Soja

Forte desvalorização do dólar trava mercado brasileiro de soja

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

soja dólar chicago
Foto: montagem/Canal Rural

A forte queda do dólar frente ao real travou o mercado brasileiro de soja nesta quinta-feira, dia 31. A meoda norte-americana caiu 1,74%. Os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago também recuaram e, em função disso, os preços domésticos tiveram baixas generalizadas.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 75,50
  • Cascavel (PR): R$ 71,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 65
  • Dourados (MS): R$ 66
  • Santos (SP): R$ 77
  • Paranaguá (PR): R$ 76,50
  • Rio Grande (RS): R$ 77
  • São Francisco (SC): R$ 78
  • Confira mais cotações

Bolsa internacional

Chicago reverteu os ganhos do início da sessão e fechou em baixa. O mercado se posicionou frente ao fim de mês, avaliando as novidades sobre exportações dos Estados Unidos e das conversas entre representantes chineses e americanos, em busca de um acordo comercial.

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que um acordo mais amplo deve ser fechado com a China até 1º de março, sem descartar a possibilidade de postergar esse prazo caso seja necessário.

Trump, no entanto, não descartou a possibilidade de implementar o aumento de tarifas sobre US$ 200 bilhões em importados chineses — de 10% para 25% — caso não haja acordo com Pequim. “Não aceitaremos um acordo que não inclua a abertura do mercado agrícola chinês para os produtores norte-americanos”, diz.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 9,15 (-5,75 cents)
  • Maio/2019: US$ 9,29 (-5,75 cents)

Milho

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais baixos. O mercado estende o movimento de realização de lucros deflagrado mais cedo. A fala do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o encontro com o presidente chinês, não foi suficiente para animar os investidores. Em janeiro, posição março subiu 0,4%.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,76 (-4,75 cents)
  • Maio/2019: US$ 3,85 (-4,50 cents)

Brasil

O mercado brasileiro de milho não apresentou novidades nesta quinta. Os consumidores seguem encontrando dificuldade na aquisição de lotes mais significativos.

O foco dos produtores permanece na colheita e no escoamento da soja, com a comercialização de milho relegada ao segundo plano.

A expectativa é de alguma alta das indicações no curto prazo.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 38,50
  • Paraná: R$ 36,50
  • Campinas (SP): R$ 42
  • Mato Grosso: R$ 25
  • Porto de Santos (SP): R$ 38
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 36
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 36
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Boi gordo

De modo geral, devido à demanda calma de janeiro, no acumulado mensal, o cenário foi de desvalorizações para arroba, informa a Scot Consultoria. Na média das 32 praças, o boi gordo se desvalorizou 0,3% durante o mês.

Porém, com a proximidade da virada do mês, e com isso a expectativa de melhoria na demanda, as indústrias vão às compras com mais afinco, a fim de alongar as programações de abate.

Contudo, em algumas regiões a oferta de boiadas não tem sido suficiente para alongar as programações de abate e isso pressionou para cima a arroba do boi.

Em Belo Horizonte (MG), a alta foi R$ 1 por arroba, o que representa acréscimo de 0,7% na comparação dia a dia.

Já em Três Lagoas (MS), a valorização foi de 0,4% no fechamento desta quinta-feira.

Aa cotação da arroba permaneceu estável em São Paulo frente ao último fechamento e as escalas de abate giram em torno de cinco dias.

A margem das indústrias que fazem a desossa está em 16,2%, abaixo da média histórica.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 152
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
  • Goiânia (GO): R$ 138
  • Dourados (MS): R$ 139
  • Mato Grosso: R$ 132 a R$ 137
  • Marabá (PA): R$ 131
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,25 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 149,50
  • Paragominas (PA): R$ 134
  • Tocantins (sul): R$ 133
  • Veja a cotação na sua região

assine a newsletter do canal rural

Café

O mercado brasileiro de café teve um dia de poucos negócios e preços praticamente inalterados. A queda de quase 2% do dólar compensou o ganho de 3% dos contratos futuros em Nova York, mantendo bases distantes de compra e venda.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 405 a R$ 410
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
  • Confira mais cotações

Bolsa de Nova York

O café arábica encerrou as operações da quinta-feira com preços em forte alta. A commodity acompanhou o desempenho de outros mercados, em meio ao clima de menor aversão ao risco, após as decisões sinalizadas pelo Federal Reserve, o banco central americano.

O mercado absorveu positivamente a manutenção da taxa de juros nos EUA e a diminuição da tendência de alta para este ano, indicada na quarta-feira pelo Federal Reserve.

