Soja

Feriado e produtores retraídos paralisam negócios com soja no Brasil

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Às véspera da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os contratos futuros de soja terminaram a quarta, dia 7, com baixa na Bolsa de Chicago. O cenário de ampla oferta fez com que os operadores buscassem um melhor posicionamento, o que provocou a terceira sessão consecutiva de perdas.

O mercado não sustentou a reação do início do dia, quando a alta do petróleo e a baixa do dólar serviram de pretexto para uma correção.

Projeções

Analistas apostam que o USDA vai indicar safra de 127,26 milhões de toneladas. No relatório anterior, o órgão norte-americano projetava 127,64 milhões de toneladas. A produção do país no ano-safra anterior ficou em 120,05 milhões de toneladas.

O departamento também deve elevar as estimativas de estoques finais americanos e globais para 24,5 milhões de toneladas e 96,9 milhões de toneladas, respectivamente.

Brasil

O mercado doméstico de soja teve mais um dia de poucos negócios e preços estabilizados. Chicago e dólar recuaram, afastando ainda mais os produtores. As atenções se voltam para o plantio no Brasil e o relatório de novembro do USDA.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Passo Fundo (RS): R$ 81,50
      • Cascavel (PR): R$ 77
      • Rondonópolis (MT): R$ 70
      • Dourados (MS): R$ 74,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 84
      • Porto de Rio Grande (RS): R$ 84,50
      • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Janeiro/2019: US$ 8,92 (+3,50 cents)
        • Março/2019: US$ 9,05 (+3,50cents)

Milho

O mercado brasileiro de milho teve uma sexta-feira de poucos negócios e praticamente sem mudanças nas cotações. A sexta-feira pós feriado teve muitos agentes fora de atividade.

Chicago
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais baixos. O mercado foi pressionado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, embora haja uma expectativa de uma retomada das negociações entre os dois países. Em duas semanas haverá um encontro do G20 na Argentina, com a participação desses países. Na semana, a posição dezembro acumulou queda de 1,35%.
As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2018/19, que tem início no dia 1º de setembro, ficaram em 892.500 toneladas na semana encerrada em 8 de novembro. Representa uma alta de 27% frente a semana passada e é 95% superior à média das últimas quatro semanas.
O maior importador foi o México, com 334.800 toneladas. Para a temporada 2019/20, foram mais 1.400 toneladas. Analistas esperavam entre 500 mil a 1 milhão de toneladas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Dezembro/2018: US$ 3,64 (-2,75 cents)
        • Março/2019: US$ 3,75 (-2,50 cent)

Café

O mercado brasileiro de café teve uma sexta-feira de preços firmes. O mercado foi sustentado pela boa valorização do arábica na Bolsa de Nova York. Mas, a queda do dólar limitou o impacto positivo de NY. O dia foi calmo diante do feriado, com muitos agentes ausentes.

Nova York
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) encerrou as operações de sexta-feira com preços acentuadamente mais altos.
Após as perdas da quinta-feira, o mercado teve um forte movimento de recuperação técnica. A queda do dólar contra o real e outras moedas estimulou a atividade na ponta compradora, de fundos e especuladores, com cobertura de posições vendidas. Assim, o mercado encontrou boa recuperação, mas ainda distante de US$ 1,20 a libra-peso.
No balanço da semana, o contrato março acumulou uma baixa de 1%.

Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da sexta-feira com preços mais baixos.

Segundo traders, o mercado foi pressionado pelas indicações de amplas exportações de café robusta do Vietnã. Dados oficiais indicam que o Vietnã, principal produtor do mundo da variedade, exportou 1,57 milhão de toneladas em outubro, com um aumento de 21,2% se comparado com igual mês do ano passado.

