Agricultura

Pedágio representa até 45% dos custos no transporte de grãos

Segundo estudo realizado no Paraná, as tarifas respondem por mais de 8% do gasto operacional na produção de milho e quase 5% no da soja

placa de pedágio
Foto: Ministério dos Transportes

Pedágios nas rodovias do Paraná chegam a representar 45% do custo do transporte de grãos no estado, apontam dados da Gerência Técnica e Econômica da Organização das Cooperativas do Paraná (Getec/Ocepar). É o caso das cargas que saem de Foz do Iguaçu, no oeste, para Paranaguá, que recolhem R$ 977,60 em tarifas. No caso de localidades mais próximas do porto, como Ponta Grossa, o custo equivale a 20% do total.

Conforme o levantamento, divulgado pela Ocepar, as tarifas de pedágio podem atingir o equivalente a 8,3% do custo operacional de produção do milho e de 4,9%, no caso da soja.

“Em 10 de dezembro de 2018 a Agência Reguladora do Paraná (Agepar) homologou os aumentos no pedágio para os lotes de concessão no estado. Os reajustes variam entre 0 e 17,83%, mas, devido aos arredondamentos, o reajuste efetivo variou em algumas situações acima dos valores homologados”, destaca o estudo.

De acordo com o levantamento, o maior aumento ficou por conta dos lotes da Viapar, com um ajuste efetivo de 17,83%. “Esse reajuste contempla também um acréscimo oriundo de um degrau tarifário, aprovado em janeiro de 2018 e até então, não aplicado”.

O Getec comunica que a Econorte não solicitou reajuste tarifário à Agepar, portanto não houve alteração do valor vigente em 2018.

O preço por 100 km de pedágio médio no Paraná é de R$ 14,90. “O valor mais alto é cobrado pela Econorte, com uma média de R$ 17,89 para cada 100 km. O menor valor é cobrado pela Ecovia, com R$ 11,94/100km, em um trecho de concessão com 175 km”, conclui.