Soja

Soja: clima limita recuperação das cotações em Chicago

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

soja
Foto: Pixabay

A piora nas condições das lavouras dos EUA e o atraso na colheita do país impulsionaram os contratos futuros no começo desta semana, na Bolsa de Chicago. Nesta terça, dia 16, o mercado realizou lucros e terminou com leve baixa — o vencimento dezembro recuou 0,75%, por exemplo.

O relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na segunda, dia 15, ligava o mau desempenho dos trabalhos de campo ao excesso de chuvas. No entanto, para esta semana, a previsão de clima favorável promete pressionar os valores na bolsa.

Cotações domésticas

O mercado brasileiro teve uma terça-feira de preços pouco alterados. A combinação de queda para a oleaginosa na Bolsa de Chicago com baixa do dólar pressionou os valores no Brasil. Com isso, não houve negócios relevantes no dia e os produtores se mantiveram focados no plantio da safra de verão.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 88
  • Cascavel (PR): R$ 86
  • Rondonópolis (MT): R$ 78,50
  • Dourados (MS): R$ 81,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 92,50
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 93
  • Porto de Santos (SP): R$ 92
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 92,50
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

    • Novembro/2018: US$ 8,84 (-6,75 cents)
    • Janeiro/2019: US$ 8,99 (-6,50 cents)

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com perda de US$ 4,70 (1,43%), sendo negociada a US$ 322,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 29,66 centavos de dólar, com baixa de 0,10 centavo ou 0,33%.


Milho

O mercado internacional do grão foi pressionado por um movimento de realização de lucros, avaliando o bom andamento da colheita norte-americana. Em relatório, o USDA também apresentou dados sobre a evolução da colheita de milho.

Preços internos

A melhora na oferta com os compradores em posição mais confortável e as baixas do dólar mantêm o mercado sob pressão. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o mercado permanece apoiado na decisão de venda do produtor, que nos últimos dias têm optado por aumentar as negociações.

“O cenário cambial foi fator determinante para esta situação, com os preços nos portos cedendo de R$ 42 a saca para o posicionamento atual, entre R$ 36/37”, avalia. “Importante ressaltar que os principais consumidores de milho do país ainda indicam para uma posição confortável de seus estoques”, conclui.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 42
      • Paraná: R$ 33
      • Campinas (SP): R$ 36,50
      • Mato Grosso: R$ 22
      • Porto de Santos (SP): R$ 36,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 36
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 36
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

      • Dezembro/2018: US$ 3,75 (-3 cent)
      • Março/2019: US$ 3,87 (-3 cent)

Boi gordo

O preço do boi gordo caiu em 9 das 32 praças acompanhadas pela Scot Consultoria, nesta terça-feira, dia 16.

A única alta foi no Rio de Janeiro, onde a oferta restrita de boiadas dificulta a compra de matéria-prima pelas indústrias. A arroba valorizou R$ 1 na comparação diária no estado e as escalas de abate giram em torno de três dias.

Cenário oposto ao de Mato Grosso do Sul, onde a maior oferta de animais confinados pressiona as cotações para baixo. Na média de todas as praças do estado a arroba caiu 0,5% frente ao levantamento anterior.

Em São Paulo, a cotação permanece estável, em R$ 151, a prazo, livre de Funrural, e as escalas de abate giram em torno de seis dias.

A margem de comercialização das indústrias que fazem a desossa está em 19,8%. Devido ao consumo calmo, a fim de regular estoques, foram registrados frigoríficos fora das compras.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 149,50
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 144
      • Goiânia (GO): R$ 138
      • Dourados (MS): R$ 146
      • Mato Grosso: R$ 129,50 a R$ 134
      • Marabá (PA): R$ 135
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,55 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 150,50
      • Sul (TO): R$ 136
      • Veja a cotação na sua região

Café

Com a volatilidade da Bolsa de Nova York pela manhã e as perdas depois, os compradores ficaram mais cautelosos. Até houve um movimento interessante em algumas regiões, mas o mercado esteve bem regionalizado. Os produtores de menor porte se retraíram, dosando a oferta, e algumas cooperativas aproveitaram para negociar nos melhores momentos do dia. Os preços pouco se movimentaram.

