A elevada umidade sobre as lavouras de trigo no Brasil segue dificultando a evolução da colheita. Além disso, mantém a apreensão quanto à qualidade do cereal produzido.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Jonathan Pinheiro, indicações seguem apontando uma perda de produtividade menor do que o esperado, porém, com grande parcela de trigo com PH abaixo de 78.
“Com a redução da produtividade, mesmo que inferior à esperada, os preços já começaram o movimento de recuperação, que deve seguir, tendo em vista que o produto de referência, com PH 78 ou superior é cada vez mais escasso no mercado doméstico. Além disso, esta grande quantidade de trigo de qualidade inferior deverá ser escoada para o mercado internacional, ou ao menos, misturada com o trigo de melhor qualidade pela indústria nacional”, diz.
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Pinheiro destaca que o câmbio segue significativamente elevado, dificultando a aquisição do trigo no mercado internacional. “Nesta conjuntura, os moinhos terão que buscar alternativas para seu abastecimento, elevando a possibilidade de consumo deste trigo de qualidade inferior, devido a também um custo inferior de aquisição”, finalizou.
