Codex Alimentarius aprova base científica para uso do cloro ativo na pesca

Brasil defendeu medida tomando estudo da OMS como baseO Brasil conseguiu aprovar, na última sessão da Comissão do Codex Alimentarius (CAC), realizada entre os dias 30 de junho e 4 de julho, em Genebra, o uso de cloro ativo no beneficiamento de pescado e derivados, com base científica estabelecida pela CAC. A atuação da delegação brasileira na reunião foi decisiva para evitar que prevalecesse a posição de países que restringem o uso dessa substância, sem se basearem em estudos técnicos e científicos. 

O Brasil defendeu a aplicação do cloro ativo no processamento de pescado e produtos pesqueiros, tendo como base um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que aprova o uso do produto. Vários países apoiaram a posição brasileira. Apenas a União Européia e o Togo foram contra. O cloro ativo é aplicado à água que entra em contato com o pescado e ajuda a garantir a qualidade e a inocuidade do produto para a saúde humana.

Os limites de resíduos para aditivos, medicamentos veterinários, agrotóxicos e contaminantes para diversos produtos da pauta agrícola também foram estabelecidos na reunião. A comissão ainda aprovou a realização de novos trabalhos para estabelecer as medidas higiênico-sanitárias da Castanha do Brasil, produzida na Região Norte do País, além de outros temas.

Durante o encontro, em Genebra, o Brasil fez um alerta à comunidade internacional sobre as limitações da participação dos países em desenvolvimento. O Codex Alimentarius é o órgão internacional de normalização de alimentos estabelecido pela Organização das Nações Unidas por meio da FAO e OMS, com a finalidade de proteger a saúde dos consumidores e assegurar práticas eqüitativas no comércio regional e internacional de alimentos.