Agricultura

Com feriado nos EUA, preços das commodities seguem estáveis no Brasil

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Feriado nos EUA
Foto: George Campos/USP Imagens

O mercado brasileiro de soja teve um início de semana arrastado, sem negociações. A Bolsa de Chicago não operou nesta segunda-feira, dia 18, diante do feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos. Sem a principal referência para o mercado nacional, o dia foi de lentidão, sem estímulo para os negócios, e os preços se mantiveram.

De acordo com a Agrifatto, os prêmios nos portos têm tido valorização, cotados atualmente em torno de US$ 0,60 por bushel.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 74
  • Cascavel (PR): R$ 71,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 68
  • Dourados (MS): R$ 68,50
  • Santos (SP): R$ 77
  • Paranaguá (PR): R$ 77,50
  • Rio Grande (RS): R$ 77,50
  • São Francisco (SC): R$ 77
  • Confira mais cotações

Milho

O mercado brasileiro abriu a semana com preços firmes, segundo a Safras & Mercado. Segundo analistas, isso reflete a oferta limitada nas principais praças de comercialização, em dia calmo sem a referência da Bolsa de Chicago, que não operou devido ao feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos.

O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) renovou as máximas na sexta-feira, e o reajuste positivo de 0,69% elevou o indicador para R$ 41,10 por saca. Desde o início de fevereiro, a referência acumula alta de 3,75%.

Segundo a Agrifatto, estes patamares mais altos devem ser mantidos com o cenário ajustado entre a oferta e a demanda. “Aliás, a disponibilidade ainda restrita de milho ao mercado alimenta movimento especulativo, com valorizações na B3 e produtores retendo a matéria-prima na expectativa de novas rodadas de alta”, informa a consultoria.

O avanço da colheita da safra de verão, pode tirar pressão sobre o mercado do cereal, o que se confirmado, pode acontecer a partir de meados de março.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 38
  • Paraná: R$ 36
  • Campinas (SP): R$ 44
  • Mato Grosso: R$ 26
  • Porto de Santos (SP): R$ 38,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 37
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Café

O mercado interno teve uma segunda-feira de morosidade, de baixa liquidez, e estabilidade nas bases de preços.

Com a bolsa de Nova York fechada, em razão do feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos, o mercado nacional perdeu referência e estímulo para a comercialização.

Nem a alta do dólar foi suficiente para animar as negociações.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 400 a R$ 405
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 405 a R$ 410
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
  • Confira mais cotações

Na Bolsa de Londres, encerrou as operações da segunda-feira com preços pouco alterados. Segundo traders, o robusta teve uma sessão de busca de direcionamento.

Sem operações para o arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US) nesta segunda-feira, em razão do feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos, Londres ficou sem seu principal formador de preço.

A alta do petróleo deu sustentação às cotações, mas a atividade foi muito limitada sem operações em NY.

Os contratos para março/2019 fecharam o dia a US$ 1.528 por tonelada, baixa de US$ 1, ou de 0,1%. Maio/2019 fechou a US$ 1.555 a tonelada, com estabilidade.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

    • Março/2019: US$ 1.528 (-US$ 1)
    • Maio/2019: US$ 1.555 (estável)

Boi gordo

Após patinar na primeira quinzena do mês, a demanda por bovinos continua fraca, aponta a Scot Consultoria. Por outro lado, a oferta não está grande o suficiente para que haja uma pressão de baixa generalizada.

“Dessa forma, em algumas praças, onde a disponibilidade de boiadas está suficiente para atender a demanda, as indústrias conseguem pressionar o mercado e ofertam preços abaixo da referência”, dizem analistas. É o caso do Sul da Bahia e de Tocantins, por exemplo.

Entretanto, há regiões onde o cenário é o oposto. Em Paragominas (PA), mesmo com a demanda deixando a desejar, a oferta de boiadas está tão reduzida que faz com que os frigoríficos ofertem preços maiores pela arroba. Na região, o boi gordo está cotado em R$ 138 por arroba, à vista, livre de Funrural. Alta de 2,2% na comparação com o fechamento da semana anterior.

Na média de todas as praças pesquisadas, a cotação do boi gordo caiu 0,04% desde o início do mês. Com a oferta de boiadas limitada e o consumo fraco (o que tende a se intensificar na segunda quinzena do mês) o mercado do boi deverá seguir com os preços travados.

