Empresas têm até 15 de julho para inscreverem projetos no edital do programa Inova Agro

Linha de crédito disponibiliza R$ 1 bilhão para investimentos em inovação tecnológicaO programa Inova Agro, anunciado durante o Plano Safra 2013/2014, lançou o primeiro edital para a cadeia agropecuária. A linha de crédito disponibiliza R$ 1 bilhão para as empresas investirem em inovação tecnológica. O objetivo é aumentar a competitividade da indústria brasileira. O prazo para inscrever os projetos termina no dia 15 de julho.

É a primeira vez que o setor agropecuário pode contar com um fundo para investir em inovação tecnológica. O Inova Agro está vinculado ao Inova Empresas, um plano que prevê investimentos de mais de R$ 32 bilhões a longo prazo. Desse montante, o valor disponibilizado para o agronegócio chega a R$ 3 bilhões. Os recursos sairão da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os planos de negócio devem ter valor mínimo de R$ 10 milhões, com prazo de execução de até 60 meses. Os projetos devem ser desenvolvidos integralmente no Brasil.

A primeira parte das verbas (R$ 1 bilhão) está disponível para a empresa que vencer o edital. As taxas de juros são subsidiadas de 3,5% a 6% e o prazo de pagamento é de até cinco anos. Os R$ 2 bilhões restantes devem ser disponibilizados ao longo dos próximos meses.

As empresas brasileiras que tenham interesse em atividades relacionadas às tecnologias para produção e comercialização de produtos e serviços ligados ao agronegócio podem participar do processo de seleção. A análise será feita pelos técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Brasileira da Inovação (Finep) até o dia 15 de agosto.

No caso dos insumos, estão os projetos que incluem melhoramento genético; produtos e processos para controle de pragas e doenças; fertilizantes e equipamentos para produção; medicamentos e vacinas para saúde animal e novas tecnologias.

Na área de processamento, estão incluídos projetos para tecnologia de alimentos, embalagens, controle de riscos biológicos e produtos e processos para a indústria de alimentos.

A parte de máquinas também vai ser contemplada: poderão ser inscritas ideias ligadas a novas tecnologias para armazenagem, implementos agropecuários, software para rastreabilidade e equipamentos para monitoramento de pragas.

Com essas medidas, o governo pretende apoiar o cultivo por exemplo, de hortifruti em estufas, a agricultura de precisão e a automação das atividades no campo. Para participar, porém, há critérios de renda.

– Há critérios de renda para médio e grande porte. As empresas menores podem se associar a empresas líderes com faturamento de R$ 16 milhões ou ter patrimônio líquido de R$ 4 milhões. Empresas multinacionais que estejam nacionalizadas também podem participar – destaca o diretor do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal.

Mais informações estão disponíveis no site do BNDES.

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