Londres

O robusta subiu na Bolsa de Londres. Segundo traders, a sessão foi dominada por aspectos técnicos, com o mercado buscando direcionamento, à espera de novidades. A volatilidade do arábica em NY dificultou ainda mais a definição de um caminho para o robusta.

Ice Futures US

O café arábica encerrou o dia com queda na Bolsa de Nova York. Após três sessões seguidas de ganhos, o mercado teve uma sessão de correção técnica com realização de lucros, que levou as cotações ao terreno negativo. Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, as perdas foram basicamente técnicas. “Era para ter caído mais, mas conseguiu reagir das mínimas do dia”, avaliou.

O consultor observa que o mercado ainda está “dentro do movimento técnico de alta recente, mas esbarrou na resistência de US$ 1,20 a libra-peso quando subia”, o que limitou os avanços. Ele destaca que o mercado carece de apoio fundamental, com os fundamentos seguindo baixistas ante a ampla oferta global. Para o consultor, estes recentes ganhos, que levaram o mercado praticamente de US$ 1 a US$ 1,20, basicamente são ligados a um movimento corretivo.

O mercado segue muito atrelado ao câmbio, ao dólar contra o real e outras moedas, além do ajuste de carteiras de fundos e especuladores. Essas recentes altas, para o consultor, não são consistentes porque “não têm o amparo dos fatores fundamentais”.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

    • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 435 a R$ 440
    • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 440 a R$ 445
    • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 370
    • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 330 a R$ 335
    • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

      • Dezembro/2018: US$c 117,65 (-1,70 cents)
      • Março/2019: US$c 121,30 (-1,65 cents)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

      • Novembro/2018: US$ 1.744 (+US$ 6)
      • Janeiro/2019: US$ 1.755 (+US$ 3)

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana encerrou o pregão em baixa de 0,37%, cotada a R$ 3,7201 para venda. O dólar segue tendência de queda, acumulando desvalorização pelo segundo dia, quando fechou ontem caindo 1,25%.

O Banco Central segue com a política tradicional de swaps cambial, sem efetuar leilões extraordinários de venda futura da moeda norte-americana.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), terminou o dia em alta de 2,83%, com 85.717 pontos. As ações de grandes companhias, chamadas blue chip, contribuíram com a valorização, com Petrobras fechando em alta de 3,73%, Itaú com valorização de 4% e Bradesco com 4,77%.


Previsão do tempo para quarta-feira, dia 17

Sul

Novas áreas de instabilidade vindas do Paraguai e da Argentina aumentam as nuvens carregadas pela região, com expectativa para temporais no oeste dos três estados. Há potencial para trovoadas e até eventual queda de granizo.

Antes de a chuva chegar, as temperaturas sobem bastante. Por isso o tempo fica bem abafado. Apenas entre o litoral do Rio Grande do Sul e sudeste de Santa Catarina é que o tempo fica firme.

Sudeste

O sol aparece mais na maior parte do dia, aumentando a temperatura. A combinação do calor com a umidade que está elevada na região favorece a formação de nuvens carregadas, principalmente no período da tarde, com previsão para pancadas de chuva, trovoadas e até eventual queda de granizo.

Nas áreas litorâneas do Sudeste, ainda tem risco para transtornos, devido ao solo encharcado.

Centro-Oeste

Ainda temos tempo instável em todos os estados do Centro-Oeste, com previsão para pancadas de chuva a qualquer hora do dia, em pontos isolados e com trovoadas.

Em Goiás os volumes já não devem ser tão expressivos, mas ainda chove. Na metade sul de Mato Grosso do Sul, as instabilidades vindas do Paraguai ajudam a organizar nuvens carregadas e há potencial para temporais, com ventanias e trovoadas.

As temperaturas seguem elevadas, mesmo com previsão para chover.

Nordeste

A chuva perde um pouco de intensidade no interior do Nordeste, mas ainda chove de uma maneira bem abrangente. O tempo fica firme apenas em uma pequena porção do sul da Bahia. Em todo Nordeste, as temperaturas ficam elevadas e o tempo segue abafado.

Norte

A chuva perde intensidade no Tocantins, mas ainda ocorre de uma maneira bem abrangente. Apesar da previsão para chover em todos os estados do Norte, a condição ainda é para tempo abafado e calor.