Café

Preço do café cai 4,5% na Bolsa de Nova York

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

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Foto: José Gomercindo/AENotícias

O café arábica registrou forte desvalorização na Bolsa de Nova York nesta segunda-feira, dia 29, aponta a Safras & Mercado. O vencimento dezembro fechou a 114,25 centavos de dólar por libra-peso, queda de 4,5%.

Em mais uma sessão de intensa e ampla volatilidade, o mercado chegou a ter boa alta, mas “o dólar e subiu contra o real no Brasil, o que motivou uma reviravolta técnica para o arábica em NY”, explica o consultor Gil Barabach.

As cotações passaram ao vermelho e romperam a linha importante de US$ 1,20 a libra-peso, o que estimulou ainda mais vendas e o movimento vendedor acelerou e intensificou as perdas, fazendo o mercado “desandar”, diz Barabach.

Segundo o especialista, basicamente, o mercado teve realização de lucros vigorosa após romper o importante patamar técnico e psicológico (US$ 1,20).

Londres

Seguindo a movimentação do arábica em NY, o café robusta na Bolsa de Londres encerrou o dia com grande baixa, apontam traders. Quando NY teve ganhos, a variedade londrina acompanhou. Depois, a bolsa nova-iorquina tombou, rompeu a linha de US$ 1,20 a libra-peso e registrou fortes perdas, o que foi seguido por Londres.

Cotações domésticas

O mercado brasileiro teve uma segunda-feira de quedas expressivas nas cotações, especialmente do arábica. A forte desvalorização da variedade em NY pressionou os preços internos.

O país iniciou o dia na expectativa do comportamento do câmbio pós-eleições. O dólar acabou revertendo e subindo e a bolsa do arábica tombou, o que derrubou os preços do café e travou a comercialização. Algumas praças ficaram bem vazias, com poucos agentes, segundo a Safras & Mercado.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

        • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 430 a R$ 435
        • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 435 a R$ 440
        • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 360 a R$ 365
        • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 330 a R$ 333
        • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

          • Dezembro/2018: US$c 114,25 (-5,40 cent)
          • Março/2019: US$c 118,05 (-5,35 cent)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

          • Novembro/2018: US$ 1.668 (-US$ 43)
          • Janeiro/2019: US$ 1.687 (-US$ 43)

 


Boi gordo

Apesar de terem sido registradas altas nos preços de apenas três pontos de negócios, boa parte das praças acompanhadas pela Scot Consultoria apresenta um cenário diferente do observado nas últimas semanas. A oferta de boiadas está menor e a virada de mês e o feriado da próxima sexta-feira, dia 2, fazem com que os frigoríficos saiam às compras com mais intensidade, revertendo o cenário de baixa.

Entretanto, em algumas regiões a disponibilidade de animais terminados está boa e nessas praças as indústrias continuam pressionando as cotações do boi gordo. “É o caso do norte de Tocantins, além do sudoeste e sudeste de Mato Grosso”, exemplifica a consultoria.

Em São Paulo, a arroba está cotada em R$ 148, à vista, livre de Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). O resultado é estável. As empresas encontram dificuldade na compra de animais quando ofertam preços menores que a referência, indicam os analistas. “No estado, há indústria com escala de abate de três dias, curta, se considerarmos que a expectativa é de que ocorra aumento da demanda”, dizem.

No mercado atacadista de carne bovina com osso os preços estão estáveis. O boi casado de animais castrados está cotado, em média, em R$ 9,49 por quilo.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 148
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 142
          • Goiânia (GO): R$ 135
          • Dourados (MS): R$ 144
          • Mato Grosso: R$ 130,50 a R$ 134
          • Marabá (PA): R$ 132
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,55 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 149,50
          • Sul (TO): R$ 135
          • Veja a cotação na sua região

Soja

Após sessão bastante volátil, os preços futuros da soja encerraram esta segunda em baixa. A previsão de clima seco para as regiões produtoras dos EUA, favorecendo a colheita, manteve o mercado sob pressão, após uma tentativa de recuperação técnica no início do dia.

As perdas foram limitadas por notícias de boa demanda pela oleaginosa norte-americana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda 120 mil toneladas para destinos não revelados.

As inspeções de exportação norte-americana chegaram a 1,3 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 25 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. No ano passado, em igual período, o total fora de 2,5 milhão de toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 7,3 milhões de toneladas, contra 12,3 milhões de toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Brasil

O mercado doméstico teve mais um dia de poucos negócios e preços mistos. O dólar oscilou demais e Chicago fechou no território negativo. Com isso, os produtores seguiram fora dos negócios.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Passo Fundo (RS): R$ 82,50
      • Cascavel (PR): R$ 80
      • Rondonópolis (MT): R$ 74,50
      • Dourados (MS): R$ 78
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 85,50
      • Porto de Rio Grande (RS): R$ 86
      • Porto de Santos (SP): R$ 86
      • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 86
      • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Novembro/2018: US$ 8,39 (-6 cents)
        • Janeiro/2019: US$ 8,52 (-5,50 cents)

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com ganho de US$ 0,90 (0,29%), sendo negociada a US$ 308,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 27,89 centavos de dólar, com baixa de 0,27 centavo ou 0,95%.


Milho

Os contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago foram pressionados pelo fraco desempenho das inspeções de exportação dos Estados Unidos.

Os embarques norte-americanos chegaram a 653 mil toneladas na semana encerrada no dia 25 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 547,4 mil toneladas.

No acumulado da safra, iniciada em 1o de setembro, as inspeções somam 8,6 milhões de toneladas, contra 5 milhões de toneladas no acumulado do período anterior.