A medida valorizou ainda o real frente ao dólar, diminuindo a competitividade do café brasileiro, sinalizando uma diminuição da oferta mundial.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 105,90 (+3,80 cents)
  • Maio/2019: US¢ 109 (+3,70 cents)

Bolsa de Londres

O robusta encerrou as operações com preços mais altos. Na última sessão do mês, Londres foi contaminada pelo otimismo no cenário financeiro internacional, após as decisões de quinta-feira do banco central americano, o Fed.

O mercado absorveu positivamente a manutenção da taxa de juros nos EUA e a diminuição da tendência de alta para este ano, indicada ontem pelo Federal Reserve.

A medida valorizou ainda o real frente ao dólar, diminuindo a competitividade do café brasileiro, sinalizando uma diminuição da oferta mundial.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

    • Março/2019: US$ 1.551 (+US$ 24)

Dólar

O dólar comercial fechou em forte queda de 1,74%, cotado a R$ 3,6590 para venda – no menor valor desde 9 de janeiro quando fechou a R$ 3,6890 (-0,72%) – em sessão de forte otimismo do mercado global com as sinalizações do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em manter a taxa de juros acomodada por um período maior do que o esperado.

“A nova postura do Fed de indicar que interromperá a alta de juros fez o dólar perder valor globalmente com o cenário exterior favorável neste momento, enquanto aqui, o bom humor interno se deu às notícias mais positivas sobre a reforma da Previdência”, comenta o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

A moeda estrangeira fecha o primeiro mês de governo do presidente Jair Bolsonaro com queda de 3,99%, saindo do nível de R$ 3,81 no primeiro pregão do ano para chegar às mínimas do dia de R$ 3,63.

Ainda assim, a moeda norte-americana passou por oscilações ao longo do mês seguindo o exterior e com a falta de novidades envolvendo, principalmente, a reforma da Previdência. “O dólar era o ativo mais errado”, comenta um operador de derivativos ao comentar que o Banco Central (BC) deu “uma ajudinha” disponibilizando US$ 6,2 bilhões em leilões de linha realizados entre quarta e quinta-feira.

Para o diretor da Correparti, Ricardo Gomes, o otimismo pelo qual passa os ativos, neste momento, foi retratado no resultado do leilão desta quinta, que disponibilizou US$ 3 bilhões. “Houve demanda somente para a metade do lote ofertado, demonstrando assim que os agentes estão reduzindo as incertezas de curto prazo”, diz.


Previsão do tempo para quinta-feira, dia 31

Sul

Uma nova frente fria começa a avançar pelo Sul do Brasil e traz chuva forte e volumosa ao extremo sul gaúcho, com rajadas de vento até 70 km/h, a qualquer hora do dia.

No restante da região, boa parte do dia tem ainda tempo firme. A tarde será mais uma vez muito quente e ajuda a manter a sensação térmica elevada.

A chuva chega em forma de pancadas entre tarde e a noite. E pode ser mais forte e com trovoadas na faixa leste de Santa Catarina e do Paraná, mas ainda de forma irregular e com baixos acumulados. Não se descarta também queda de granizo eventual.

Sudeste

O tempo ainda segue quente e com baixo potencial para chuva no Rio de Janeiro, Espírito Santo e grande parte de Minas Gerais, por causa da presença de uma massa de ar seco.

Por outro lado, ainda há condição para chuvas isoladas entre o estado de São Paulo e o sul mineiro. Elas ocorrem preferencialmente no período da tarde e início da noite.

As instabilidades estão associadas a ventos que sopram a mais de 10 km de altura e também ao forte calor que faz na maior parte do dia no Sudeste.

Centro-Oeste

Com instabilidades se espalhando novamente pelo Centro-Oeste, as pancadas retornam aos poucos conforme a tarde avança. A chuva ocorre de forma isolada e sem grande intensidade, mas volta a abranger todo o estado de Mato Grosso do Sul e boa parte de Goiás.

Desta vez, há riscos para trovoadas e descargas elétricas em pontos do nordeste mato-grossense, especialmente em áreas de divisa com Tocantins.

Nordeste

A expectativa é de chuva persistindo e de forma volumosa entre Maranhão e Ceará, sob o efeito da Zona de Convergência Intertropical e também de ventos associados a um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis.

Volta a chover também no litoral baiano e toda a faixa leste nordestina, devido aos ventos úmidos que sopram do mar contra à costa. Apesar disso, na maior parte do interior da Bahia, o tempo continua seco.

Norte

As instabilidades ganham força no alto da atmosfera e potencializam a chuva na região Norte, especialmente no Tocantins.

As pancadas devem vir acompanhadas por trovoadas e descargas elétricas. Nas demais áreas, chuva rápida.