Arroba do boi gordo já é negociada a R$ 150

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Famasul/divulgação

Boi
O mercado físico ainda se depara com consistente alta dos preços do boi gordo na sexta-feira, dia 1º. A oferta limitada é a principal justificativa para esta situação. Da mesma maneira que o encarecimento do frete nas últimas semanas também tem sua parcela de contribuição para este movimento. 

Os frigoríficos iniciam a semana do feriado com escalas bastante encurtadas, nesse caso o começo da semana será decisivo para formar a programação do restante do mês. 

Em São Paulo os preços permanecem em viés de alta. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a indicação em Barretos (SP) saltou para R$ 147 a prazo. Enquanto que em determinadas praças ainda acontecem negócios esporádicos acima de R$ 150 por arroba.

Segundo a Scot Consultoria, comparando-se a média vigente para as trinta e duas praças pecuárias pesquisadas pela empresa com a do dia primeiro de agosto, a alta verificada foi de 10%. O destaque foi para Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraná e São Paulo, que tiveram reajustes superiores a 15%. 

O mercado atacadista permanece em perspectiva de alta. O setor ainda aguarda pela retomada do movimento positivo durante a primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo. Os frigoríficos seguem com estoques encurtados aumentando a propensão de reajustes.

Dólar
O produto interno bruto (PIB) brasileiro teve uma alta de 0,2% no segundo trimestre, mas o mercado ainda não cita uma retomada da economia.  As dúvidas políticas e a fragilidade do governo em relação às contas continuam deixando o mercado cauteloso.  Diante disso e de fatores externos o dólar comercial trocou de mãos entre R$ 3,124 e R$ 3,149 para no final do dia terminar negociada a R$ 3,148 com baixa de 0,03.

Soja
Os contratos da soja na bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira no positivo. Sinais de demanda aquecida pela soja americana garantiram a segunda sessão consecutiva de alta, com o mercado fazendo recompras da oleaginosa que foram vendidas em agosto.

Outro fator importante para a alta da soja, e das commodities, em geral, foi o resultado da taxa de desemprego americana, que ficou acima do esperado. Com isso, as apostas de uma elevação ainda este ano nos juros americanos diminuíram. O dólar caiu frente a outras moedas e deu competitividade às commodities de exportação. 

Os ganhos, no entanto, foram limitados pelo cenário fundamental. As condições seguem favoráveis ao desenvolvimento das lavouras americanas. Na véspera do início da colheita, a obtenção de uma produção cheia nos Estados Unidos é quase uma certeza, mantendo o quadro de estoques mundiais elevados.

No Brasil o mercado foi de lentidão em relação à comercialização. O dólar volátil e o recuo dos prêmios impediram uma alta mais consistente nos preços da soja, o que resultou em uma sessão de poucos negócios.

Milho
O milho na bolsa de Chicago registrou preços mais baixos. O mercado voltou a cair, após a recuperação de quinta-feira, 31, estendendo o viés negativo da semana e do mês de agosto, determinado pela ampla oferta mundial do produto e pela expectativa de uma grande safra americana.  

Na semana, porém, o contrato dezembro teve alta de 0,5%. Os sinais de boa demanda, que impulsionaram os preços ontem colaboraram para essa leve valorização semanal. O mercado começa a olhar com mais atenção ao relatório que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai divulgar no dia 12 de setembro.

No mercado interno os preços do milho ficaram mais firmes. O dia foi lento para a comercialização. Os produtores seguem resistentes à venda, o que garante o suporte às cotações.

Café 
O mercado nova-iorquino (ICE Futures US)  esteve sem força técnica para o arábica se manter acima da linha de US$ 130 cents por libra-peso. O sentimento de uma ampla oferta para 2018, com a colheita de uma grande safra esperada no Brasil, mantém-se como fator baixista. A demanda também segue “quieta“  o que vem dificultando maiores avanços do arábica. Assim o vencimento dezembro terminou com queda de 0,23%, cotado a 129,05 cents a libra-peso, queda de 30 pontos. No balanço da semana acumulou uma queda de 1,8%.

A sexta-feira foi de mais oferta no mercado interno, porém as vendas não foram com o mesmo volume do dia anterior. Os preços do café ficaram estáveis , ainda com patamar abaixo do interesse de venda. Mas mesmo assim, produtor rural esteve menos reticente que nas últimas semanas.

Previsão do tempo
Sul

Nesta segunda-feira, dia 4, uma frente fria é alimentada por um corredor de umidade da Amazônia e avança pelo Rio Grande do Sul. O sistema traz chuva forte, trovoadas e risco para transtornos, como alagamentos. A chuva é mais intensa no sul gaúcho, mas não se descartam temporais em outras áreas. Por outro lado, o Paraná, como Santa Catarina e o extremo norte do gaúcho ainda segue com tempo quente e firme.

Sudeste
O tempo segue firme, ensolarado e com sensação de calor na maior parte do Sudeste. Apenas o sul mineiro e zona da mata é que tem um friozinho e condição para nevoeiros ao amanhecer. Chove de forma ainda isolada sobre o Espírito Santo. 

Centro-Oeste
Mais um dia ensolarado sobre todo o Centro-Oeste. O tempo segue seco e com baixos índices de umidade relativa do ar na maior parte da região. A exceção é no extremo noroeste do Mato Grosso, onde áreas de instabilidade voltam a trazer chuva, de forma isolada.

Nordeste
As instabilidades continuam presentes no leste do Nordeste, com atenção especial sobre o litorais da Bahia até de Sergipe e seus municípios próximos, onde recebem os maiores acumulados de chuva, além dos riscos de rajadas de vento e várias descargas elétricas. 

Norte
Chuvas se intensificam ainda mais sobre o noroeste do Amazonas, além da persistência de instabilidades em boa parte da região na segunda-feira. Porém, entre a metade sul do Pará e o Tocantins o tempo segue firme e a situação de tempo seco se agrava aumentando ainda mais o risco para queimadas.