CNA pede medida emergencial para suinocultura

Além de leilões de milho, a entidade solicitou uma reestruturação na venda do cereal e o retorno da linha de crédito de custeio para retenção de matrizes

Diante do aumento dos custos de produção e da queda de preços no mercado de suínos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao Ministério da Fazenda um ofício pedindo para que sejam tomadas medidas emergenciais de amparo ao setor da suinocultura. A informação foi divulgada nesta terça-feira, dia 10.

No documento, a entidade pede leilões no formato de Valor de Escoamento de Produto (VEP) de 500 mil toneladas de milho para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No VEP, o governo paga uma subvenção, chamada de prêmio, para que o produto seja destinado a uma região que precisa de abastecimento.

“Se essa proposta for atendida, os produtores de aves e suínos que mais demandam esse grão ganhariam fôlego até outubro”, disse o assessor técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Victor Ayres.

Outra medida solicitada foi a reestruturação da venda de milho balcão para 40 toneladas mensais por cadastro, com aprimoramento dos critérios para o acesso ao programa, como a retirada dos limites de renda bruta anual.

Victor explica que um suinocultor de 100 matrizes consome 41,6 toneladas de milho mensais, portanto, os atuais limites de 14 toneladas por cadastro amparam apenas granjas com produção de subsistência e não as de produção comercial.

A entidade também propôs o retorno da linha de crédito de custeio para a retenção de matrizes suínas. “A medida é necessária para proporcionar capital de giro por alguns meses para o produtor manter suas contas em dia”.

Junto com o ofício, foi entregue uma nota técnica com o detalhamento das propostas e dados do atual cenário do setor, como a elevação dos custos com alimentação animal e desvalorização da carne suína no mercado. Acesse aqui o documento.