Soja

Preço da soja cai pelo segundo dia seguido na Bolsa de Chicago

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

colheitadeira despejando soja
Foto: Madson Maranhão/Governo do Tocantins

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira, dia 29, com preços mais baixos, pela segunda sessão consecutiva.

O pessimismo em torno das negociações comerciais entre Estados Unidos e China fez com que fundos e especuladores permanecessem na ponta vendedora, embolsando parte dos recentes ganhos.

Há ainda um pouco de pressão oriunda do retorno das chuvas em algumas regiões produtoras do Brasil, aliviando o estresse hídrico.

Com o fim da paralisação do governo americano, o mercado aguarda pelo relatório de exportações semanais que será divulgado na quinta, dia 31, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

No dia 8, o órgão norte-americano vai atualizar os dados de oferta e demanda dos Estados Unidos e do mundo nos meses de janeiro e fevereiro.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 9,19 (-4,25 cents)
  • Maio/2019: US$ 9,32 (-4,25 cents)

Brasil 

O mercado brasileiro travou nesta terça-feira. A queda do dólar e dos contratos futuros em Chicago afastaram os negociadores. Os preços oscilaram pouco e na maioria das praças ficaram estáveis.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 76,50
  • Cascavel (PR): R$ 72
  • Rondonópolis (MT): R$ 66
  • Dourados (MS): R$ 67,50
  • Santos (SP): R$ 77
  • Paranaguá (PR): R$ 76,50
  • Rio Grande (RS): R$ 78
  • São Francisco (SC): R$ 78
  • Confira mais cotações

Milho

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais baixos. O mercado foi pressionado pelo ceticismo quanto a um avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Nem mesmo os sinais de melhor demanda para o cereal foram capazes de trazer suporte.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 138 mil toneladas de milho de origem opcional à Coreia do Sul, para entrega na temporada 2018/2019. Um contrato de origem opcional indica que o fornecedor pode ser os Estados Unidos ou um ou mais países exportadores.

Uma delegação chinesa liderada pelo vice-primeiro-ministro Liu He chegou a Washington para uma nova rodada de negociações comerciais, marcando o início de um trabalho duro para chegar a um acordo antes de um prazo de primeiro de março, enquanto os primeiros indícios sugerem que os dois lados continuam divididos.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,77 (-2,50 cents)
  • Maio/2019: US$ 3,86 (-2,25 cents)

Brasil

O mercado interno apresentou melhor movimentação nesta terça. A intensificação da colheita da soja mantém o perfil das negociações de milho no mercado doméstico, o foco permanece no trabalho de campo e no escoamento da soja, com a comercialização do milho relegada ao segundo plano. O frete já apresenta elevação, sem perspectiva de melhora nesse sentido no curto prazo.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 38
  • Paraná: R$ 36,50
  • Campinas (SP): R$ 42
  • Mato Grosso: R$ 25
  • Porto de Santos (SP): R$ 38
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 37
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Boi gordo

A oferta restrita de boiadas pressionou as cotações para cima em regiões onde as indústrias estão com dificuldade em alongar as escalas de abate, diz a Scot Consultoria.

Este foi o caso das praças pecuárias do Triângulo Mineiro e Marabá (PA). Nesta última, as programações de abate atendem, em média, três dias e a necessidade de compor o fluxo deu firmeza às cotações. Na região a arroba do boi gordo subiu R$ 1 na comparação dia a dia, uma alta de 0,8%.

Segundo a Scot, vale ressaltar que em algumas praças pecuárias, mesmo com a virada do mês se aproximando e a expectativa de melhora na demanda, a boa disponibilidade de boiadas abre espaço para as indústrias ofertarem preços abaixo das referências.

Em Mato Grosso do Sul, as cotações da arroba cederam nas praças de Campo Grande (1,4%) e na região de Dourados (0,4%), frente ao fechamento anterior.

