O dólar voltou do feriado nacional em alta em relação ao real, atingindo a máxima de R$ 3,76. Os investidores digerem os números sobre o emprego nos Estados Unidos (payroll), ao mesmo tempo em reagem à decisão do governo Trump de resgatar o tema da guerra comercial e à reversão de expectativas com o cenário econômico brasileiro, após a crise do diesel.
Às 10h15, o dólar à vista subia 0,16%, cotado a R$ 3,7430, enquanto o dólar futuro para julho avançava 0,44%, a R$ 3,752.
A moeda é influenciada por novas ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump, de sobretaxar a importação de aço e alumínio a países parceiros da América do Norte e da Europa.
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“O quadro local [brasileiro] cada vez mais deteriorado e a volatilidade no exterior, relacionada à guerra comercial, respingam no real”, comenta o operador de derivativos da Renascença Corretora Luís Felipe Laudísio. Para ele, a greve dos caminhoneiros agravou a questão fiscal do país, em meio a um cenário eleitoral ainda bastante incerto e à ausência de reformas.
Além disso, o mercado doméstico de câmbio é impactado pelo payroll, com dados de emprego nos EUA. A economia norte-americana abriu 223 mil vagas de emprego em maio, acima da previsão de 195 mil postos de trabalho, o que levou à queda da taxa de desemprego nos Estados Unidos para 3,8%, contrariando a previsão de manutenção em 3,9%.
O ganho médio por hora também acelerou o ritmo e cresceu 0,3% em base mensal, com aumento de 2,7% na comparação anual. Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, os dados econômicos dos Estados Unidos continuam apontando para uma atividade econômica aquecida, deixando em aberto o movimento adicional do Federal Reserve (Fed), que é o banco central americano, neste ano.