Brasil

O mercado interno inicia a semana mantendo o perfil de comercialização, com volumes pontuais negociados em grande parte do país. A exceção ainda está no Mato Grosso, cujo volume ofertado segue bastante representativo.

“Os maiores consumidores do país ainda apontam para estoques confortavelmente posicionados, atuando com grande moderação na aquisição de milho”, aponta o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias. As cotações permaneceram estáveis.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 39
      • Paraná: R$ 32
      • Campinas (SP): R$ 35
      • Mato Grosso: R$ 25
      • Porto de Santos (SP): R$ 34,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 34
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 34
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Dezembro/2018: US$ 3,66 (-1 cent)
        • Março/2019: US$ 3,79 (-0,75 cent)

Dólar e Ibovespa

O dólar fechou o pregão desta segunda, dia 29, com alta de 1,51%, cotado a R$ 3,7068. Este foi a primeira sessão após Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), ser eleito presidente da República.

Segundo a consultoria Safras & Mercado, com a vitória do candidato, a moeda norte-americana abriu em forte queda, atingindo a mínima de R$ 3,583 (-1,97%), porém, depois de exibir forte volatilidade ao longo do pregão, chegou à máxima de R$ 3,718 (+1,72%).

O economista-chefe da corretora de valores Spinelli, André Perfeito, avalia que o mercado está aguardando com bastante ansiedade o posicionamento de Bolsonaro e sua equipe econômica sobre “temas cruciais” do próximo governo. “Acreditamos que até agora o mercado precificou a derrota do PT, uma vez que se sabia com mais precisão o que é o PT do que o PSL poderá vir a ser. Agora a bola está com Bolsonaro e Paulo Guedes e é hora de precificar o que pretendem”, diz.

Apesar de especialistas terem apostado que a moeda norte-americana ficaria entre R$ 3,50 e R$ 3,60, os mercados locais foram influenciados pelo exterior onde a guerra comercial entre EUA e China parece ganhar um novo capítulo. Foi noticiado que os Estados Unidos podem impor uma nova rodada de tarifas sobre produtos chineses em dezembro, caso as negociações entre as duas maiores economias do mundo não avancem. “Lá fora, essa notícia pesou muito e respingou em todas as emergentes. Com o real não foi diferente”, comenta o diretor da Meta Asset, Alexandre Horstmann.

Para o dirigente, também houve viés de correção nos ativos locais com a “ficha do mercado caindo, depois das eleições, de que o governo Bolsonaro pode ser pior do que se esperava”. Segundo ele, os ruídos vindos da equipe que deve formar o governo PSL corroboram para isso, visto que o possível ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, “não quer que a reforma da Previdência seja como a proposta pelo governo de Michel Temer. Se levarem isso a sério, começará tudo do zero e a reforma não sairá em 2019 como deveria ser”, diz.

Para esta terça, o diretor da Meta diz que é preciso monitorar o movimento externo com rumores em torno da guerra tarifária entre norte-americanos e chineses. Além disso, o foco do mercado se volta aos anúncios de Bolsonaro quanto aos nomes que irão compor a equipe e as medidas econômicas a serem tomadas.

Bolsa

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou em baixa de 2,24%, com 83.796 pontos, invertendo a tendência de alta na abertura do pregão, quando registrou 0,78%. Os papéis das principais empresas acompanharam a tendência de queda, com Petrobras encerrando o pregão em baixa de 4,67%, Vale com desvalorização de 4,5%, Itaú perdendo 2,02% e Bradesco com menos 2,32%.


Previsão do tempo para terça-feira, dia 30

Sul

As condições do tempo mudam por todo o Sul, principalmente por conta do aumento na temperatura mais intenso, que deve atingir até o litoral dos três estados. A principal causa disso é um sistema de baixa pressão que atua entre o Paraguai, a Bolívia e a Argentina. Ele traz calor e umidade da Amazônia e forma nuvens carregadas já pela manhã na metade sul do Rio Grande do Sul, avançando ao longo do dia para a metade norte.

As áreas próximas da divisa com o estado de Santa Catarina devem ter aumento de nebulosidade, porém não devem ocorrer pancadas de chuva. Pelo Paraná, o destaque do dia é o aumento que ocorre nas temperaturas, principalmente pela faixa oeste e na divisa com Mato Grosso do Sul.

Sudeste

O tempo fica firme em praticamente todo o estado de São Paulo, exceto no norte, onde o tempo permanece nublado, porém sem condição para chuva forte.

Nas demais áreas da região, há condição de chuva, em forma de pancadas isoladas. A chuva perde intensidade em Minas Gerais e no Espírito Santo, ocorrendo em forma de pancadas isoladas e baixos acumulados. A temperatura segue amena e sem risco para extremos.

Centro-Oeste

Chove nos três estados do Centro-Oeste, mas em forma de pancadas, sem acumulados tão expressivos. A exceção é o extremo norte de Mato Grosso, onde a chuva deve ser mais intensa.

Na faixa sudeste de Mato Grosso do Sul, o tempo continua aberto e sem condição para pancadas de chuva. As temperaturas continuam elevadas, o que gera sensação de tempo abafado.

Nordeste

A chuva perde intensidade na Bahia. As pancadas ainda ocorrem, mas são mais localizadas e de fraca intensidade. Há chances de chuva no sul do Maranhão e Piauí.

O tempo continua seco em Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e metade norte do Piauí e Maranhão.

Norte

Volta a chover no Amapá, em forma de pancada isoladas. Calorão e tempo abafado, com pancadas de chuva no período da tarde.