Café

Preços do café sobem no Brasil e nas bolsas de Nova York e Londres

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

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Foto: Tony Oliveira/CNA

Os preços do café arábica negociado na Bolsa de Nova York registraram forte alta nesta quarta-feira, dia 14. Após as recentes perdas, o mercado ficou sujeito a uma correção, explica a consultoria Safras & Mercado, e ela veio estimulada pela desvalorização do dólar contra o real, que esteve fraco também contra outras moedas.

A boa valorização do petróleo na maior parte do dia também impulsionou as cotações em NY.

Cobertura de posições vendidas de fundos e especuladores determinaram a reação, com o contrato março se afastando da linha de US$ 1,10 a libra-peso, em meio às rolagens da posição dezembro para março, já que se aproxima o período de notificação de entregas de dezembro.

Bolsa de Londres

O robusta terminou a quarta com alta nos preços. Segundo traders, o mercado teve uma sessão de ampla volatilidade, chegou a ter perdas, mas reagiu e subiu acompanhando os ganhos do arábica em NY.

A queda do dólar contra o real e outras moedas e a subida do petróleo contribuíram para a reação nos preços do arábica em NY e também do robusta londrino.

No Brasil

O mercado interno também encerrou os negócios com valorizações. As cotações avançaram acompanhando as bolsas internacionais, apesar da queda do dólar. O dia foi mais movimentado na comercialização, porém apenas com negócios pontuais, diante do feriado desta quinta-feira.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

        • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 435 a R$ 440
        • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 440 a R$ 445
        • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 370 a R$ 375
        • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 328 a R$ 333
        • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

          • Dezembro/2018: US$c 112,65 (+3,45 cents)
          • Março/2019: US$c 116,20 (+3,45 cents)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

          • Novembro/2018: US$ 1.663 (+US$ 7)
          • Janeiro/2019: US$ 1.675 (+US$ 9)

Soja

O mercado brasileiro de soja teve uma quarta de ritmo travado na comercialização, com preços em baixa. A queda do dólar e a baixa também dos prêmios de exportação seguem pressionando as cotações no país.

Chicago

Os contratos futuros fecharam com preços mais altos. O mercado reagiu tecnicamente após duas sessões de perdas. Mais um anúncio de vendas de soja americana por parte de exportadores privados ajudou a dar sustentação ao mercado.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 148 mil toneladas de soja para destinos não revelados. O produto será entregue na temporada 2018/2019.

O avanço mais lento que o esperado na colheita americana ajudou na elevação. Até 11 de novembro, a área colhida estava apontada em 88%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 93%. A média é de 93%. Na semana passada, o percentual era de 83 pontos.

O mercado aguarda também avanços nas conversas entre China e Estados Unidos, visando uma solução para a já longa guerra comercial entre os dois países. Mas em meio a tudo isso, o cenário fundamental de ampla oferta mundial limitou os ganhos.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Passo Fundo (RS): R$ 81,50
      • Cascavel (PR): R$ 77
      • Rondonópolis (MT): R$ 72
      • Dourados (MS): R$ 74,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 84
      • Porto de Rio Grande (RS): R$ 85
      • Porto de Santos (SP): R$ 85,50
      • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 86
      • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Novembro/2018: US$ 8,70 (+3,25 cents)
        • Janeiro/2019: US$ 8,83 (+5,25 cents)

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 1,80, sendo negociada a US$ 305,70 por tonelada, com valorização de 0,59%. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 27,57 centavos de dólar, com alta de 0,02 centavo ou 0,07%.


Milho

O fluxo de negócios foi inexpressivo no mercado brasileiro de milho às vésperas do feriado prolongado. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o mercado ainda busca a melhor compreensão em torno da resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que indica aplicação de multas em caso de não obediência da tabela de frete.

De qualquer maneira, em alguns estados, os produtores voltam a optar pela retenção de oferta como estratégia recorrente, o que garante sustentação aos preços.

Chicago

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços predominantemente mais baixos. Apesar do lento avanço da colheita nos Estados Unidos, bem como sinais de boa demanda pelo grão norte-americano, o mercado foi pressionado pela nova queda nas cotações do vizinho, trigo. As primeiras posições, contudo, subiram.

