Soja

Trump suspende aumento de tarifas para produtos da China

Expectativa de resultados positivos em encontro entre representantes da China e Estados Unidos fez soja acumular alta de mais de 5% em novembro

Foto: G20

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordou neste sábado, dia 1º, em suspender durante 90 dias o seu plano de subir de 10% para 25% as tarifas americanas a produtos chineses no valor de US$ 200 bilhões, enquanto negocia com Pequim ‘mudanças estruturais’ na sua política econômica.

A Casa Branca fez o anúncio em comunicado depois do jantar de Trump com o presidente da China, Xi Jinping, ao final a Cúpula de do G20 em Buenos Aires.

Nos próximos 90 dias as duas potências tentarão completar as negociações em matéria comercial. Se, ao término desse período não houver acordo, ‘as tarifas de 10% subirão para 25%’, acrescentou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

Os dois países fecharam um acordo para não impor novas tarifas um ao outro a partir do dia 1º de janeiro de 2019. Também se comprometeram a continuar com as negociações para buscar uma saída para a guerra comercial entre as duas potências.

Diante de expectativa de resultados positivos em encontro entre representantes da China e Estados Unidos, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a última sexta-feira, dia 30, com preços em alta. A posição janeiro acumulou alta de 1,53% na semana e de 5,02% no mês.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 8,94 (+7,25 cents)
  • Março/2019: US$ 9,07 (+7,00 cents)

Brasil

  • O mercado brasileiro de soja teve uma sexta-feira de preços mistos, apesar da alta na bolsa de Chicago. A variação da demanda nas diferentes regiões de comercialização determinou  este comportamento. O mercado seguiu calmo, sem registro de negócios relevantes.

    SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

    • Passo Fundo (RS): R$ 80
    • Cascavel (PR): R$ 78
    • Rondonópolis (MT): R$ 70,50
    • Dourados (MS): R$ 74
    • Porto de Paranaguá (PR): R$ 81,50
    • Porto de Rio Grande (RS): R$ 83
    • Confira mais cotações

Milho

O milho fechou com preços mais altos no mercado futuro.Chicago esteve com as  atenções voltadas à reunião do G-20 em Buenos Aires, na Argentina, a partir da última sexta.

É a primeira vez que os presidentes dos Estados Unidos e da China se encontram após a série de tarifas de importação impostas por ambos países.

Os investidores buscam novidades que indiquem uma conciliação entre os dois  países. Uma nova venda por parte de exportadores privados norte-americanos influencia positivamente.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,77 (+4,50 cent)
  • Maio/2019: US$ 3,85 (4,50)

Brasil

No Brasil, o mercado de milho teve pouca movimentação. O fluxo de negócios seguiu inexpressivo, como destaca o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. “Alguns consumidores voltam a sinalizar para uma situação de maior conforto em seus estoques e retraem a intenção de compra.

Por sua vez ainda há alguma movimentação em torno da safrinha 2019, com registro de bons volumes negociados na última semana”, comenta.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG


Boi Gordo

Em novembro, na média de todas as praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, a valorização do boi gordo foi de 1,2%. A título de comparação, ao longo de outubro a cotação da arroba caiu 1,0% na média de todas as regiões levantadas.

Esse cenário observado durante o penúltimo mês do ano ocorreu porque a pressão de baixa causada pelas boiadas confinadas perdeu força. Fator que acabou devolvendo a firmeza ao mercado.

Para dezembro, os décimos terceiros salários, as contratações temporárias e as bonificações aumentam a demanda pela carne e é comum que os preços aumentem neste período.

Inclusive, as consequências destes fatores já começaram a refletir no atacado sem osso, os preços dos cortes vendidos pelos frigoríficos subiram 4,0% em novembro.

A demanda por si só projeta-se positiva só em função dos efeitos da sazonalidade de dezembro, mas a economia acelerando melhora ainda mais as perspectivas.

Portanto, com o aquecimento da demanda e a oferta de gado de pasto ainda tímida, é possível que a firmeza se estabeleça nas primeiras semanas de dezembro, mas lembrando que, ao passo que o final de ano se aproxima, o volume de negócios diminui.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 148
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 143
  • Goiânia (GO): R$ 136
  • Dourados (MS): R$ 145
  • Mato Grosso: R$ 129 a R$ 133
  • Marabá (PA): R$ 132
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,85 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 150,50
  • Sul (TO): R$ 134
  • Veja a cotação na sua região

Café

O mercado brasileiro de café teve uma sexta-feira de preços mais baixos, pressionado pelas perdas na Bolsa de  Nova York. Entretanto, o mercado desde o começo da semana está mais descolado da bolsa, e as cotações, então, caíram, mas não na mesma proporção. O dia foi travado na comercialização.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 440 a R$ 443
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 445 a R$ 450
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 370
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 323 a R$ 325
  • Confira mais cotações

 Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York para o café arábica encerrou as operações desta sexta-feira com preços acentuadamente mais baixos.

