Exportação de café do Brasil cai 6% em janeiro

O destaque foi a participação dos cafés especiais nos embarques, que subiu de 15% para 21%

Fonte: Pixabay

O começo de 2018 chegou com recuperação para os cafés diferenciados. Segundo relatório divulgado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em janeiro, os cafés diferenciados registraram 21,1% de participação nas exportações. No mesmo mês do ano passado, esse volume representou 14,9%. O total de sacas exportadas dos cafés diferenciados no período foi de 524,8 mil, enquanto o preço médio ficou em US$ 189,39.

Já as exportações gerais apresentaram um recuo de 5,9%, no primeiro mês de 2018, na comparação com o mesmo período do ano passado. O total de sacas exportadas no período foi de 2,490 milhões, com receita cambial de US$ 400,9 milhões e o preço médio em US$ 161,01.

Entre as variedades embarcadas, em janeiro, o café arábica correspondeu por 93% do volume total de exportações (2,316 milhões de sacas), seguido pelo solúvel com 6,5% (160,7 mil sacas) e robusta com 0,5% (11,3 mil sacas).

“O resultado deste começo de ano já era esperado e segue de forma geral sem grande alteração para o mercado de exportação de café. Acreditamos que o ritmo seguirá mais lento até a entrada da nova safra, que trará uma expectativa melhor. Além disso, o volume de chuva tem sido alto, o que favorece a produção. Se o fator climático permanecer desta forma, será muito positivo”, afirma o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Principais destinos
Em janeiro, a Alemanha passou a ocupar o primeiro lugar no ranking dos principais consumidores do café brasileiro, com 20,6% de participação (513 mil sacas). Os Estados Unidos – que liderava a lista desde março de 2017 – seguem agora na segunda posição, com 17,9% (444,7 mil sacas).

Ainda tem destaque o Japão na terceira posição e que registrou um aumento de 10,51% de exportação do café brasileiro, com 8,8% de participação (218,8 mil sacas). O resultado é positivo para o Brasil, pois demonstra a capacidade do país em atender um mercado de alta qualidade e estratégico, afinal, a taxa de crescimento médio na região foi de 4,5%, no

período de 2012 a 2017, segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC).

Ainda figuram no ranking: Itália com 8,6% (214,8 mil sacas) e Bélgica com 6,5% (162,4 mil sacas). No período, o Reino Unido e Canadá ganham destaque com crescimento nos embarques recebidos do Brasil, respectivamente de 38,25% (62,9 mil sacas) e 15,52% (58 mil sacas).