Com maior demanda, preço do café no Brasil sobe R$ 15 em um dia

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: IAPAR

Café
As cotações do café arábica subiram na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) e romperam a importante linha de 140 cents por libra-peso para setembro. Essa alta foi acompanhada pelos ganhos do petróleo e das commodities lá fora e pela baixa do dólar em relação à outras moedas.  As crescentes expectativas de perdas de rendimento na safra brasileira, com grãos miúdos, também deram suporte ao mercado.

Aqui no Brasil o dia foi de preços do café mais altos. Mesmo com o vendedor retraído houve um ritmo melhor na comercialização, com maior procura por cafés finos e com oferta menor, devido à dificuldade de encontrar um grão de peneira graúda. Esse fato influenciou os valores internos, que tiveram altas entre R$ 10 e R$ 15 para esta qualidade do produto. Já as bicas naturais que apresentam uma disponibilidade melhor subiram na faixa de R$ 5,00.

Enquanto isso a colheita avança bem, na comparação com o ano passado. Segundo a consultoria Safras & Mercado, até a terça-feira, dia 1, os trabalhos de campo atingiram 80% da área. Na semana anterior o número estava em 73% e em igual período de 2016 estava em 76%.

Dólar
A moeda americana fechou a quarta-feira, dia 2, no negativo com os investidores otimistas quanto à possível vitória do governo na votação contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados. A presença de quórum mínimo para iniciar a sessão mostrou a força da base aliada e surpreendeu o mercado. No final da sessão o dólar terminou cotado a R$ 3,121, queda de 0,15%.

Influenciado por uma eventual euforia, causada pela vitória de Temer na Câmara, e um possível resultado político favorável à continuidade do programa de ajuste fiscal há espaço para a moeda romper a linha de R$ 3,10. No entanto, ainda existe a fragilidade fiscal do Brasil e as dúvidas em torno da reforma da previdência, que devem servir como fator de suporte a moeda norte-americana. 

Soja
A soja na bolsa de Chicago (CBOT) teve um dia de alta. Após duas sessões de perdas, os compradores retornaram ao mercado. Em termos fundamentais, no entanto, o mercado segue pressionado pelo clima nos Estados Unidos. Os boletins meteorológicos indicam chuvas de bom volume e temperaturas amenas no decorrer de agosto, condições ideais para as lavouras em um período de definição da produtividade da safra americana.

No mercado interno a comercialização do grão permaneceu com ritmo lento nas diversas praças do país. Com o dólar volátil e Chicago um pouco mais alto, os preços da soja tiveram um fechamento misto. No geral há pouca oferta do grão e os negócios seguem escassos.

Milho
Assim como na soja, o milho registrou cotações mais altas em Chicago. O mercado teve um dia de recuperação técnica, após as recentes perdas. No curto prazo, dados sobre exportações nesta quinta-feira e estimativas de consultorias privadas sobre a safra americana podem causar volatilidade, mas os analistas estão de olho no próximo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A expectativa é que o órgão americano seja mais cauteloso nesse primeiro dado de agosto.

Aqui no Brasil os preços do milho ficaram estáveis. O dia foi de lentidão nos negócios, diante das dificuldades com fretes, com escassez de caminhões e altos custos. Inclusive, caminhoneiros de Mato Grosso prometeram intensificar os protestos na sexta-feira, dia 4. Eles são contra o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis.

Na agenda, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizados Pago ao Produtor (Pepro). No entanto, os prêmios devem ser mais baixos.

Boi
O mercado físico permanece em viés de alta para os preços do boi gordo. A arroba apresentou reajustes no Centro-Oeste e também no Norte do país. A tendência é que com um possível aquecimento da demanda durante a primeira quinzena de agosto este movimento ganhe intensidade. A oferta de animais terminados segue mais ajustada neste momento.

Apesar dessa expectativa de valores melhores, a Agroconsult prevê uma queda no preço da arroba em mais de 11% na comparação com o ano passado, em valores nominais. Esta seria a maior queda anual desde a estabilidade trazida pelo Plano Real.

Previsão do tempo
As imagens de satélite mostram bastante nebulosidade espalhada pela região Sul, associada a atuação de uma frente fria. Essas instabilidades já atingiram o sudeste e sul de São Paulo causando chuvas de intensidade fraca a moderada. 

Na quarta-feira à tarde, apesar das chuvas no Sul do país, várias cidades no interior norte e sul do Brasil ainda apresentaram umidade relativa do ar baixa. A previsão do tempo indica que a chuva continua na faixa norte do país, devido à umidade e calor disponíveis na região. Também chove no leste do Nordeste devido aos ventos úmidos vindos do mar. Veja a previsão do tempo para 90 dias na sua região.

Sul
Ainda tem previsão de chuva no Paraná, Santa Catarina e boa parte do Rio Grande do Sul. Por outro lado, o tempo volta a abrir nas áreas de fronteira com o Uruguai. O frio toma conta do Sul, e a sensação térmica será baixa especialmente na parte da tarde. Na próxima madrugada, a temperatura também volta a cair um pouco mais. 

Sudeste
Nesta quinta-feira, dia 3, o tempo muda em São Paulo. Um sistema frontal passa pelo oceano, vindo da região Sul, e propaga pancadas de chuva com trovoadas e principalmente ventos fortes para o litoral paulista, vales do ribeira e do paraíba, cidades que fazem divisa com o Paraná e região metropolitana. 

Mesmo com esse retorno, a chuva ainda será bastante isolada no território paulista. A temperatura máxima volta a cair nestas áreas, por causa do excesso de nuvens, e o frio aumenta no decorrer do dia. Em Minas Gerais e no Espírito Santo, o tempo ainda não muda.

Centro-Oeste
Cidades do Mato Grosso do Sul mais próximas ao Paraná e ao oeste paulista ficam com tempo mais instável, com maior quantidade de nuvens e também ventos moderados. Há condição para eventuais pancadas de chuva, sobretudo no extremo sul deste estado. Em outras áreas do Centro-Oeste, o ar seco inibe a formação de nuvens carregadas e o tempo continua bastante firme e ensolarado. Há aumento das temperaturas pela manhã e a tarde entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas o friozinho das primeiras horas do dia persiste no Distrito Federal. Os índices de umidade relativa do ar seguem baixos.

Nordeste
As áreas de chuva ficam mais restritas ao litoral entre o Rio Grande do Norte e a costa da Bahia. Também chove, de maneira mais isolada e intercalada com períodos de melhoria, no norte do Maranhão. Em todas as outras regiões nordestinas uma grande massa de ar seco mantém o tempo firme, inibe a formação de nuvens carregadas e deixa grande amplitude térmica. Além disso, essa situação aumenta o potencial para novos focos de queimadas. Inclusive, quase 200 cidades estão em situação de emergência devido à seca.

Norte
Volta a chover forte no norte do Amazonas e do Pará, mas na maior parte deste estado o que predomina é o ar seco, que ajuda a baixar o nível dos rios e mantém a tarde bastante quente no Norte. Já as chuvas continuam, a exemplo dos dias anteriores, a cobrir as áreas mais ao norte, entre Roraima e Amapá.