Soja

Soja: possível acordo no congresso dos EUA faz preço subir em Chicago

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Grão de soja
Foto: Pixabay

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira, dia 12, com preços em alta. Pesou positivamente no mercado um possível acordo entre Democratas e Republicanos para evitar uma nova paralisação do governo norte-americano na próxima sexta-feira, além de forte avanço do petróleo.

As cotações também foram sustentadas pela queda do dólar e pelo otimismo em relação a Estados Unidos e China.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 9,17 (+12,50 cents)
  • Maio/2019: US$ 9,31 (+12,50 cents)

O mercado brasileiro manteve poucos negócios e preços mistos nesta terça-feira no Brasil. A Bolsa de Chicago teve ganhos para a soja, mas o dólar caiu internamente. Com esses indicadores em caminhos opostos, o mercado nacional acabou tendo poucas mudanças nas cotações, com estabilidade em boa parte das praças. E o mercado seguiu travado em termos de andamento da comercialização.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 74
  • Cascavel (PR): R$ 72
  • Rondonópolis (MT): R$ 67
  • Dourados (MS): R$ 68,50
  • Santos (SP): R$ 78
  • Paranaguá (PR): R$ 77,50
  • Rio Grande (RS): R$ 78
  • São Francisco (SC): R$ 77
  • Confira mais cotações

Café

O mercado brasileiro teve mais um dia complicado, travado, nesta terça-feira. A Bolsa de Nova York esboçou uma reação, mas fechou apenas em leve alta, enquanto o dólar caiu, o que não animou as negociações no país. Os produtores seguiram na “retranca”, com compradores também cautelosos.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 405 a R$ 410
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 345 a R$ 350
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
  • Confira mais cotações

Em Nova York, o café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços moderadamente mais altos. O mercado teve uma sessão de suporte técnico, após as recentes perdas. Rolagem de posições de março para maio tem sido destaque e maio passa a ser o foco.

A baixa do dólar contra outras moedas, a alta do petróleo e de outras commodities garantiu sustentação ao mercado do arábica em NY. Os ganhos foram reduzidos pela oferta tranquila no mercado de café.

O Brasil teve amplos embarques em janeiro e vem bem nas exportações também em fevereiro. Além disso, as indicações de volta de boas chuvas a regiões produtoras nesta semana, podendo atenuar o problema de seca para a safra 2019, também limitaram os avanços em NY.

O dia foi mais otimista nos mercados de modo geral, diante de notícias sobre o governo americano e sobre as tratativas entre Estados Unidos e China para resolver a crise comercial entre os países.

A notícia de um acordo entre Democratas e Republicanos para evitar uma nova paralisação do governo norte-americano na próxima sexta-feira fez com que o dólar recuasse contra outras moedas e estimulou a boa subida do petróleo.

Os mercados também receberam com otimismo as notícias do começo de uma nova rodada de negociações entre EUA e China.

A BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 100,45 (+0,25 cent)
  • Maio/2019: US¢ 103,55 (+0,25 cent)

Na Bolsa de Londres, o robusta encerrou as operações da terça-feira com preços mais altos. Segundo traders, o mercado teve um dia de recuperação técnica e avançou seguindo a maré mais positiva para as commodities de modo geral.

O dólar caiu contra o real e outras moedas, o petróleo subiu e a maior parte das commodities nas bolsas de futuros avançou, com o robusta londrino acompanhando o movimento.

Os mercados globais reagiram positivamente à notícia de um possível acordo entre Democratas e Republicanos para evitar uma nova paralisação do governo norte-americano na próxima sexta-feira.

O petróleo teve fortes ganhos, puxando as commodities agrícolas. O café arábica em Nova York também avança e o robusta seguiu.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

    • Março/2019: US$ 1.511 (+US$ 7)
    • Maio/2019: US$ 1.535 (+US$ 7)

Milho

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais baixos. O mercado foi sustentado pelo indicativo de um aumento na demanda para o cereal norte-americano, bem como pelo indicativo de corte na produção de milho primeira safra do Brasil por parte da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 122.376 toneladas de milho para destinos não revelados. O cereal será entregue na temporada 2018/2019.

Já a Conab projetou que a produção de milho primeira safra do Brasil será de 26,454 milhões de toneladas, volume 1,3% menor ante as 26,810 milhões de toneladas de milho colhidas na temporada 2017/2018.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,78 (+5,50 cents)
  • Maio/2019: US$ 3,86 (+5,50 cents)

O mercado interno manteve poucas novidades no decorrer do dia, com preços firmes. O fluxo de negócios segue ocorrendo de maneira pontual. Os embarques em fevereiro continuam surpreendentes, aumentando a competição pelo milho. As dificuldades logísticas tendem a se acentuar conforme avança a colheita da soja, destaca o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 37,50
  • Paraná: R$ 35,50
  • Campinas (SP): R$ 42,50
  • Mato Grosso: R$ 25
  • Porto de Santos (SP): R$ 38
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 37
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Boi gordo

No fechamento desta terça-feira, foi registrada queda para a cotação da arroba do boi gordo em apenas uma região. No Rio Grande do Sul, a melhora na oferta de boiadas deu espaço para que as indústrias pressionassem para baixo os preços.