O USDA divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 11 de novembro, a área colhida estava em 84%. Em igual período do ano passado o número era de 81%. A média para os últimos cinco anos é de 87%. Na semana anterior, o percentual era de 76 pontos.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 212 mil toneladas de milho ao México. O produto será entregue na temporada 2018/2019.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 40
      • Paraná: R$ 33
      • Campinas (SP): R$ 38,50
      • Mato Grosso: R$ 26
      • Porto de Santos (SP): R$ 36
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 36
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 35,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Dezembro/2018: US$ 3,67 (+0,50 cents)
        • Março/2019: US$ 3,78 (+0,25 cents)

Boi gordo

Houve oscilações de preços em dez praças acompanhadas pela Scot Consultoria, considerando os negócios com 30 dias, mas sem tendência de rumo. As cotações subiram em Minas Gerais e Bahia e caíram em estados do Norte e Centro-Oeste.

Em São Paulo, o feriado, embora tenha tirado um dia de negociação da semana, não pressionou as compras. Pelo contrário, como os contratos de parceria garantiram escalas confortáveis para as indústrias, ofertas de compra a preços menores ganharam corpo.

Mas essas ofertas não conseguem robustez para serem referência, já que o volume de boiadas prontas não tem sido compatível com o tamanho da pressão que as indústrias tentam impor ao mercado.

Já os preços da carne desossada começaram a refletir o aquecimento do consumo de final de ano. E como a receita obtida com a venda de carne tem subido mais do que o preço pago pela matéria-prima, a margem das indústrias que desossam aumentou.

Atualmente a diferença está em 22,3%, é o melhor patamar desde o começo de agosto. Esse fator, associado à redução da oferta de gado, pode a ajudar a aliviar a pressão do mercado.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 147
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 140
          • Goiânia (GO): R$ 136
          • Dourados (MS): R$ 145
          • Mato Grosso: R$ 130 a R$ 133
          • Marabá (PA): R$ 132
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,60 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 149,50
          • Sul (TO): R$ 134
          • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou o pregão em queda de 1,28%, cotado a R$ 3,7822 para venda, encerrando os últimos dois dias de fechamento em alta. A desvalorização da moeda norte-americana nesta quarta-feira é a maior desde 26 de outubro.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou em alta de 1,25%, com 85.973 pontos.

Os papéis da Petrobras encerraram o dia com valorização de 2,68%; os do Itaú, em alta de 0,39%; e os do Bradesco com mais 0,94%. As ações da Vale caíram 2,61%.


Previsão do tempo para quinta-feira, dia 15

Sul

O dia será marcado pelo tempo firme no Rio Grande do Sul, mas ainda com pancadas de chuva em Santa Catarina e no Paraná. Os volumes devem ser expressivos no estado paranaense.

No Rio Grande do Sul, o sol aparece ao longo do dia, com poucas nuvens, e ajuda a elevar as temperaturas novamente. Apenas entre as praias paranaenses e catarinenses é que a sensação é mais amena.

Sudeste

Uma frente fria avança pelo Sudeste e aumenta as instabilidades. A chuva é volumosa nas áreas de divisa entre São Paulo e Paraná, além da faixa leste paulista. Nas demais áreas da região, a chuva que ocorrer será em forma de pancadas durante a tarde. Antes da chuva, tempo abafado e calor.

Na capital paulista, as temperaturas diminuem em relação aos dias anteriores. As pancadas podem ser acompanhadas por trovoadas e granizo.

Centro-Oeste

A condição para chuva segue em todos os estados da região, mas desta vez os maiores acumulados ocorrem no interior de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso. Há condições para trovoadas e ventos moderados.

Nordeste

Previsão para chuvas especialmente no interior do Nordeste. Já nas áreas litorâneas, a chuva que ocorrer não atrapalha o feriado. São pancadas rápidas e com volumes baixos.

As temperaturas continuam elevadas em todos os estados. Tempo firme do norte da Bahia até o Ceará, com calor e poucas nuvens.

Norte

O tempo fica instável, com chuva em todos os estados, inclusive no Amapá. Os maiores acumulados ainda ocorrem no interior do Amazonas e, mesmo assim, a chuva ocorre alternada por períodos de tempo mais firme.

O sol aparece e ajuda a elevar as temperaturas, mesmo com previsão de chuva.