Soja

Soja: preços voltam a subir em Chicago com expectativa de compras chinesas

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Soja
Foto: Pixabay

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a segunda-feira, dia 17, com preços mais altos. Após duas sessões de perdas, o mercado reagiu, aguardando novas vendas dos Estados Unidos para a China.

Após as 1,413 milhão de toneladas vendidas à China na semana passada, nesta segunda não houve anúncio de novas operações. Mesmo assim os preços subiram, também impulsionados pelas boas inspeções de exportação da semana.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 974,9 mil toneladas na semana encerrada no dia 13 de dezembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava as inspeções em torno de 750 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 926,6 mil toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 1,8 milhão de toneladas.

No acumulado do ano-safra, as inspeções estão em 15,1 milhões de toneladas, contra 25,9 milhões de toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) informou que o esmagamento de soja atingiu 166,95 milhões de bushels em novembro, ante 172,359 milhões em outubro. O número ficou abaixo da expectativa dos analistas, de 168,44 milhões de bushels.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 9,04 (+4,25 cents)
  • Março/2019: US$ 9,18 (+4,25 cents)

Brasil

O mercado brasileiro de soja teve uma segunda-feira sem grandes alterações. Os preços oscilaram entre estáveis e mais baixos e não houve registro de negócios. Chicago subiu e o dólar recuou, sem motivar os negociadores, que seguem de fora do mercado.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 79,50
  • Cascavel (PR): R$ 74
  • Rondonópolis (MT): R$ 70
  • Dourados (MS): R$ 76
  • Santos (SP): R$ 81,50
  • Paranaguá (PR): R$ 80,50
  • Rio Grande (RS): R$ 81
  • São Francisco (SC): R$ 81,50
  • Confira mais cotações

Milho

O milho fechou com preços levemente mais baixos em Chicago. Em sessão marcada por volatilidade, o mercado realizou lucros, pressionado pela queda nos preços do petróleo e pelo fraco desempenho das inspeções de exportação norte-americanas de milho.

A previsão de retorno das chuvas em áreas produtoras do Brasil com problemas de estiagem também ajudou a pressionar as cotações.

As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 885 mil toneladas na semana encerrada no dia 13 de dezembro, conforme relatório do USDA. O mercado esperava as inspeções em torno de 975 mil toneladas. Na semana anterior, haviam atingido 876,3 mil toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 636,8 mil toneladas.

No acumulado do ano-safra, as inspeções somam 16 milhões de toneladas, contra 9 milhões de toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,84 (-0,75 cent)
  • Maio/2019: US$ 3,91 (-0,50 cent)

Brasil

O mercado brasileiro de milho abriu a semana com preços firmes. Segundo o analista Paulo Molinari, o mercado está apreensivo com a falta de chuvas em regiões produtoras. Também está atento agora com a virada do ano e com a colheita iniciando em janeiro no Rio Grande do Sul.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 39
  • Paraná: R$ 34
  • Campinas (SP): R$ 40,20
  • Mato Grosso: R$ 21
  • Porto de Santos (SP): R$ 39
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 39
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 39
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Café

O mercado brasileiro de café teve uma segunda-feira travada na comercialização, com preços mais baixos, especialmente para o arábica. A forte desvalorização do arábica na Bolsa de Nova York pressionou o mercado nacional. O ritmo foi bem lento nas negociações.

Afora o cenário negativo na bolsa, muitas empresas já se preparam para o recesso de final de ano, devendo fechar na sexta-feira e só reabrirem as atividades em 07 de janeiro.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 415 a R$ 420
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 335 a R$ 340
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 305 a R$ 308
  • Confira mais cotações

Nova York

O café arábica fechou o dia com forte queda, com o mercado voltando a cair diante do cenário fundamental baixista.

A oferta global é abundante, com o Brasil colhendo uma safra recorde em 2018, com o Vietnã também vindo com possível safra recorde e com outras origens também tendo colheitas crescentes.

O Brasil vem mantendo forte ritmo de exportações ao final deste ano, mostrando a oferta ampla disponível. O mercado também monitora o clima para a safra brasileira do próximo ano, com as condições sendo favoráveis.

A queda do petróleo também foi citada como fator que estimulou as vendas no dia. NY chegou a romper a importante linha técnica e psicológica de US$ 1 a libra-peso, mas fechou ligeiramente acima deste patamar.

