Café

Café tem dia com fortes altas nas bolsas

No Brasil, os preços se mantiveram firmes nesta quarta-feira

O mercado físico brasileiro de café teve uma quarta-feira de preços firmes. Entretanto, apesar da forte valorização do arábica na Bolsa de Nova York, os arábicas seguiram com cotações pouco alteradas no dia. Os cafés arábicas mais finos e o conilon avançaram. O dólar caiu compensando em parte os ganhos das bolsas. E o comprador se retraiu, o que também limitou o impacto das altas externas. O dia foi ativo na comercialização, mas os vendedores tentaram dosar a oferta.

No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa ficou em R$  395,00/400,00 a saca, estável. No cerrado mineiro, o preço ficou entre R$ 400,00/405,00 a saca, estável. Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 335,00/340,00 a saca, sem alterações.

O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, teve preço de R$ 285,00/287,00 a saca, contra R$ 280,00/285,00 do dia anterior.

Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da quarta-feira com preços acentuadamente mais altos. As cotações atingiram os patamares mais elevados desde 19 de março para o contrato julho.

As cotações subiram em meio a uma série de fatores, que desencadearam cobertura de posições vendidas de fundos e especuladores. A queda do dólar contra o real no Brasil foi um fator citado, com a moeda americana caindo abaixo de R$ 4,00. As chuvas sobre o cinturão cafeeiro do Brasil, com o sentimento de que isso atrapalha o andamento da colheita, contribuíram para os ganhos.

Tecnicamente, o mercado foi subindo e rompendo resistências e avançando acima de médias móveis. NY testou a linha de US$ 1,00 a libra-peso para julho, chegando a rompê-la. Porém, fechou abaixo desse patamar, com os ganhos sendo limitados por essa barreira técnica e psicológica. A queda de 13% nas exportações do Vietnã no acumulado do ano até maio foi também um aspecto lembrado por traders.

Os contratos com entrega em julho/2019 fecharam o dia a 99,50 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 3,45 centavos, ou de 3,6%. Setembro fechou a 101,75 cents, com valorização de 3,45 cents, ou de 3,5%.