Café

Cotação do café sobe quase 2% após preocupação com chuvas no Brasil

Mercado agrícola repercutiu a informação de que uma frente fria, que traz chuvas, pode atrapalhar a colheita em áreas cafeeiras do país

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Trabalhadora rural faz a secagem do café – Foto: Governo Federal

As cotações do café arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) tiveram alta expressiva no fechamento desta quinta-feira, dia 23. Segundo a consultoria Safras&Mercado, os contratos com entrega em julho fecharam o dia a 93,50 centavos de dólar por libra-peso, com alta 1,9%. O vencimento de setembro fechou a 99,50 cents, com valorização de 1,7%.

Em mais uma sessão volátil, NY teve perdas em parte do dia pressionada pela boa oferta global e pela desvalorização forte do petróleo. Entretanto, a chegada de uma frente fria nas regiões cafeeiras do Brasil promoveram uma recuperação.

A aproximação de uma frente fria, que traz chuvas, pode atrapalhar a colheita em áreas cafeeiras do país. Depois, há previsão de passagem de uma massa de ar polar, que traz frio intenso, embora não se indiquem maiores perigos de geadas.

“Apesar da chance muito pequena de geada, a chegada do frio refresca a memória dos fundos sobre o risco do inverno brasileiro. E, naturalmente, isso leva à maior proteção, com cobertura de posições vendidas e ajuste nas carteiras. A continuidade do reposicionamento destes agentes deve oferecer algum suporte aos preços no curto prazo”, apontou o consultor Gil Barabach.

Preço do café no Brasil

O preço do café no mercado físico teve uma quinta-feira de preços mais altos. O mercado foi sustentado pela boa alta do arábica na Bolsa de Nova York, que reverteu após ter perdas em parte da sessão. Após a virada, o mercado nacional ficou mais animado e as cotações avançaram.

A Safras&Mercado indicou que tem ocorrido boa movimentação de negócios para café com entrega a partir de 2020 e também procura por cafés novos que estão sendo colhidos. Entretanto, o produtor tenta primeiro vender o produto remanescente da safra passada.

No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa ficou entre R$ 385 e R$ 390 a saca, contra R$ 380 a R$ 385 do dia anterior. No cerrado mineiro, o preço ficou entre R$ 390 a R$ 395 a saca, contra R$ 385 e  R$ 390 do fechamento anterior.

Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 330 a R$ 335 a saca, contra R$ 325 a R$ 330 da quarta-feira.

O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, teve preço de R$ 280 a R$ 285 por saca e se manteve inalterado.

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