Soja

Preços da soja sobem no Brasil, acompanhando Chicago

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

campo de soja
Foto: Pixabay

O mercado brasileiro de soja teve um dia de preços entre estáveis e mais altos, seguindo a boa valorização de Chicago. A queda do dólar, no entanto, impediu uma maior movimentação. Registro de negócios envolvendo 50 mil toneladas em Goiás e outras 10 mil toneladas em Mato Grosso.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago, os contratos futuros da soja fecharam a primeira segunda-feira de outubro com preços em alta. Após a queda acentuada da última sexta-feira, dia 28, o mercado teve um início de semana de recuperação técnicas. A previsão de chuvas nos Estados Unidos e o acordo comercial fechado com o Canadá, viabilizando um novo Nafta, completaram o cenário positivo.

Na sessão anterior, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) havia indicado estoques em 1º de setembro acima do esperado pelo mercado e no maior nível em 11 anos. Como resultado, os preços caíram forte. Nesta segunda-feira, a possibilidade de atraso na colheita americana por conta das chuvas e as novidades no âmbito comercial envolvendo os Estados Unidos ajudaram na recuperação.

O Acordo Estados Unidos México Canadá (USMCA) será assinado pelo presidente Donald Trump no final de novembro, seguindo para a aprovação do Congresso, e terá a missão de impulsionar a indústria norte-americana, abrir mercados para os produtores agrícolas do país e garantir proteção aos trabalhadores sem desrespeitar o meio ambiente.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 89,50
  • Cascavel (PR): R$ 90
  • Rondonópolis (MT): R$ 81
  • Dourados (MS): R$ 84,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 97
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 96
  • Porto de Santos (SP): R$ 95,50
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 95
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

    • Novembro/2018: US$ 8,57 (+12,25 cents)
    • Janeiro/2019: US$ 8,71 (+12,25 cents)

Milho

Fecharam em alta acentuada nesta segunda-feira as cotações dos contratos futuros para o milho na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado acelerou os ganhos registrados mais cedo, em meio ao sentimento de boa demanda para o cereal norte-americano.

O acordo entre Estados Unidos, México e Canadá para a configuração de um novo Nafta também soa positiva aos negócios, favorecendo um movimento de compras por parte de fundos especuladores.

As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 1,334 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 27 de setembro, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA.

No acumulado do ano-safra, iniciado em 1º de setembro, as inspeções somam 4,422 milhões de toneladas, contra 2,999 milhões no acumulado do ano-safra anterior.

Brasil

Outubro começou com preços pouco alterados no mercado brasileiro de milho. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, os players do mercado seguem com comportamento bastante discreto. “A indefinição em torno das eleições dificulta a formulação de estratégias de compra ou de venda no curto prazo, aumentando a morosidade”, diz Iglesias.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 43
      • Paraná: R$ 35
      • Campinas (SP): R$ 40
      • Mato Grosso: R$ 28,50
      • Porto de Santos (SP): R$ 40
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 39,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 39,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

      • Dezembro/2018: US$ 3,65 (+9,5 cents)
      • Março/2019: US$ 3,77 (-9,75 cents)

Café

O mercado brasileiro de café teve uma segunda-feira de preços fracos. Houve alguns negócios na parte da manhã e existia a expectativa de melhora na movimentação, mas a volatilidade do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) e o fechamento em terreno negativo tirou fôlego do mercado. No entanto, as perdas do arábica e a baixa do dólar pressionaram as cotações no país.

Em Nova York, as operações para o café arábica encerraram o dia com preços levemente mais baixos. A sessão foi volátil e de busca de direcionamento, com fatores técnicos mexendo com o mercado. Depois dos ganhos do encerramento da semana passada, o mercado iniciou a semana aguardando notícias e tentando se acomodar.

Nas perdas, Nova York chegou a cair praticamente 100 pontos, mas não ameaçou se aproximar na queda da linha de US$ 1 a libra-peso.

Por outro lado, o mercado não conseguiu manter ganhos. Os fundamentos seguem os mesmos, de ampla oferta global. Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, o mercado iniciou a semana sem direção mais clara, buscando justamente um caminho.

Londres

Na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres, os contratos futuros para o café robusta fecharam a segunda com preços mais altos.

