Soja

Com trégua entre EUA e China, indústria do Brasil foca no esmagamento de soja

Além disso, possibilidade de maior demanda por biocombustíveis, por conta de ataques na Arábia Saudita, também impactou decisão de tradings

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Foto: Iagro

A diminuição nas compras de soja do Brasil pela China fez com que algumas tradings deslocassem parte dos seus estoques para o processamento do grão. De acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira, 20, pela consultoria Informa Economics, o aumento da demanda doméstica por derivados da oleaginosa e a possível alta do biodiesel, influenciada pelo ataque em petrolíferas na Arábia Saudita, alimentaram as expectativas das indústrias quanto à recomposição de suas margens operacionais.

Nesta semana, os preços da soja negociada no mercado à vista caíram, mesmo que apenas nominalmente, por influência da paridade com o mercado norte-americano. O recuo dos prêmios e a queda da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) se sobrepuseram a elevação do dólar.

“A incidência de novos negócios foi baixa, pois a ponta vendedora, na maioria dos casos, insiste em prêmios semelhantes aos do início do mês, quando o reestabelecimento da corrente comercial entre Estados Unidos e China ainda não havia sido confirmado”, disse a empresa em documento. Com isso, as indústrias foram as principais compradoras, mas de volumes menores.

Enquanto isso, as cotações dos contratos com vencimento em março, abril e maio do próximo ano safra vão subindo e se alinhando aos praticados no mercado spot (à vista). 

“A dificuldade inicial no plantio da oleaginosa, representada pela ausência de chuvas e excesso de calor em estados-chave para produção nacional, certamente impulsiona esses referenciais”, afirma a consultoria.

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