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Chicago: preço da soja chega à última semana de setembro com alta de 2%

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Os preços domésticos ficaram entre estáveis a mais baixos. A queda na Bolsa de Chicago e a desvalorização do dólar pressionaram as cotações no país. Assim, o dia foi calmo na comercialização. Houve reporte de negócios no dia no Mato Grosso, envolvendo soja disponível e para entrega na safra nova e na Bahia.

Bolsa internacional

Os contratos futuros da negociados na Bolsa de Chicago fecharam com preços mais baixos para grão e farelo, e cotações mais altas para óleo. O mercado realizou parte dos lucros acumulados na quinta-feira, quando foi impulsionado pelo maior otimismo em relação à disputa comercial entre os Estados Unidos e a China. De qualquer forma, as perdas foram reduzidas nos últimos negócios.

Neste contexto, a posição novembro do grão subiu 2% no acumulado da semana. No caso do farelo, nem mesmo a anúncio de uma venda por parte de exportadores norte-americanos foi capaz de limitar a derrocada nas cotações. Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 100 mil toneladas de farelo de soja para destinos não revelados, para entrega na temporada 2018/2019.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 89
  • Cascavel (PR): R$ 89,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 81,50
  • Dourados (MS): R$ 84
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 96
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 95
  • Porto de Santos (SP): R$ 95
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 94,50
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

    • Novembro/2018: US$ 8,47 (-3 cents)
    • Janeiro/2019: US$ 8,61 (-2,75 cents)

Nos subprodutos, a posição outubro do farelo fechou com queda de US$ 5,40 (1,76%), sendo negociada a US$ 305,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em outubro fecharam a 28,09 centavos de dólar, com alta de 0,49 centavo ou 1,77%.


Café

A Bolsa de Nova York para o café arábica encerrou as operações desta sexta-feira com preços moderadamente mais altos. A sessão foi volátil e NY teve perdas e ganhos ao longo do dia, fechando em ligeira alta, mas não conseguindo ao final das contas recuperar a importante linha técnica e psicológica de US$ 1 a libra-peso.

Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, a baixa do dólar contra o real deu sustentação em NY. Entretanto, mesmo com a moeda norte-americana em baixa, NY enfrenta uma dura resistência para recuperar a linha de US$ 1 a libra-peso, e isso se justifica pelos fundamentos baixistas.

Barabach explica que o Brasil está terminando a colheita de uma safra recorde, o clima é favorável também para a temporada 2019. Além disso, a partir de outubro entram safras de outras importantes origens, com boas colheitas previstas. A demanda está arrefecida, com os consumidores tranquilos, o que pesa contra as cotações e limita os avanços quando os preços sobem. No balanço da semana, o contrato dezembro acumulou um ganho de 0,2%.

Londres

A bolsa inglesa para o conlin encerrou as operações em baixa. O mercado londrino teve uma sessão de volatilidade, buscando direcionamento. Segundo traders, a sessão foi de ajuste técnico ante o final da semana. Ao final das contas, o contrato novembro fechou no acumulado da semana com estabilidade, no mesmo valor da sexta-feira passada, a US$ 1.489 a tonelada.

No Brasil

O mercado brasileiro teve uma sexta-feira de preços de estáveis a mais baixos. A leve alta do arábica na Bolsa de Nova York não influenciou o mercado, com a baixa do dólar pressionando. Como no dia anterior as cotações internamente avançaram bem, nesta sexta-feira houve alguns ajustes.

Café no mercado físico – saca de 60 kg

    • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 410 a R$ 415
    • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 415 a R$ 420
    • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 350 a R$ 355
    • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 315 a R$ 320
    • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

      • Dezembro/2018: 99,90 (+0,15 cents)
      • Março/2019: 103,30 (+0,20 cents)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

      • Novembro/2018: US$ 1.489 (-US$ 19)
      • Janeiro/2019: US$ 1.493 (-US$ 16)

Boi gordo

A oferta restrita de boiadas garantiu firmeza às cotações da arroba do boi gordo durante toda a semana passada. No acumulado semanal, o ajuste positivo para a arroba, na média de todas as praças, foi de 0,7%.

No fechamento de sexta-feira, o cenário não foi diferente, com alta em sete praças pecuárias. Destaque para o Espírito Santo, que teve a maior variação na comparação diária, 1,8%. No estado a referência para a arroba do boi gordo está em R$ 145, a prazo, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). A escassez de boiadas na região provocou dificuldade de compra para os frigoríficos.

