Milho

Demanda aquecida eleva preço do milho no Centro-Oeste e Paraná

Com preços mais baixos no início de novembro nestas regiões, os compradores voltaram suas atenções para a oferta de locais mais distantes

Colheita de milho
Foto: Pedro Revillion

As altas dos preços do milho, que estavam sendo observadas especialmente nas regiões consumidoras como Campinas (SP) até o encerramento da primeira quinzena do mês, agora passaram a ser registradas também na maior parte das praças produtoras, como Centro-Oeste e Paraná.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Agropecuária (Cepea), o impulso veio da demanda mais aquecida. Isso porque o diferencial de preços entre as regiões, que era observado no início de novembro, fez com que compradores se deslocassem para aquisições mais distantes. No entanto, os vendedores também estiveram mais retraídos, especialmente após as retomadas das exportações do cereal.

A oferta de milho da segunda safra do Centro-Oeste brasileiro, que até o final de outubro estava pressionando as cotações nos mercados do Sudeste, já começou a ficar limitada, devido ao avanço da comercialização. Além disso, as incertezas quanto ao uso da tabela de fretes também limitaram as negociações nos últimos dias.

Na região de Campinas (SP), compradores estão mais presentes, mas têm fortes restrições de oferta, tanto regionais quanto de fora do estado. Entre os dias 9 e 16 de novembro, o indicador Esalq/BM&FBovespa subiu 2,3%, fechando a R$ 36,81 por saca na sexta-feira, 16. No mês, o cereal já acumula alta de 7,73%.

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