Resta saber se nos próximos dias vai testar de novo este nível. Se romper, pode afundar-se tecnicamente buscando novos “fundos”. Mas, se mantiver o suporte ganha força para uma recuperação técnica.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 100,10 (-2,15 cent)
  • Maio/2019: US¢ 103,35 (-2,05 cent)

Bolsa de Londres

O robusta encerrou as operações da segunda-feira com preços mais altos. Depois de 13 sessões seguidas de perdas, enfim o dia foi de fechamento no terreno positivo. Segundo traders, o mercado teve um pregão de recuperação técnica depois de tantas quedas.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.450 (+US$ 7)
  • Março/2019: US$ 1.478 (+US$ 8)

Boi gordo

O número de negócios na semana que antecede o Natal está sendo menor, conforme esperado, aponta a Scot Consultoria. No levantamento desta segunda-feira, dia 17, houve desvalorizações em quatro praças pecuárias e alta apenas no Acre.

Parte dos frigoríficos estão com as programações de abate para dezembro já feitas, com isso, aproveitam para testar o mercado, ofertando preços menores pela arroba do boi gordo.

“Porém, em algumas regiões, como em São Paulo, por exemplo, ainda há algumas empresas com escalas de abate curtas (cerca de três dias), estas seguem ofertando preços maiores”, diz a Scot.

Entretanto, conforme estas indústrias componham suas escalas, a consultoria alerta que o viés de alta registrado nas últimas semanas deve perder força nas demais regiões.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 150,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 146
  • Goiânia (GO): R$ 138
  • Dourados (MS): R$ 143
  • Mato Grosso: R$ 131 a R$ 134,5
  • Marabá (PA): R$ 134
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,90 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 151
  • Paragominas (PA): R$ 138
  • Tocantins (sul): R$ 136
  • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana encerrou o primeiro pregão da semana em baixa de 0,19%, com o dólar comercial vendido a R$ 3,8962. O Banco Central (BC) voltou nesta segunda, dia 17, a intervir na cotação da moeda, ofertando leilões extraordinários de venda futura do dólar, com compromisso de recompra (chamados de leilões de linha).

O BC havia feito os leilões de linha no final de novembro e início de dezembro, quando a cotação da moeda norte-americana ultrapassou o patamar de R$ 3,90.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou o pregão em baixa de 1,20%, com 86.399 pontos. As ações das principais companhias seguiram a tendência de baixa, com Petrobras encerrando com menos 1%, Itaú com desvalorização de 2,65% e Bradesco com perdas de 1,77%.


Previsão do tempo para terça-feira, dia 18

Sul

A frente fria se afasta do Sul, ainda devido à área de baixa pressão sobre o Paraguai e a uma baixa pressão na costa gaúcha. Chove forte ainda sobre áreas do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina e leste do Paraná.

Pode até cair granizo e ainda há previsão de rajadas de vento superiores a 70 km/h previstas para o Rio Grande do Sul. Durante a tarde, pancadas rápidas, pontuais e acompanhadas de eventuais raios ocorrem no centro-sul do Paraná e de Santa Catarina.

As temperaturas continuam altas, mas sofrem leve queda se comparadas aos dias anteriores no Rio Grande do Sul. Na maior parte da região, as chuvas são pontuais, em forma de pancadas.

Sudeste

As instabilidades vão seguir abrangentes e vão ganhar intensidade em todo o Sudeste. Volta a chover no noroeste de São Paulo. Não se descarta novamente risco de granizo na metade leste paulista.

O tempo firme persiste na metade norte mineira, fluminense e em todo o Espírito Santo.

Centro-Oeste

A chuva vem em forma de pancadas mais frequentes no norte de Mato Grosso e isolada e pontual nas demais áreas da região. O céu fica claro, sem condições para chuva no norte de Goiás.

Nordeste

Pancadas de chuva isolada e rápida em grande parte do Nordeste. O tempo firme predomina na maior parte da Bahia durante a terça-feira, mas não se descartam pancadas isoladas pelo estado, porém sem acumulados significativos.

Os maiores volumes de chuva ocorrem no norte do Ceará, Piauí e Maranhão, devido à umidade que vem do oceano.

Norte

A chuva ganha intensidade e é mais frequente e volumosa no leste do Pará e do Amapá. Chuva forte e volumosa também nos arredores de Manaus.

Em Roraima, se chover é em forma de pancadas rápidas e localizadas no período da tarde.