Milho

Consultoria projeta novas altas no preço do milho nesta semana

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

espiga de milho plantada em Mato Grosso
Foto: Pixabay

O cenário pouco mudou no mercado brasileiro de milho na sexta-feira, dia 22. Os preços seguiram firmes, com consumidores ainda encontrando dificuldades de abastecimento em alguns estados, com São Paulo sendo o maior exemplo, diz o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

Do lado dos produtores, o foco está no escoamento e na comercialização da soja, o que mantém o milho estocado, aponta a Agrifatto.

“Esta semana tende a ser marcada por continuidade do movimento de alta nessas regiões. Importante ressaltar que o fluxo de embarques nos portos da região Sul segue muito acima da normalidade para essa época do ano”, afirma Iglesias.

A Agrifatto aponta que a movimentação da semana passada sugere que o mercado aguarda por novos fatores que permitam novos reajustes para cima.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 38
  • Paraná: R$ 36
  • Campinas (SP): R$ 44
  • Mato Grosso: R$ 26
  • Porto de Santos (SP): R$ 37,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 37
  • Veja o preço do milho em outras regiões

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mistos, próximos da estabilidade. Parte das cotações estenderam os ganhos da quinta-feira, quando foram sustentadas pela expectativa de que a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China possa chegar ao fim até 10 de março – data que expira a trégua provisória. Na semana, a posição março acumulou leve alta de 0,4%.

Além disso, os investidores digerem os números do Fórum do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que estimou a área do país em 92 milhões de acres, contra 89,1 milhões previstas em 2018. O órgão norte-americano ainda indicou menor oferta em 2019/2020.

As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2018/2019, que tem início no dia 1º de setembro, ficaram em 6 milhões de toneladas no acumulado de seis semanas encerradas em 14 de fevereiro. O maior importador foi o México, com 1,4 milhões de toneladas. Para a temporada 2019/2020, foram mais 29,2 mil toneladas. Analistas esperavam o número entre 4 e 7,25 milhões de toneladas.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,75 (-0,25 cent)
  • Maio/2019: US$ 3,84 (+0,25 cent)

Soja

O mercado brasileiro de soja teve um dia mais calmo na comercialização na sexta-feira, depois da agitação da quinta que fez os preços subirem R$ 2 em algumas praças.

A volatilidade da Bolsa de Chicago e o comportamento do dólar não estimularam maiores mudanças nos preços. Segundo a Safras & Mercado, não houve negociações relevantes no encerramento da semana.

Os prêmios nos portos brasileiros mantiveram os níveis mais altos, balizados entre US$ 0,65 e US$ 0,70/bushel para embarques por Paranaguá nos próximos quatro meses, informa a Agrifatto. Mas vale destacar que um possível acordo comercial entre China e EUA deve esfriar os prêmios pagos nos portos brasileiros.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 76
  • Cascavel (PR): R$ 73
  • Rondonópolis (MT): R$ 69
  • Dourados (MS): R$ 69
  • Santos (SP): R$ 78
  • Paranaguá (PR): R$ 78,50
  • Rio Grande (RS): R$ 78,50
  • São Francisco (SC): R$ 78
  • Confira mais cotações

Os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sexta-feira com preços em baixa. Em sessão volátil, o mercado chegou a subir, tentando estender os ganhos de quinta, quando pesou a expectativa do fim da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. Os preços foram pressionados por um movimento de correção. Na semana, a posição março acumulou alta de 1%.

Além disso, os investidores digerem os números do Fórum do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que estimou a área de soja do país em 85 milhões de acres, em 89,2 milhões previstas em 2018.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2018/2019, com início em 1º de outubro, ficaram em 6,5 milhões de toneladas no acumulado de seis semanas encerradas em 14 de fevereiro. O maior comprador foi a China, com 3,9 milhões de toneladas. Para a temporada 2019/2020, foram mais 378,6 mil toneladas. Analistas esperavam as exportações entre 6,1 e 9,6 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 0,75 centavos de dólar ou 0,08%, a US$ 9,10 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 9,23 3/4 por bushel, recuo de 0,50 centavo de dólar em relação ao fechamento anterior ou 0,05%.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 9,10 (-0,75 cent)
  • Maio/2019: US$ 9,23 (-0,50 cent)

Café

O mercado brasileiro de café teve preços entre de estáveis a mais altos. As cotações avançaram para alguns cafés, muito mais por ajustes, retornando aos patamares do começo da semana.

A alta do arábica em Nova York contribuiu para dar suporte aos preços, assim como a demanda em algumas áreas e para alguns tipos de grãos.

No geral, o dia foi de poucos negócios. Os vendedores estão dando preferência pela negociação de lotes de qualidades mais fracas.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 400 a R$ 405
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 405 a R$ 410
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 345 a R$ 350
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
  • Confira mais cotações

Na Bolsa de Nova York, para o café arábica encerrou as operações da sexta-feira com preços mais altos. Após as perdas do dia anterior, NY teve uma sessão de recuperação técnica, fechando exatamente na linha de US$ 1 a libra-peso, patamar psicológico que vem marcando o mercado há muito tempo. Cobertura de posições vendidas garantiu sustentação às cotações.

