Criatório quer vacinar 1 milhão de tilapias até o fim do ano

Segundo veterinário, o tratamento preventivo evita o gasto com uso de antibióticos, resguardando a criação contra bactéria

Fonte: M. Hasan/FAO

Um criatório em Mococa, interior de São Paulo, pretende vacinar mais de 1 milhão de tilapias até o fim do ano. A imunização evita a mortalidade causada pela bactéria Estreptococos, que traz grandes prejuízos econômicos, segundo o veterinário Thiago Colpani.

“Ela atinge a fase de terminação da engorda, de 100 gramas até 800 gramas. E o estrago econômico que ela causa é muito grande quando se tratado apenas com antibióticos. Antes que a bactéria se manifeste pra começar o tratamento, já se previne com a vacinação”, diz o veterinário.

Hoje, até 30 mil peixes são imunizados por dia no local. As tilápias vacinadas têm 80 dias de vida e pesam 25 gramas. “Já se vacina há muito tempo no Chile, na Noruega e na Ásia. E agora com o aumento da produção aqui no nosso país, aumentam os desafios sanitários e vê-se a necessidade de vacinação dos peixes”, afirma.

Segundo Colpani, a dose é injetada na região da barriga e os peixes são anestesiados para melhorar a condição de manejo e evitar lesões e estresse ao animal. Eles ficam em um tanque onde é colocada uma pequena dose de óleo de cravo, que os paralisa. Em seguida, são transferidos para outro tanque com água corrente, que corta os efeitos da anestesia.

O criatório vende os alevinos imunizados com acréscimo de R$ 0,18 por unidade em relação ao preço dos não vacinados. Em tese, o  investimento evita o gasto com uso de antibióticos.