No mercado atacadista os preços estão estáveis e a margem de comercialização das indústrias que desossam está em 17,9%, abaixo da média histórica.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 151,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
  • Goiânia (GO): R$ 137
  • Dourados (MS): R$ 138,50
  • Mato Grosso: R$ 132 a R$ 137
  • Marabá (PA): R$ 131
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,25 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 148
  • Paragominas (PA): R$ 134
  • Tocantins (sul): R$ 133
  • Veja a cotação na sua região

assine a newsletter do canal rural

Café

O mercado brasileiro de café teve uma terça-feira de poucos negócios e de preços sem alteração. A queda do dólar e a volatilidade de Nova York afastaram os agentes do mercado, tornando a comercialização bem lenta.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 405 a R$ 410
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
  • Confira mais cotações

Bolsa de Nova York

O café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços mistos, em sessão de muita volatilidade. O mercado se recuperou das fortes perdas de segunda-feira, com base no bom desempenho do petróleo.

A alta, no entanto, segue limitada pelo retorno das chuvas sobre as lavouras do Brasil e pela previsão de mais precipitações, aliviando as tensões em volta de um possível déficit hídrico.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 102,60 (-0,05 cent)
  • Maio/2019: US¢ 105,75 (-0,05 cent)

Bolsa de Londres

O robusta encerrou as operações da terça-feira com preços mais altos. O mercado iniciou o dia em leve alta, recuperando-se das perdas da segunda.

No entanto, a elevação foi acelerada pela disparada nos preços do petróleo no mercado internacional. O barril chegou a registrar ganhos superiores a 3%.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

    • Março/2019: US$ 1.537 (+US$ 29)

Dólar

O dólar comercial fechou em queda de 1,16%, cotado a R$ 3,7220 para venda, no menor valor em duas semanas, reagindo ao arrefecimento da moeda estrangeira no mercado externo e ao viés de otimismo local com investidores migrando o fluxo para o mercado de ações.

“A queda foi em meio ao ingresso de recursos de investidores estrangeiros interessados em investir na bolsa brasileira, principalmente, nas ações da mineradora Vale, que ficaram ‘baratas'”, comenta o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

Na segunda, os papéis da mineradora chegaram a cair 25% reagindo ao rompimento da barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho (MG) na sexta-feira. Na terça, as ações operaram em alta, chegando a ficar acima de 2%. “O dólar se comportou bem durante o teste de estresse que teve com os papéis da Vale”, comenta um gestor de investimentos.

Lá fora, apesar do dia mais positivo para as moedas de países emergentes, investidores aguardam pelo encontro entre chineses e norte-americanos a partir de quarta, em nova rodada de negociações comerciais.


Previsão do tempo para quarta-feira, dia 30

Sul

As instabilidades ainda atuam na faixa leste dos três estados da região, com possibilidade para pancadas isoladas no fim da tarde. Pode chover também na fronteira com o Uruguai, com intensidade moderada e até risco para trovoadas.

Em todas as demais áreas o tempo firme continua, e as temperaturas ficam ainda mais elevadas. Especialmente na metade oeste da região, onde os índices de umidade relativa do ar podem ficar abaixo do ideal nas horas mais quentes do dia.

Sudeste

O tempo firme ganha ainda mais espaço no Sudeste, somente há previsão de chuva no leste e sul de Minas Gerais e no Espírito Santo.

Mas ainda na forma de pancadas isoladas ao final do dia, que ocorrem por conta da grande quantidade de umidade e bastante calor. Nas demais áreas, não chove, e as temperaturas ficam cada vez mais elevadas.

Centro-Oeste

Há continuidade da chuva sobre boa parte da região Centro-Oeste, especialmente em Mato Grosso. Em Goiás, a chuva é mais isolada e fica restrita ao extremo oeste do estado, assim como no oeste e no norte de Mato Grosso do Sul.

Mesmo onde chove as temperaturas seguem elevadas.

Nordeste

As instabilidades mantêm nuvens carregadas, e há chance de chuva sobre grande parte do Nordeste. Mas, desta vez, são pancadas isoladas e sem grandes acumulados.

O tempo fica firme, com sol entre poucas nuvens no centro, oeste e norte baianos e porção oeste de Pernambuco.

Norte

Ainda pode chover sobre a maior parte da região Norte, mas com acumulados pouco expressivos na maior parte da região. A chuva é mais significativa em Rondônia e na Ilha de Marajó. Em Roraima, o tempo fica firme.