China caminha para representar 50% das exportações de carne bovina, diz Abrafrigo

Egito teve aumento expressivo de aquisições neste ano e também se tornou importante cliente do Brasil, afirma associação

Fonte: Pixabay

O mercado chinês se aproxima cada vez mais de representar 50% das exportações de carne bovina in natura e processada do Brasil, avaliou nesta quinta-feira, dia 12, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) em nota. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pela associação mostram que, no primeiro trimestre, as exportações de carne bovina somaram 393.083 toneladas, das quais 171.249 toneladas foram para os chineses, que representaram 46,1% dos embarques. Desta forma, ao lado de países como o Egito, a China tende a impulsionar o desempenho de vendas externas da proteína brasileira em 2018.
 
Para o levantamento, a Abrafrigo contabiliza as importações chinesas que ocorreram tanto de maneira direta, quanto por intermédio do produto que entra via Hong Kong. No primeiro trimestre de 2017, as vendas brasileiras para o país asiático representavam 35,8%.  
 
Em relação a outros compradores, a entidade destaca o Egito como um importante cliente do país e que voltou às compras de maneira expressiva neste ano. Somente em março foram adquiridas 47.842 toneladas ante apenas 15.004 toneladas em igual período de 2017. O Chile também ampliou suas importações de 12.592 toneladas em março de 2017 para 23.888 toneladas no mês passado.
 
“Os resultados no mercado internacional hoje constituem importante válvula de escape para compensar a queda nas vendas no mercado interno, que não vêm apresentando recuperação desde que foi deflagrada a operação Carne Fraca da Polícia Federal no início de 2017”, afirma o comunicado. 
 
Para a Abrafrigo, a Carne Fraca ainda se reflete negativamente sobre os negócios realizados com países integrantes da União Europeia e com os Estados Unidos. Por outro lado, para o mercado russo – que já chegou a ser o maior importador da carne bovina brasileira –, há perspectivas de reabertura das importações ainda no primeiro semestre de 2018.