Departamento de agricultura dos EUA deverá indicar safra menor para a soja e o milho

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Pixabay

Soja
A soja na bolsa de Chicago (CBOT) subiu pela segunda sessão consecutiva, mesmo depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou uma melhora nas condições das lavouras por lá. Na sessão desta terça-feira, dia 8, a oleaginosa foi sustentada pela possível redução na estimativa de produção e produtividade norte-americana, que pode ser confirmada na quinta-feira, dia 10, pelo relatório de oferta e demanda. 

Os analistas esperam uma produção de 114,3 milhões de toneladas, contra 115,9 milhões de toneladas do relatório de julho. Na safra anterior, os americanos colheram 117,2 milhões de toneladas.

Aqui no Brasil o dia foi de melhor movimentação no mercado interno. O preço da soja subiu e houve registro de negócios, porém em volumes baixos.

Milho
O mercado brasileiro segue enfrentando problemas de logística no decorrer desta semana, o que dá sustentação aos preços do milho. Com isso, as cotações em determinadas localidades sofrem reajustes. As indicações no porto também apresentaram alta justamente por conta disso.

Em Chicago o milho registrou preços mais baixos. O mercado foi pressionado pela valorização do dólar frente a outras moedas correntes. Além disso, os investidores buscaram se posicionar frente ao relatório de oferta e demanda de agosto do USDA. 

A expectativa é que a produção fique em 351,56 milhões de toneladas, contra os 362,07 milhões de toneladas estimados em julho e abaixo dos 384,75 milhões de toneladas registrado na safra anterior.

Dólar
O dólar ganhou força frente ao real e outras divisas emergentes após o mercado mudar de humor, impulsionado pela subida de tom do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o país responderá às provocações da Coreia do Norte “com fogo e fúria”. No Brasil a declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, à imprensa de que o governo não conseguirá subir a alíquota do imposto de renda também influenciou o câmbio. A moeda fechou a terça-feira a com alta de 0,15%, cotada a R$ 3,131.

Café
A bolsa de Nova Iork (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços mais altos. O mercado teve mais uma sessão de suporte de fatores técnicos e com a preocupação diante do tamanho final da safra brasileira deste ano.
 
O mercado atingiu os patamares mais altos em 3 meses e meio, mantendo-se tecnicamente acima da importante linha de US$ 1,40 a libra-peso. A safra brasileira está tendo rendimento abaixo do esperado em muitas regiões e os grãos estão mais miúdos, isso pode reduzir o número final da produção. Naturalmente, isso garantiu sustentação lá fora.

No Brasil os preços do café ficaram estáveis e a alta da bolsa acabou não sendo transferida para as cotações internas. O vendedor segue apostando na alta das cotações, em função da safra brasileira “miúda” e da broca-do-café, com boa parte dos produtores capitalizados. Já o comprador, está recebendo negócios feitos para entrega futura ou está estocado e tranquilo quanto a suas aquisições. Houve registro de negócios pontuais.

Boi
O mercado físico de boi gordo ficou com preços entre estáveis a mais altos nesta terça-feira. A demanda segue bastante aquecida, conforme era a expectativa, diante da proximidade do dia dos pais e do recebimento dos salários. Ao mesmo tempo, a oferta de animais terminados segue limitada no final da safra, fazendo aumentar a dependência dos animais de confinamento.

Já o mercado atacadista apresentou preços do boi gordo mais altos. Segundo a Safras & Mercado, a tendência ainda é de valorização no curto prazo, diante de uma reposição mais rápida entre atacado e varejo. No entanto, a concorrência com as outras proteínas animais muito acirrada pode limitar o movimento.

Previsão do tempo
As imagens de satélite mostram tempo estável na maior parte do país. Um sistema frontal afastado no oceano ainda organiza chuvas fracas no Sul do país, principalmente  em Santa Catarina nas últimas horas. Nesta terça-feira uma massa de ar seco ainda predominou na maior parte do país e várias cidades registraram umidade relativa do ar baixa no período de maior aquecimento. Chuvas mais intensas seguem concentradas no extremo norte do país devido à umidade e ao calor na região. No leste do Nordeste, o vento úmido vindo do mar mantém condições para ocorrência de chuvas fracas no litoral. Na segunda quinzena do mês a previsão do tempo indica uma mudança, com chuvas voltando ao Centro-Oeste e o Sudeste.

Sul
Um sistema frontal já começa a se afastar da região Sul e as áreas de chuva ficam restritas ao sul e leste do Paraná, centro e leste de Santa Catarina e norte e nordeste do Rio Grande do Sul na primeira parte do dia, intercaladas com períodos de melhoria. Nas outras áreas do Sul, o tempo abre desde cedo. As temperaturas da tarde diminuem em relação ao dia anterior no Rio Grande do Sul, mas a sensação ainda é de abafamento entre Santa Catarina e o Paraná. Ao mesmo tempo, o ar mais seco e frio avança e derruba as temperaturas da próxima noite e madrugada, porém, sem números extremos. 

Sudeste
Um sistema frontal passa bem afastado pela costa do Sudeste e só traz aumento da quantidade de nuvens no litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro. O sistema, porém, não provoca chuva. Em outras áreas do Sudeste, o tempo segue firme e com predomínio de sol. As temperaturas, tanto da manhã quanto da tarde, sobem mais em relação ao dia anterior em boa parte do território paulista e também no oeste e norte mineiro. Os índices de umidade relativa do ar despencam nestas áreas.

Centro-Oeste
O sol predomina entre poucas nuvens na maior parte das áreas e a umidade relativa do ar pode ficar abaixo dos 30% no período da tarde, entrando em estado de atenção, por conta de uma massa de ar seco sobre Goiás. As temperaturas máximas sobem ainda mais do que no dia anterior no período da tarde. Apenas nas áreas do Mato Grosso mais próximas a Rondônia é que o tempo fica mais úmido e favorece o desenvolvimento de nuvens mais carregadas e chuvas isoladas até o final do dia.

Nordeste
O tempo firme ainda predomina sobre a maior parte dos estados do Nordeste e as áreas de chuva ficam cada vez mais restritas. A chuva continua de forma fraca e concentrada à noite apenas entre o litoral norte da Bahia até o leste do Rio Grande do Norte, por causa da umidade do mar, e também sobre o noroeste do Maranhão. O calor segue intenso em boa parte da região e aumenta ainda mais, com destaque para o interior do Piauí. No período da tarde os índices de umidade relativa do ar seguem baixos.

Norte
As instabilidades tropicais se espalham por boa parte da região Norte e produzem nuvens bastante carregadas e pancadas de chuva isoladas, com trovoadas no Amazonas, Roraima, Amapá, Acre, maior parte de Rondônia e também do Pará. No Tocantins, o tempo segue firme e com sol entre poucas nuvens. As temperaturas seguem elevadas em todos os estados, mesmo com a condição para chuva.