CNA mostra preocupação com roubo de cargas do agronegócio no Arco Norte

A região do Arco Norte é uma alternativa para inverter o fluxo logístico normal dos grãos brasileiros, feito pelos portos do Sul e Sudeste, e baratear custos

Fonte: Divulgação

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) está preocupada com o crescente número de roubos e furtos de cargas do agronegócio, principalmente, no Arco Norte, região considerada estratégica para o escoamento da produção de grãos e de alimentos para exportação.  

O 2º vice-presidente de Finanças da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço Júnior, informou na terça-feira, durante reunião da Câmara Temática de Navegação e Portos (CTNAV), em Brasília, que a ação dos bandidos em embarcações provoca insegurança e prejuízos. A CNA solicitou medidas urgentes do Poder Público.

“É muito importante uma presença maior dos organismos públicos nas hidrovias para coibir e ter uma maior fiscalização do trânsito. Acreditamos que isso poderá ajudar a resolver esse problema que é preocupante”, afirmou Lourenço Júnior.

A região do Arco Norte é uma alternativa para inverter o fluxo logístico normal dos grãos brasileiros, feito pelos portos do Sul e Sudeste, e baratear custos. O consultor de Logística e Infraestrutura da CNA, Luiz Antônio Fayet, ressaltou a necessidade de segurança de navegação para evitar acidentes entre embarcações – o Rio Amazonas, por exemplo, está sujeito à legislação internacional e à brasileira.

“Se nós resolvermos essas questões, teremos o maior escoamento de soja do mundo para exportação pela Bacia Amazônica”, afirmou o consultor.

Na região Sudeste, empresas do setor de proteína animal também têm relatado elevados prejuízos com roubo de cargas nas entregas feitas no Estado do Rio de Janeiro. O Grupo Mantiqueira, o maior produtor de ovos do Brasil, calcula perda de cerca de R$ 1 milhão nos últimos 12 meses com roubo de cargas na região.