Soja

Soja encerra a semana com preço estável no Brasil

Em Chicago, o mercado começa a se posicionar frente ao relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)

Soja
Foto: Petrônio Viana/ Governo de Alagoas

A sexta-feira foi de poucos negócios com a soja e de preços praticamente inalterados nas principais praças do país. A combinação de Chicago e dólar em baixa afastou os negociadores e tornou arrastada a comercialização.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 78,50. Na região das Missões, a cotação seguiu em R$ 77,50 a saca. No porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 82,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço baixou de R$ 76,00 para R$ 75,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 82,50 para R$ 81,50. Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 69,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 70,00 para R$ 70,50. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu  em R$ 69,00.

Comercialização

A comercialização da safra 2018/19 de soja do Brasil envolve 63,4% da produção projetada, conforme relatório de SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até 7 de junho. No relatório anterior, com dados de 10 de maio, o número era de 55,4%.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 71,3% e a média para o período é de 69,1%. Levando-se em conta uma safra estimada em 117,925 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 74,796 milhões de toneladas.

A comercialização antecipada da safra 2019/20 de soja do Brasil envolve 11,9% da produção projetada. Em igual período do ano passado, o número era de 8,5% e a média histórica é de 6,3%.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos. O mercado voltou a ser pressionado pelo fator clima. A previsão de clima tende a favorecer o plantio nos Estados Unidos, que está atrasado. Fatores técnicos completaram o cenário baixista.

O mercado começa a se posicionar frente ao relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na terça-feira, 11.

O Departamento deverá indicar redução na estimativa para a safra americana de soja em 2019/20. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o USDA indicará produção americana em 2019 de 4,092 bilhões de bushels, contra 4,150 bilhões indicadas em maio e 4,544 bilhões do ano anterior.

 Nova call to action

Em relação aos estoques de passagem, o USDA deverá elevar a sua estimativa para 2018/19 de 995 milhões para 1,01 bilhão de bushels. Para a 2019/20, o carryover deve subir para 970 milhões de bushels para 987 bilhões.

Os estoques globais da oleaginosa deverão ser reduzidos de 113,2 milhões de toneladas para 113,1 milhões de toneladas em 2018/19. Para a próxima temporada, a expectativa é de estoques de 114,7 milhões, contra 113,1 milhões projetados em maio. O mercado também deverá prestar atenção aos dados de produção na América do Sul em 2018/19. A safra brasileira deverá ficar praticamente inalterada, na casa de 117 milhões de toneladas. O USDA, no entanto, poderá elevar sua previsão para a Argentina, passando de 56 milhões para 56,1 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 12,50 centavos de dólar por libra-peso ou 1,43%, a US$ 8,56 1/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,63 por bushel, com perda de 12,25 centavos de dólar por libra-peso ou 1,39%.