No balanço semanal, o contrato janeiro acumulou uma queda de 2,3%.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

        • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 445 a R$ 450
        • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 445 a R$ 450
        • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 370 a R$ 375
        • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 328 a R$ 333
        • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

          • Dezembro/2018: US$c 112,60 (+2,55 cents)
          • Março/2019: US$c 116,30 (+2,50 cents)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

          • Novembro/2018: US$ 1.646 (-US$ 21)
          • Janeiro/2019: US$ 1.658 (+US$ 20)

Boi gordo

Em função do feriado da República, o marasmo tomou conta do mercado do boi gordo na última sexta. Boa parcela das indústrias e muitos pecuaristas não negociaram.

O que chama atenção, é que a oferta de bovinos de confinamento está diminuindo,
e já impacta as programações de abate dos frigoríficos. Isso está limitando as pressões de baixa, cenário observado desde outubro.

Diante disso, hoje houve poucas variações nas cotações da arroba do boi gordo.Para esta semana, o mercado deve voltar ao seu ritmo normal, com o retorno de pecuaristas e frigoríficos às negociações e vale ficar de olho na situação da oferta de boiadas.

Com um dia a menos de abate e uma sexta-feira morna, os estoques de carne devem enxugar e dar firmeza para a cotação arroba do boi gordo.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 147
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 140
          • Goiânia (GO): R$ 135
          • Dourados (MS): R$ 144
          • Mato Grosso: R$ 130 a R$ 133
          • Marabá (PA): R$ 132
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,60 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 149,50
          • Sul (TO): R$ 134
          • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

O mercado financeiro reagiu ao anúncio dos novos nomes da equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro, com a cotação da moeda norte-americana encerrando a semana em queda e o índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo, registrando alta no fechamento do pregão.

O dólar comercial fechou a semana em baixa de 1,28%, cotado a R$ 3,7372 para venda, mantendo a tendência de queda nos últimos pregões da semana. A moeda norte-americana ainda acumula uma valorização de 14% no ano em relação ao real.

O índice B3 terminou o pregão desta sexta, dia 16, em forte alta de 2,96%, com 88.515 pontos. As ações das grandes companhias, chamadas de blue chip, seguiram a tendência com Petrobras encerrando a semana em valorização de 2,91%, Vale com mais 1,70%, Itau subindo 3,05% e Bradesco em alta de 4,28%.

Os papéis da Eletrobras também fecharam com destaque positivo, com alta de 8,60%.


Previsão do tempo para segunda-feira, dia 19

Sul

A chuva ainda atinge o norte, centro e leste do Paraná de maneira volumosa. No sul paranaense e no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, a precipitação ocorre de maneira mais isolada. Por outro lado, ventos em altitude que sopram da Argentina mantêm o tempo firme nas demais áreas da região Sul.

Além disso, os ventos que sopram do quadrante sul mantém as temperaturas mínimas baixas. Conforme o dia passa, a tarde fica mais agradável.

Sudeste

Há previsão para chuva volumosa no estado de São Paulo e também no litoral paulista e fluminense. Trata-se da passagem de uma frente fria rápida pela costa e que organiza as instabilidades também no oeste, centro e sul mineiro.

Já entre o norte de Minas Gerais e no Espírito Santo, o tempo fica firme. Porém, são esperados ventos mais fortes nestas áreas no final do dia.

Centro-Oeste

Há previsão para chuva volumosa no estado de São Paulo e também no litoral paulista e fluminense. Trata-se da passagem de uma frente fria rápida pela costa e que organiza as instabilidades também no oeste, centro e sul mineiro.

Já entre o norte de Minas Gerais e no Espírito Santo, o tempo fica firme. Porém, são esperados ventos mais fortes nestas áreas no final do dia.

Nordeste

O Nordeste segue com predomínio de tempo firme, muito sol, calor e baixa umidade relativa do ar. As poucas áreas de chuva se concentram entre Natal (RN), Salvador (BA) e também no oeste do Maranhão

Norte

A novidade é que o tempo volta a abrir na faixa leste do Tocantins, mas na maior parte da região Norte o calor continua predominando. Áreas de instabilidade trazem chuvas isoladas até o final do dia.