Segundo traders, as condições climáticas favoráveis nas regiões

cafeeiras do Brasil, com vistas à safra de 2019, estão estimulando a volta de fundos e especuladores à ponta vendedora com mais força. A alta do dólar contra o real e outras moedas e perdas para o petróleo contribuíram para a baixa do arábica em NY.

No balanço da semana, o contrato março acumulando uma baixa de 3,1%. Já no balanço de novembro, o contrato teve uma perda acumulada de 7,6%.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US$c 107,55 (-4,75,60 cent)

Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da sexta-feira, última sessão da semana e do mês, com perdas acentuadas.

As cotações tombaram no dia diante da desvalorização do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US). A queda do petróleo e a alta do dólar contra o real e outras moedas completaram o cenário negativo para Londres.

No balanço semanal, Londres acumulou uma baixa de 1,9% para o contrato janeiro. No balanço mensal, de novembro, as perdas acumuladas chegaram a 5,7%.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.580 (-US$ 29)
  • Março/2019: US$ 1.599 (-US$ 26)

 


Dólar e Ibovespa

O dólar norte-americano fechou o mês de novembro com valorização de 3,58%, após registrar queda nos últimos dois meses. Na sexta, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,858 para venda, com alta de 0,04%.

O Banco Central realizou, durante a semana, leilões extraordinários de venda futura da moeda, com compromisso de recompra (os chamados leilões de linha). A ação procurou segurar o aumento da cotação, que, no início desta semana, ultrapassou R$ 3,90. Mesmo com os leilões de linha, a moeda acumulou alta de 0,88% na semana.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), renovou o patamar de recorde histórico ultrapassando hoje a casa dos 90 mil pontos. O pregão de sexta, dia 30,  registrou máxima de 90.245 pontos, com fechamento no fim do dia com 89.504 pontos, queda de 0,23%


PREVISÃO DO TEMPO PARA SEGUNDA-FEIRA, DIA 3

Sul

O tempo fica firme em grande parte do Sul. Uma massa de ar seco predomina, e o sol aparece entre poucas nuvens. Destaque para as temperaturas, que devem ficar mais baixas neste início de semana, principalmente nas áreas de serra e no interior do Rio Grande do Sul.

Mesmo com o sol, as temperaturas não conseguem subir por causa dos ventos que sopram do sul. Ainda chove fraco em áreas do leste de Santa Catarina e do Paraná.

 

Sudeste

O tempo fica firme em grande parte do estado de São Paulo, mas ainda chove no leste, Vale do Paraíba e em todas as demais áreas do Sudeste do Brasil. Há risco para transtornos em Minas Gerais e no Espírito Santo, por causa do elevado volume de chuva.

As temperaturas ficam mais amenas em Minas Gerais e Espírito Santo, onde a chuva atua ao longo do dia.

Em São Paulo e Rio de Janeiro, o calor se concentra no interior. Já nas faixas litorâneas, ocorre queda nas temperaturas.

 

Centro-Oeste

Uma massa de ar seco e frio já toma todo o estado de Mato Grosso do Sul, deixando o tempo firme e com temperaturas amenas e um pouco de calor durante a tarde.

Nas demais áreas, ainda tem previsão para chover a qualquer hora do dia. Os acumulados são elevados em Goiás e no norte de Mato Grosso, por conta dos temporais que se formam em diversos pontos do estado.

 

Nordeste

As instabilidades ganham força no interior da Bahia e há condição para pancadas de chuva a qualquer hora do dia, inclusive com acumulados elevados na divisa com Minas e no oeste.

Chove de maneira significativa no Maranhão e no Piauí. Em todas as demais áreas do Nordeste, a chuva será pontual e sempre alternada por períodos de tempo firme.

 

Norte

O tempo instável abrange toda a região, com acumulados elevados entre o Amazonas, Pará e também Tocantins. Há condições para pancadas de chuva a qualquer hora do dia. O tempo abafado continua.