No mercado futuro da B3, os contratos com vencimento em fevereiro e maio encerraram o dia a R$ 152,55 por arroba (+0,26%) e R$ 151,40 por arroba (-0,26%), respectivamente.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 152,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
  • Goiânia (GO): R$ 139
  • Dourados (MS): R$ 139
  • Mato Grosso: R$ 132,50 a R$ 138
  • Marabá (PA): R$ 131
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,10 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 149,50
  • Paragominas (PA): R$ 138
  • Tocantins (sul): R$ 134
  • Veja a cotação na sua região

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Dólar e Ibovespa

O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações mais negociadas na B3, antiga BM&F Bovespa, encerrou o pregão em queda de 1,04%, aos 96.509 pontos. O recorde do índice, de 98.588 pontos, foi registrado no último dia 4.

O dólar comercial fechou em alta de 0,75% no mercado à vista, negociado a R$ 3,7320 para venda, em sessão em que a liquidez reduzida devido ao feriado nos Estados Unidos prevaleceu e pesou nos negócios. No mercado local, a postura foi de cautela à crise no governo com o imbróglio entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que ainda não sabe se seguirá no cargo.

Segundo analistas, o receio dos investidores é de que o desconforto em Brasília esbarre nos avanços da reforma da Previdência. “Nesta semana, será levado ao Congresso o texto final, quando se espera um engajamento maior do presidente Jair Bolsonaro na construção da base aliada que possa garantir a aprovação da proposta”, comenta o operador da Advanced, Alessandro Faganello.

Nesta terça-feira, com a agenda de indicadores mais fraca, o economista da Toro Investimentos, Rafael Winalda, reforça que o desfecho da “novela Bebianno” seguirá no radar dos investidores. Além do retorno dos Estados Unidos aos negócios, em que o cenário “poderá ser de ajuste aos ativos com a volta da liquidez do mercado”, diz o economista.

Além disso, ele reforça que as tratativas entre EUA e China sobre o acordo comercial seguem no foco do mercado global, já que as declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, deram a entender que “apertaria mais o passo” quanto a negociação comercial com os chineses.

“Nesta segunda, o mercado asiático respondeu de forma positiva às declarações de Trump de que poderia estender o prazo para suspensão da elevação das tarifas ou então, até mesmo a possibilidade de acordo mais consistente”, avalia. Em novembro do ano passado, os países fecharam um acordo para suspender qualquer cobrança tarifária por 90 dias. O prazo, que vence em 1º de março, poderá ser prorrogado por mais 60 dias, sinalizou o presidente norte-americano na semana passada.


Previsão do tempo para terça-feira, dia 19

Sul

O volume de chuva diminui entre Curitiba e o litoral de Santa Catarina, mas pancadas isoladas não são descartadas. Isso porque o sistema de baixa pressão que atuava sobre a região se desloca para o oceano. Entretanto ainda existe a circulação de altos níveis que influencia na região, deixando o tempo instável.

A circulação em altos níveis também favorece a presença de céu claro na Campanha Gaúcha e no sul do estado.

Sudeste

A chuva perde ainda mais força nesta terça-feira em Minas Gerais. Áreas de instabilidade ainda favorecem grandes volumes de chuva no leste mineiro.

Nas demais áreas da região, as pancadas são mais fracas e isoladas. As máximas já se aproximam ou passam da casa dos 30°C, voltando a sensação de calor nos quatro estados.

Centro-Oeste

O corredor de umidade que agia sobre a região Centro-Oeste migra para oeste, e a chuva diminui, principalmente em Goiás. Ainda há previsão de pancadas de chuva no norte do Mato Grosso, com acumulados que podem atingir os 40 mm.

Não são descartadas pancadas isoladas em Mato Grosso do Sul, mas com intensidade menos expressiva.

Nordeste

Existe condição para pancadas de chuva em toda a região, mas os volumes esperados são menos significativos. No litoral entre o Maranhão e o Rio Grande do Norte, as temperaturas continuam amenas por causa da presença de nebulosidade.

Norte

O dia segue sem alteração nas condições de instabilidade que favorecem a formação de pancadas isoladas de chuva em toda a região Norte do país. Ainda com tempo firme em Roraima.