Segundo traders, a alta do petróleo e a queda do dólar contra o real e outras moedas contribuiu para os ganhos. Entretanto, a alta foi limitada pelos fundamentos baixistas, com ampla oferta global e tranquilidade consequente no abastecimento pressionando para baixo os preços.

No balanço da semana, NY para maio ainda acumulou uma queda de 1,6%.

A BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 96,45 (+0,35 cent)
  • Maio/2019: US¢ 100 (+0,55 cent)

Na Bolsa de Londres, o robusta terminou o dia com preços mais altos. Segundo traders, o mercado subiu acompanhando a valorização do arábica em Nova York.

A fraqueza do dólar contra o real e outras moedas deu sustentação ao café nas bolsas. A alta do petróleo contribuiu para a subida do robusta.

Além disso, o mercado teve cobertura de posições vendidas depois das perdas da sessão anterior.

No balanço da semana, o contrato maio acumulou uma queda de 1%.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

    • Março/2019: US$ 1.517 (+US$ 12)
    • Maio/2019: US$ 1.539 (+US$ 6)

Boi gordo

Continua o marasmo no mercado do boi gordo em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria. As referências para arroba estão estáveis desde o começo da semana. “Não houve intenção dos compradores em alongar as programações de abate, portanto as ofertas de compras ao longo destes dias foram monótonas”, explicam analistas.

Sendo assim o reabastecimento dos estoques dos frigoríficos paulistas trabalhou na mesma velocidade do fluxo de vendas: devagar. As escalas estão para o começo da próxima semana, atendendo três dias no máximo.

A virada de mês e o carnaval repercutiram pouco no mercado paulista do boi nesta terceira semana de fevereiro.

Cenário oposto do observado no fechamento do mercado de sexta-feira em algumas regiões de Goiás e Mato Grosso do Sul, por exemplo, onde as altas de preços têm ocorrido com maior força em função da dificuldade de compra.

Por fim, para a próxima semana existem condições para melhoras na precificação da arroba: aumento do consumo no mercado interno (feriado de carnaval), exportações em bons patamares e mercado interno de carne enxuto (escalas curtas e menos dias de abate).

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 151,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
  • Goiânia (GO): R$ 140
  • Dourados (MS): R$ 139
  • Mato Grosso: R$ 133 a R$ 138
  • Marabá (PA): R$ 131
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,10 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 150,50
  • Paragominas (PA): R$ 137
  • Tocantins (sul): R$ 135
  • Veja a cotação na sua região

assine a newsletter do canal rural

Dólar

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,53%, negociado a R$ 3,7400 para a compra e a R$ 3,7420 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7280 e a máxima de R$ 3,7670.


Previsão do tempo para segunda-feira, dia 25

Sul

A frente fria avança ainda mais pela Região Sul, e  o sistema migra as instabilidades mais intensas desde o norte gaúcho até o interior do Paraná.

Há risco para grande volume de água e risco para temporais com alagamentos, com acumulados de chuva bastante expressivos desde o noroeste gaúcho até o oeste do Paraná, garantindo um dia bastante fechado e com chuva a qualquer hora.

Enquanto que, no sul gaúcho as instabilidades diminuem, e as pancadas serão de forma pontual e isolada. As temperaturas diminuem ainda mais onde a chuva é persistente, devido ao tempo mais fechado.

Sudeste 

A aproximação de uma frente fria vinda do sul do país alimenta as instabilidades no estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, principalmente na faixa litorânea, onde são esperados pancadas a qualquer hora do dia. Em áreas da metade norte do Estado de São Paulo, não se descarta a condição para eventuais queda de granizo, além de descargas elétricas.

Nos demais estados da reão, as pancadas serão com menor volume de água e de forma mal istribuía.
O calor segue predominando em todo o Sudeste.

Centro-Oeste

As pancadas de chuva enfraquecem aos poucos na região, com isso são esperadas pancadas com baixo volume e de forma pontual. Apenas na faixa ao sul de Goiás, a chuva pode acontecer com trovoadas e de forma rápida e passageira.

As temperaturas seguem elevadas em todo o centro do Brasil, assim o calor predomina nos três estados.

Nordeste 

Ventos em altos níveis e mais uma região de baixa pressão alimentam as instabilidades em grande parte da região. Chove mais forte na faixa norte, enquanto na Bahia as pancadas seguem pontuais, e assim o predomínio é de sol ao longo do dia, aumentando ainda mais a sensação de calor.

Norte

Chove mais uma vez em toda a Região, por conta da combinação de calor e umidade. Pode chover a qualquer hora do dia. As temperaturas seguem em elevação em todos os estado