O mercado teve a quarta sessão seguida de ganhos. Segundo traders, a alta esteve mais relacionada a aspectos técnicos, com o mercado dando sequência ao movimento de correção e recuperação técnica observado na última semana.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

    • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 405 a R$ 410
    • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 410 a R$ 415
    • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
    • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 315 a R$ 320
    • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

      • Dezembro/2018: US$c 102,2 (-0,25 cent)
      • Março/2019: US$c 105,6 (-0,25 cent)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

      • Novembro/2018: US$ 1.554 (+US$ 38)
      • Janeiro/2019: US$ 1.541 (+US$ 29)

Boi

Após a arroba do boi gordo fechar a última semana com alta acumulada de 0,5%, o mercado inicia outubro com poucas alterações nas referências. Segundo a Scot Consultoria, muitas indústrias ainda aguardam uma melhor definição do mercado para posicionar as estratégias de preços para a semana, diminuindo assim o volume de negócios até o fechamento desta segunda-feira.

A consultoria destaca ainda que, nas praças onde houve alterações no fechamento desta segunda, os ajustes foram na maioria positivos, o que indica a manutenção de firmeza do mercado.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, as cotações fecharam setembro com alta acumulada de 4,7%. Nesta segunda, não houve alterações frente ao último levantamento (28/9), de acordo com a Scot. A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$ 10,01 por quilo.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 151,50
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
      • Goiânia (GO): R$ 140
      • Dourados (MS): R$ 147
      • Mato Grosso: R$ 129 a R$ 134
      • Marabá (PA): R$ 137
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,45 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 149,50
      • Sul (TO): R$ 138
      • Veja a cotação na sua região

 


Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação em queda de 0,47%, cotado a R$ 4,017 para a compra e a R$ 4,019 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de
R$ 4,006 e a máxima de R$ 4,065.

O Ibovespa encerrou a segunda-feira com baixa de 0,91%, aos 78.623,66 pontos. O volume negociado foi de R$ 8,286 bilhões.


Previsão do tempo para terça-feira, dia 2

Sul

Após o avanço da frente fria em direção ao oceano, uma área de alta pressão atmosférica avança pelo sul e deixa o tempo firme novamente em áreas da metade sul do Rio Grande do Sul. Ali, o sol volta a predominar entre poucas nuvens. No entanto, sobre o norte do estado ainda tem previsão de chuva nas primeiras horas do dia, em forma de pancadas.

Entre o noroeste gaúcho, oeste catarinense, sul e oeste paranaense, a chuva ocorre de forma mais volumosa e acompanhada por descargas elétricas. Até o fim do dia as instabilidades avançam mais para Santa Catarina. Apesar da grande quantidade de nuvens no norte do Rio Grande do Sul, a chuva dá uma trégua.

Sudeste

A chegada de uma frente fria, combinada à umidade vinda da região Norte, organiza instabilidades e provoca chuva em grande parte do Sudeste. No entanto, a frente fria originada na costa sul do país já estará bastante afastada no oceano e, por isso, a chuva perde intensidade com relação ao dia anterior. O risco para temporais é menor no interior da região.

Porém, em áreas litorâneas do estado de São Paulo, a chuva vem acompanhada de ventos intensos e muitas descargas elétricas. Enquanto isso, o sol predomina entre poucas nuvens sobre o norte mineiro.

Centro-Oeste

A chuva se espalha por praticamente todo Centro-Oeste, favorecida pela umidade vinda da região Norte e pela presença de uma baixa pressão atmosférica no Paraguai. A chuva ocorre de forma mais volumosa, com descargas elétricas e com potencial para temporais em todo o estado de Mato Grosso, inclusive na capital Cuiabá.

Essa chuva ocorre no fim do dia e de maneira forte também em áreas do sul de Mato Grosso do Sul e de Goiás. Não se descarta risco para queda de granizo.

Nordeste

Dia de tempo seco novamente em grande parte do Nordeste. A chuva ocorre no litoral apenas entre a Bahia e o Rio Grande do Norte, devido à umidade que vem do oceano, mas de forma muito pontual e sem grandes acumulados.

Norte

A chuva ainda se espalha pela maior parte da região, mas, desta vez, as instabilidades tropicais ganham intensidade. A chuva ocorre em forma de pancadas acompanhadas por trovoadas e descargas elétricas em toda a faixa sul da região, desde o Amazonas até o Pará.

No Tocantins, também há riscos para temporais, especialmente na capital.