A cotação cedeu 1% na comparação dia a dia, e as escalas de abate atendem, em média, sete dias.

As outras alterações ficaram por conta das regiões de Campo Grande (MS), sudeste de Mato Grosso, Paragominas (PA) e Marabá (PA). Nessas praças, a disponibilidade restrita de boiadas dificultou a compra pelos frigoríficos, o que pressionou as cotações para cima.

Em Marabá (PA), por exemplo, a cotação subiu R$ 1 por arroba frente ao último fechamento, e a maioria das ofertas são de lotes menores, o que dificulta os frigoríficos alongarem as programações de abate na região.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 152,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
  • Goiânia (GO): R$ 138
  • Dourados (MS): R$ 139
  • Mato Grosso: R$ 132,50 a R$ 138
  • Marabá (PA): R$ 131
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,10 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 150
  • Paragominas (PA): R$ 135
  • Tocantins (sul): R$ 134
  • Veja a cotação na sua região

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Dólar e Ibovespa

O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações mais negociadas na B3, antiga BM&F Bovespa, encerrou o pregão desta terça-feira em alta de 1,86%, aos 96.168 pontos. O recorde do índice, de 98.588 pontos, foi registrado no último dia 4.

O dólar comercial fechou o dia em baixa de 1,3%, cotado a R$ 3,71. O euro também se desvalorizou, caindo 0,59% e encerrando o dia cotado a R$ 4,21.


Previsão do tempo para quarta-feira, dia 13

Sul

O tempo continua instável mesmo após o afastamento da frente fria. Na faixa leste entre Santa Catarina e Paraná, o céu fica nublado, a chuva ocorre a qualquer momento e há queda na temperatura devido aos ventos que sopram do quadrante Sul. No interior, as pancadas são rápidas e intercaladas com períodos de sol.

Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, chove apenas de forma isolada no extremo norte e leste do estado devido aos ventos úmidos que sopram do mar contra a costa. Vale ressaltar que, na maior parte do estado, o tempo firme já retorna, com sol entre poucas nuvens devido à atuação de uma massa de ar seco.

Além de a chuva persistir no litoral, ainda há risco de ressaca de Chuí a Laguna pelo menos até o fim da manhã.

Sudeste

O tempo muda em São Paulo após a passagem da frente fria. Em toda a faixa leste, a expectativa é de céu nublado, chuva a qualquer momento e queda acentuada na temperatura. No litoral norte, ainda chove de forma bastante volumosa e não se descarta o risco para transtornos, especialmente deslizamentos de terra.

Entre o sul de Minas Gerais e o Rio de Janeiro, o tempo também fica bastante fechado e com chuva a qualquer momento, mas os maiores acumulados ficam concentrados no estado fluminense, com acumulados acima dos 120 mm na capital, também com potencial para novos deslizamentos de terra devido ao solo encharcado.

Outro destaque é o risco para temporais com trovoadas, descargas elétricas e queda de granizo entre o norte paulista e a metade sul mineira por conta de instabilidades em níveis mais altos da atmosfera.

No norte de Minas Gerais, o sol predomina entre poucas nuvens. Na maior parte do Espírito Santo, a chuva retorna, mas ainda de forma rápida. Há alerta de ressaca entre Cananeia (SP) e Arraial do Cabo (RJ), com ondas em torno de 2,5 m de altura.

Centro-Oeste

Chove sobre a maior parte do Centro-Oeste, com volumes mais expressivos entre o norte de Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e boa parte de Mato Grosso, devido à formação de um corredor de umidade influenciado pela passagem de uma frente fria na costa do Sudeste.

O tempo firme predomina no norte goiano devido a uma massa de ar seco.

Nordeste

A chuva persiste de forma mais significativa entre Maranhão e Ceará devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical, faixa de nuvens carregadas formada nas áreas mais ao norte do país durante esta época do ano.

O tempo firme persiste na maior parte da Bahia e interior entre Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

Norte

As instabilidades ganham força, e a chuva ocorre de forma mais expressiva entre o oeste do Amazonas, Acre e Rondônia, mas, ainda assim, vale ressaltar que o sol aparece durante boa parte do dia e mantém a sensação de tempo abafado. Em Roraima, nada de chuva.