Colheita de soja na Argentina atinge 8,8% da área; bolsa mantém previsão de safra

Trabalhos de campo estão adiantados em 6,8 pontos percentuais em relação a igual período do ano passado; produção deve ser de 39,5 milhões de toneladas

Fonte: Bolsa de Cereais da Argentina

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires apontou que a colheita de soja atingiu 8,8% da área plantada até a quarta-feira, dia 28, o que equivale a 6,8 pontos percentuais adiantada em relação a igual período do ano passado. A bolsa manteve a sua previsão de produção de soja na Argentina na temporada 2017/2018 em 39,5 milhões de toneladas.

As condições climáticas desfavoráveis durante grande parte do ciclo da soja aceleraram o desenvolvimento das lavouras e adiantaram o início da colheita, segundo a bolsa. “A ausência de chuvas durante os últimos dias também contribuiu para que a retirada dos grãos avançasse rapidamente sobre o centro da região agrícola, mas aumentasse o risco de perda de rendimento no norte do país, onde a maior parte da área plantada transita em estágios reprodutivos sob condições hídricas adversas.” 

As baixas temperaturas no centro e sul da região agrícola prejudicam o fim do enchimento de grãos em lavouras plantadas mais tarde em San Luis, Córdoba, Santa Fé, Entre Rios, Buenos Aires e La Pampa. A bolsa apontou ainda que os rendimentos nas áreas já colhidas estão muito abaixo da média histórica de cada região. 
 
Segundo o informe climático da bolsa, durante os próximos dias podem ser registradas chuvas no norte e oeste da região agrícola. As precipitações vêm “tarde para a recuperação do rendimento no centro e sul da área agrícola, mas são ainda oportunas para as regiões nordeste e noroeste”.
 
Milho
 
A colheita de milho na Argentina alcançou 18% da área plantada. Os trabalhos se concentram no centro e sul da área agrícola nacional. A produtividade se mantém abaixo das expectativas iniciais, segundo a bolsa. Por outro lado, as áreas tardias e de segunda safra estão em enchimento de grãos nas províncias de Córdoba, Buenos Aires e Santa Fé, “com reservas hídricas limitadas afetando o seu rendimento potencial”. A bolsa manteve a projeção de produção do cereal em 32 milhões de toneladas.