As escalas de abate estão apertadas por lá e já se observam em alguns casos frigoríficos com programações atendendo apenas um dia de abate.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, a carcaça de bovinos castrados fechou cotada em R$ 9,97 o quilo, alta de 0,3% na semana.

Apesar da segunda quinzena do mês, período que sazonalmente ocorre queda no consumo, a pouca oferta de animais tem sido suficiente para manter as cotações firmes.
Para o curto prazo, com o varejo se abastecendo para o início de mês deve colaborar com a precificação da carne e boi.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 151
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
      • Goiânia (GO): R$ 138
      • Dourados (MS): R$ 146
      • Mato Grosso: R$ 129 a R$ 134
      • Marabá (PA): R$ 137
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,30 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 148
      • Sul (TO): R$ 136
      • Veja a cotação na sua região

Milho

Dia de cotações estáveis a mais baixos no Brasil. Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, o mercado esteve lento como em toda a semana. Houve algumas baixas regionais nesta sexta-feira, com a melhora na oferta e com o pouco interesse de compra.

Mercado internacional

O grão fechou com preços mais altos na Bolsa de Chicago. O mercado foi sustentado pelo indicativo de boa demanda para o milho norte-americano, buscando uma boa recuperação frente às perdas da semana anterior.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 121,7 mil toneladas de milho a destinos não revelados. O produto será entregue na temporada 2018/2019.

A previsão de chuvas no cinturão produtor norte-americano, podendo ocasionar atrasos na colheita da safra, também contribui para a valorização. Na semana, o contrato dezembro de 2018 apresentou uma valorização de 1,56%.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 42
      • Paraná: R$ 35
      • Campinas (SP): R$ 40,50
      • Mato Grosso: R$ 28
      • Porto de Santos (SP): R$ 39
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 39
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 39
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Dezembro/2018: US$ 3,57 (+4,75 cents)
      • Março/2019: US$ 3,69 (+4,5 cents)

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana fechou a semana estabelecendo o menor valor registrado no mês, com baixa de 0,59%, cotada a R$ 4,0477 para venda. A desvalorização do dólar ocorreu pelo terceiro dia consecutivo, acumulando uma queda na semana de 2,86%. Desde 14 de julho de 2017, a moeda norte-americana não acumulava uma queda neste patamar.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão desta sexta, dia 21, em alta de 1,70%, com 79.444 pontos. A valorização acumulada na semana de 5,3% representa o segundo maior ganho de 2018, revertendo as duas últimas semanas em queda. Os papéis das grandes empresas, chamadas de blue chip, fecharam em alta com destaque para Vale com valorização de 2,85% e Petrobras com alta de 1,36%.


Previsão do tempo

Sul

A chuva continua espalhada pelo Rio Grande do Sul no início da semana e ainda são esperados temporais e transtornos por todo estado. No oeste de Santa Catarina e no Paraná, as chuvas são intensas também com potencial para temporadas e rajadas de vento moderadas. Os volumes são menores no leste de Santa Catarina e em grande parte do Paraná

No norte paranaense a previsão ainda é de tempo firme e muito calor. Com relação às temperaturas, o calor segue no Paraná e em Santa Catarina. O Rio Grande do Sul terá mais um dia com pouca variação de temperaturas.

Sudeste

Na segunda-feira volta a chover no extremo sul do Estado de São Paulo. O sol predomina ao longo do dia, com poucas nuvens e ajuda a elevar rapidamente as temperaturas. Mais uma vez a umidade do ar fica baixa no interior e o risco para focos de queimada aumenta e merecem cuidados com a hidratação e evitar atividades esportivas ao ar livre e no horário de pico de sol.

Centro-Oeste

A semana ainda terá tempo instável em grande parte do Centro-Oeste. A chuva não é mais tão volumosa, porém não se descarta o risco para trovoadas no oeste de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso. Em Goiás, tempo firme predomina. Mesmo com chuva as temperaturas seguem elevadas.

Nordeste

A segunda-feira é mais um dia de tempo firme e com calor em grande parte do Nordeste Brasileiro. O sol aparece com poucas nuvens e a sensação de calor e tempo abafado só aumentam ao longo do dia. Pode chover rápido e isolado no litoral e zona do Recôncavo Baiano.

Norte

Na segunda-feira o tempo firme continua no Tocantins e oeste paraense. Nas demais áreas do Norte, o tempo fica instável e a chuva ocorre a qualquer hora do dia, com pancadas que não devem ser volumosas, mas que podem ser acompanhadas por trovoadas. Temperaturas elevadas e sensação de abafamento.