Agricultura quer R$ 1,9 bi para recompor estoques públicos

Em relação ao milho, Mapa pretende elevar os atuais estoques públicos de cerca de 700 mil toneladas do grão para 2 milhões a 2,3 milhões de toneladas em 2017

Fonte: Divulgação / Pixabay

O Ministério da Agricultura pretende contar a partir de janeiro de 2017 com R$ 1,9 bilhão para recompor estoques públicos de produtos agrícolas, disse nesta segunda, dia 15, o secretário de Política Agrícola da Pasta, Neri Geller. “Estes recursos não contemplariam Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e seriam destinados exclusivamente à reposição dos estoques públicos”, disse Geller a jornalistas durante o VI Congresso da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), realizado em São Paulo. Segundo ele, os recursos seriam utilizados na recomposição de estoques de diversos produtos, como milho, café e citros. 

Em relação ao milho, o secretário comentou que pretende elevar os atuais estoques públicos de cerca de 700 mil toneladas do grão para 2 milhões a 2,3 milhões de toneladas no próximo ano. Geller voltou a falar da existência de atravessadores no mercado de milho e que o fato de o leilão de estoques públicos realizado na semana passada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ter vendido 30% do volume total, de cerca de 50 mil toneladas, mostra que os preços do grão no mercado interno caíram. “O preço do milho recuou bastante nas últimas semanas. No médio norte de Mato Grosso está hoje em torno de R$ 27 a 28 por saca”, disse ele.

Geller mencionou, ainda, a intenção do Ministério da Agricultura de aumentar, ainda este ano, o volume de recursos destinado ao seguro rural para produtores. Porém, não quis antecipar em quanto tempo haveria uma definição nem de quanto seria o possível aumento. “Nós queremos aumentar o montante destinado a seguro rural, se possível ainda este ano, mas por ora trabalhamos com os R$ 400 milhões (previstos para este ano)”, disse. 

O secretário também falou sobre a reestruturação recente do grupo de trabalho criado para discutir projetos de logística de interesse do agronegócio, que está reavaliando obras pendentes e de relevância para o setor. “Reestruturamos o grupo e vamos passar as prioridades ao ministro Blairo Maggi em breve”, afirmou.