Colheita da 2ª safra de milho atinge 16,2% da área no Centro-Sul, diz AgRural

De acordo com consultoria, dias sem chuva em regiões produtoras têm ajudado no avanço dos trabalhos de campo

A colheita da segunda safra de milho no Brasil atinge 16,2% da área no Centro-Sul até quinta-feira, dia 29, apontou levantamento da consultoria AgRural nesta sexta-feira, dia 30. Conforme a consultoria, os dias sem chuva em regiões produtoras têm ajudado no avanço da colheita. Apesar do avanço semanal de 6,8 pontos, o índice está abaixo dos 20,5% registrados há um ano devido ao atraso na colheita em alguns estados.

Ainda conforme a AgRural, o estado mais adiantado é Mato Grosso, com 31,7% da área colhida. “Após a primeira quinzena de junho chuvosa, o tempo firme tem favorecido a colheita e reduzido os problemas com qualidade”, disse a consultoria. Em Sinop, a produtividade varia de 100 a 140 sacas por hectare, segundo a AgRural.

Em Goiás, 16% da colheita foi concluída. No sudoeste do Estado, os trabalhos começam a ganhar ritmo e a movimentação só não é maior porque produtor espera o grão perder umidade no campo para evitar descontos, de acordo com a consultoria. Em Minas Gerais, 12,7% da safrinha do cereal foi colhida, conforme a AgRural. No sul do Triângulo Mineiro, algumas áreas apresentam perdas em consequência de ataques de cigarrinha.

Em Mato Grosso do Sul, 2,5% do milho foi colhido. Segundo a consultoria, a maioria dos produtores aguarda o cereal perder umidade antes de colher para reduzir os gastos com secagem. Em São Paulo, o plantio lento se reflete na colheita, que ainda não chegou a 1%, bem atrás dos 20% de igual período do ano passado, de acordo com a AgRural.

No Paraná, a colheita atingiu 3,8% da área, contra 17,1% há um ano, conforme a consultoria. No oeste do Estado, a demora no plantio e a chuva do início do mês atrasaram o início da colheita, mas agora produtores têm aproveitado o tempo seco para retirar o milho. Apesar dos bons resultados de produtividade e qualidade até o momento, existe uma preocupação com áreas mais tardias. “Em áreas semeadas no fim de fevereiro, após a janela ideal, pode haver redução no potencial produtivo devido ao ataque de doenças”, disse a AgRural.