Milho

Milho mantém ritmo de altas nas cotações com produtores retraídos

Com o regime de chuvas bastante irregular em grande parte do Centro-Sul do país, a retenção se tornou uma estratégia recorrente dos agricultores

Colheita do milho, milho, grão
Foto: Jonatan Silva/Governo do Tocantins

O mercado brasileiro de milho teve mais uma semana de avanços nas cotações nas principais praças. A oferta retraída por parte dos produtores, especialmente com a preocupação com o clima para a safra nova, vem levando as cotações a avanços.

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o foco do mercado brasileiro permanece na decisão de venda do produtor.

“Com o regime de chuvas bastante irregular em grande parte do Centro-Sul do país, a retenção se tornou uma estratégia recorrente, avaliando um cenário complicado no decorrer do primeiro quadrimestre de 2020. Os consumidores passam a acusar maior dificuldade na composição de seus estoques”, ressalta.

Assim, o mercado nacional inclusive está mais descolado da influência direta da Bolsa de Chicago (CBOT) e do dólar, com a dificuldade dos compradores na obtenção da oferta. Os produtores apostam em reação nas cotações.

No Porto de Santos, na base de compra, o preço subiu na semana (entre 10 e 17 de outubro) de R$ 40,50 para R$ 42 a saca de 60 quilos. Em Campinas (SP) CIF, a cotação do milho, na base de venda, passou de R$ 42,50 para R$ 45. Já na mogiana paulista, mercado subiu de R$ 40 a saca para R$ 42,50 na venda.

Em Rio Verde (GO) o preço na venda passou de R$ 33 para R$ 35 a saca na semana. Já em Uberlândia (MG), a cotação se manteve estável em R$ 40 na venda.
Em Cascavel (PR), o valor do milho subiu na semana de R$ 37 para R$ 37,50 a saca na venda, e em Rondonópolis (MT), o preço subiu de R$ 30,50 para R$ 31,00 a saca na venda.
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