foram escassos.

Lá fora o mercado ainda repercute as informações sobre o clima nos Estados Unidos. A piora nas condições das lavouras americanas garantiu a elevação da soja no inicio da tarde, que chegou a operar com alta de 15 cents. 

Milho
A terça-feira foi de poucos negócios para o milho no mercado físico. Segundo a consultoria Safras & Mercado, os produtores tendem a colher o grão com umidade mais baixa para reduzir a pressão nos secadores e evitar descontos nos preços em um mercado que já existe cenário de baixa. Em alguns lugares de Mato Grosso, o excesso de chuva prejudicou a qualidade do grão, que hoje é comercializado por apenas R$ 9. 

De modo geral a colheita começa a ser mais lenta devido à escassez de caminhões neste momento e baixa liquidez, o que dificulta ainda mais a comercialização. Veja o preço do milho na sua região.

Nos Estados Unidos o milho também reflete as notícias sobre as condições climáticas. Os modelos meteorológicos estão conflitantes e as expectativas mudam rapidamente. A consequência disso é um mercado desorientado e com muita volatilidade.

Café
O café arábica na bolsa de Nova Iork teve uma terça-feira com preços mais altos. A baixa do dólar contra o real e contra outras moedas e a valorização do petróleo deram sustentação às cotações. Aqui no Brasil a passagem de uma massa de ar polar sobre o cinturão cafeeiro do Brasil também contribuiu para este suporte nos preços. Em casos assim o mercado sempre fica apreensivo com a possibilidade de geadas e gera cautela.

O contrato de setembro de 2017 fechou com alta de 1,01%, cotado a 134,90 cents por libra-peso. O mercado interno foi puxado por essa alta e teve preços do café mais firmes, no entanto a expectativa de geada e a possibilidade de cotações melhores retraíram os produtores rurais na hora de vender.

Boi
O mercado do boi físico segue com pressão de baixa, só no primeiro semestre a queda foi de 30%. Segundo a Scot Consultoria, a oferta ainda boa de lotes de boiadas de pasto colabora com esse cenário de queda. Em São Paulo, as indústrias têm conseguido manter as programações de abate entre cinco e seis dias com certa tranquilidade. A expectativa é que o cenário mude com o final da safra de boi gordo, quando haverá uma maior dependência da oferta de animais confinados. Veja o preço do boi gordo na sua cidade.

O mercado também avalia que o segundo semestre apresentará um perfil diferenciado, com menor confinamento e maior exportação, o que teoricamente abriria espaço para alguma alta.