Agricultura

O que vai acontecer com o preço do milho na próxima semana?

O analista de mercado Paulo Molinari lista os principais eventos que podem influenciar no preço do grão na semana que está começando

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria Paulo Molinari, que leva em consideração os movimentos do mercado internacional, do câmbio, decisões políticas e o clima.

Nos Estados Unidos, por exemplo, um risco de geada pode atrasar a maturação do milho e influenciar no preço em Chicago. Já no Brasil, a valorização do real pode diminuir as exportações. Confira as dicas para saber o que fazer:

  • Mercado externo com algum suporte na semana;
  • Atenção aos novos dados de produção na Rússia, no trigo;
  • Dólar com forte desvalorização no ambiente internacional;
  • Chuvas em grande volume até o final do mês em todo o Meio-Oeste americano;
  • Risco de geadas no Norte do Corn Belt atrasando a maturação do milho;
  • Bom fluxo de exportação norte-americano semanal;
  • Contudo, a colheita está apenas no início e os EUA precisarão encontrar uma fórmula de escoamento e armazenagem devido à forte colheita da soja. Talvez tenham que paralisar a colheita do milho em favor da soja. Isto pode gerar altas para a bolsa de Chicago;
  • Mercado interno tem mês de vencimento de dívidas dos produtores e pouca soja disponível;
  • Assim, o mês tem sido de maior fixação de milho por parte dos produtores;
  • Paralelamente, os compradores também se posicionaram na colheita da safrinha  e estão relativamente confortáveis neste mês de setembro pois acreditavam em maior dificuldade de oferta;
  • O real se valorizando não é bom para as exportações;
  • Exportadores seguem presentes no mercado, porém seguindo a paridade de exportação hoje próxima a 39/40 nos portos;
  • Por este motivo, os preços internos se acomodaram em setembro, ou seja, maior pressão de venda pelo produtor, valorização do Real e queda nos preços nos portos;
  • Isto não tem a ver com volume de embarques, os quais estão bem para o perfil do ano, ou seja, 4,1 milhões de toneladas em setembro, 11 milhões no ano já embarcadas. A meta do ano segue superior a 20 milhões de toneladas.